Seus olhos encontraram o relógio que marcava quase cinco da manhã ao lado da cama. Ele estava cansado, mas algo nele o impedia de dormir. Não era todo dia que ele dormia ao lado de alguém, ainda mais quando esse alguém não era alguém de sua família. Na verdade era a primeira vez que ele dormia junto a uma garota, garota esta que veio a ser a primeira garota dele. Então seu corpo encontrava-se tenso e ele sentia que se respirasse um pouquinho fora do normal ele acabaria acordando Gabriela que parecia estar super confortável sobre ele.
Ela era adorável dormindo. Gabriela parecia tão frágil, pequena, vulnerável bem diferente do que ela é acordada, e vê-la assim instigava seu lado protetor.
Vicente lutou contra o sono até ser vencido, mas o celular de Gabriela vibrando o acordou em um pulo e aquilo que pareciam ter durado apenas alguns segundos o mostrou que ele havia dormido por três horas. Gabriela se virou para o outro lado da cama após o incomodo e ele viu o celular vibrar insistentemente mostrando que Michelly estava tentando entrar em contato com a amiga. Mesmo que a curiosidade o atingisse ao perceber que o celular não tinha bloqueio, Vicente apenas se limitou a colocar o celular no modo avião para que Michelly não incomodasse, e então percebeu que tinha que deixar o quarto, pois sua mãe deveria acordar a qualquer momento e se perguntar aonde ele havia passado á noite.
Vicente aproveitou um momento para admirar o corpo nu dela próximo ao dele, deslizando seus dedos pelas curvas perfeitas dela e então depositou um beijo demorado de despedida em seu ombro, passando então a procurar suas roupas espalhadas pelo quarto.
Vicente queria fazer algo para ela. Ele estava deitado em sua cama no escuro esperando por alguma ideia surgir. Sua mãe continuava dormindo na cama ao lado alheia ao fato dele ter passado a noite fora, e talvez ainda ficasse um bom tempo apagada visto que já era tarde quando ela havia tomado o comprimido, o que o dava tempo para programar algo especial para Gabriela.
Quem sabe um café da manhã na cama acompanhado por flores? Mas Gabriela não era uma garota de flores, então ela provavelmente não ligaria para elas, mas isso tinha todo um significado e ele se viu querendo as dar para ela como um agradecimento. Então Vicente se viu ligando para a recepção e pedindo o café da manhã com flores e inventando uma história louca que havia se trancado para fora do quarto da namorada e precisava de uma chave apenas para entrar, história esta que a pessoa do outro lado da linha acabou comprando.
Vinte minutos depois ele estava na frente do quarto dela esperando o pedido e assim que ele chegou Vicente deu uma boa gorjeta para o cara e entrou no quarto fazendo o menor barulho possível para não acorda-la antes do tempo.
Gabriela continuava dormindo tranquila e ele se sentiu mal em ter que acorda-la, mas ele queria ficar um tempinho sozinho com ela antes de todos acordarem. Ele queria poder toca-la mais uma vez, pois a noite anterior parecia não ter sido o suficiente para ele, então ele se despiu, pegou uma nova leva de camisinhas de sua carteira e foi ao encontro dela na cama, parando por alguns minutos para admira-la.
Seus dedos acariciaram sua barriga e então seus lábios entraram em contato com sua pele, depositando beijos em toda a região e ele pode perceber a respiração dela se alterar. Vicente subiu seus lábios para os seios dela, os provando, e sentiu o toque tímido dos dedos dela em seu braço o mostrando que ela não estava mais dormindo. Um suspiro deixou os lábios de Gabriela e ele subiu seus lábios até os dela beijando-a lentamente.
Mais um gemido deixou seus lábios enquanto ela se contorcia na cama. Seus dedos puxavam seu cabelo enquanto seu quadril ia de encontro a ele em um pedido por mais e Vicente sorriu orgulhoso de si. Ele amava a ver assim precisando dele, dava um gostinho maior depois de todas as vezes que ela havia dito que nada aconteceria entre eles, e agora lá estava ela gemendo seu nome e se entregando completamente ao que ele quisesse fazer com ela.
Um gemido mais alto soou pelo quarto quando seu corpo tremeu o mostrando que ele havia a dado um bom orgasmo, então ele reduziu a intensidade de seu toque até cessar, subindo seus lábios por seu corpo até chegar a sua orelha.
- Bom dia, Gabs!
Ele disse rouco ouvindo um leve gemido deixar os lábios dela. Seus lábios se encontraram com os dela e eles se perderam em um beijo quente que o fez gemer na boca dela. Gabriela o envolveu com suas pernas o trazendo para si, fazendo ambos gemerem com o contato intimo de seus corpos. Ela queria mais e ele nunca negaria isso.
- Flores?
Disse ela enquanto ele depositava beijos em suas costas.
- Sim, eu sei que você não gosta, mas eu queria as dar para você.
Ele murmurou contra sua pele e a ouviu rir.
- Não precisava disso.
Disse ela se referindo ao café da manhã que esperava por eles a poucos metros da cama.
- Vai me dizer que não está com fome?
Ele disse mordendo sua orelha o que a fez afastar um pouco sua cabeça dele.
- Estou sempre com fome!
Disse ela como se isso fosse óbvio.
- Ah é?
Disse ele malicioso mordendo sua pele.
- Fome de comida.
Disse empurrando seu braço, o que o fez girar na cama e se afastar dela. Gabi se levantou da cama indo até a pequena mesa para dois, observando tudo o que havia ali enquanto ele observava seu corpo admirado. Gabi a trouxe para perto da cama e ele a assistiu indecisa do que escolher primeiro, pois tudo parecia apetitoso. Ele então pegou um morango e levou aos lábios dela a surpreendendo por alguns segundos até o cérebro dela perceber que ela deveria morder a fruta, o que a fez rir. Ele então depositou um beijo em seus lábios e voltou a se deitar na cama a observando comer. Gabriela começou a falar sobre o último jogo que havia assistido e então foi trocando de assunto até um ponto em que a voz dela soou como um sussurro para ele e por mais que ele tentasse se focar nela, seus olhos pareciam pesar uma tonelada.
- Você não acha?
Ela se virou para Vicente o encontrando dormindo. Ela até ficaria brava se ela não estivesse vendo o cansaço em seu rosto. Ele provavelmente não havia dormido bem ou o suficiente na noite passada. Já ela havia dormido maravilhosamente bem, pois aquele colchão era uma maravilha, era o melhor colchão que ela dormira em sua vida toda, mas provavelmente havia uma pequena influência dele nessa boa noite de sono.
Gabi se deitou próxima a ele admirando os traços de seu rosto sereno. Os dedos dela deslizavam pelas curvas do rosto dele delicadamente. Ele parecia um anjo inocente bem diferente do seu eu acordado. Quando ela deu por si seus lábios estavam contra os dele em um leve selinho. Gabi se afastou dele e percebeu que ela estava se comportando como uma estupida namorada apaixonada, o que ela não era e não estava.
Então ela percebeu que seu celular não havia dado nenhum sinal de vida até agora, algo estranho quando sua ultima mensagem havia sido para Michelly a deixando saber que ele havia gostado da escolha de lingerie da amiga. Suas mãos buscaram o aparelho e ela pode ver que havia varias notificações de Michelly de horas atrás, ela a mataria quando ela resolvesse dar um sinal de vida. Então Gabriela percebeu que alguém havia mexido em seu celular e ela se sentiu gelar.
Vicente havia mexido ali. Por sabe-se lá por quanto tempo ele havia tido acesso ao seu celular sem nenhum impedimento, o que significava que ele poderia ter visto algo que ele não deveria nas conversas dela. Gabriela se xingou por ter esquecido de colocar uma senha de bloqueio novamente. E se ele houvesse visto algo ali? Ela estaria em uma encrenca. Se ele houvesse mexido ali ele saberia da aposta.
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Obrigada pela divulgação Eloisa 🥰
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Um mês
RomanceUm mês, Uma aposta, Um amor. O que fazer quando a sua intenção não era se apaixonar?