- Pronto!
Disse ele fechando a mala. Seus olhos buscaram a garota de cabelos cacheados sentada em sua cama usando apenas a camiseta dele do Brooklyn. Ela o observava quieta, quieta até de mais para o gosto dele. Vicente se ajoelhou na cama se aproximando dela e tocou a ponta de seu nariz com o indicador.
-Tá quietinha aí. O que foi?
- Nada.
Ela sussurrou parecendo triste e Vicente se sentou perto dela.
- Nada.
Ele repetiu segurando seu braço e a trazendo para si algo que ela não impediu. Gabi o envolveu com suas pernas e descansou sua cabeça na curva de seu pescoço. Ela tomou uma respiração profunda antes de depositar um beijinho ali.
-Eu vou sentir sua falta também. - Ele disse acariciando suas costas – Prometo tentar ligar e mandar mensagens todos os dias.
-É bom mesmo!
Sussurrou contra sua pele.
- Só que lá é um pesadelo para achar sinal, então saiba que darei o meu melhor. Ok?
-Ok!
-Olha pra mim.
Sussurrou ele e Gabi se afastou o suficiente para que ela pudesse descansar sua testa na dele. Vicente segurou seu rosto acariciando-o com seus polegares. Seus olhos percorreram cada curva perfeitamente desenhada de seu rosto e pararam na mais desejável que eram aquelas que formavam a boca dela. Ele sorriu e então subiu seu olhar para os olhos dela que o observavam curiosos. Eles eram tão lindos assim de perto. Havia algo ali que ele não sabia descrever, mas fazia com que seu coração acelerasse um pouco.
-Oi?
Ele sussurrou e um sorriso surgiu no rosto dela enquanto ela arqueava a sobrancelha.
-Oi!
- Já disse o quão linda você é hoje?
-Acho que não.
Ela sussurrou.
-Então eu sinto muito por esse deslize. Linda não, na verdade eu quero dizer o quão maravilhosa você está agora mesmo usando a minha roupa.
- Isso soa clichê.
Brincou ela e Vicente uniu seus lábios em um delicado beijo.
- Prometo que vou dar meu jeito. Vou até subir em árvores, andar por rios, subir em pedras e todas aquelas coisas que eles fazem em filmes só para conseguir achar um sinal para poder ficar pertinho de você.
Vicente deslizou seu nariz no dela e depositou um selinho em seus lábios.
- Se você quiser que eu te deseje boa noite então eu andarei no escuro. no meio daquele mato todo só para que eu seja a última voz que você ouça antes de dormir.
Ele depositou outro selinho mais demorado.
- Se eu fosse você não faria isso. Vai que você encontra algum bicho caçando por aí.
- É mesmo! Mas por você – disse ele colocando seu indicador na ponta do nariz dela – para ouvir sua voz, vale o risco.
Gabi riu.
- Que bobeira!
- Não duvide da coragem de um cara apaixonado.
Disse ele cheio de si e viu um sorriso brincalhão surgir no rosto dela.
-Apaixonado? Você está apaixonado?
Ele riu.
- Isso não está meio obvio, não?
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Um mês
RomanceUm mês, Uma aposta, Um amor. O que fazer quando a sua intenção não era se apaixonar?