Copacabana Palace Parte V

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Foi um delicado selinho que durou algo em torno de cinco segundos e então ela se afastou o empurrando. Vicente a olhou confuso com que havia acontecido ao vê-la se levantando.

- Desculpa eu...

Ele disse, mas Gabriela colocou o dedo sobre a boca dele em um pedido de silencio o que o deixou ainda mais confuso. Gabi apoiou suas mãos no ombro dele colocando um de seus joelhos ao lado da perna dele na espreguiçadeira, sentindo as mãos dele pararem em sua cintura assim que ele percebeu o que estava acontecendo. Ela apoiou o outro joelho ao lado da outra perna dele ficando sobre ele, e o sentiu a trazer para mais perto de si. Seus cabelos caíram livremente formando uma cortina enquanto ela se abaixava. Gabriela parou por um momento envolvendo seu rosto com suas mãos dando um leve selinho em seus lábios

- Você disse que não iria acontecer de novo.

Ela sussurrou em seus lábios antes de depositar outro selinho.

- Aparentemente o plano foi adiado.

Ele disse a puxando para que ela enfim o beijasse de verdade, mas Gabriela balançou a cabeça negativamente, pois era ela quem decidiria a hora certa.

- Como eu poderia confiar na sua palavra sendo que você não consegue cumprir uma coisa simples como essa.

Seus olhos se prenderam nos castanhos de Vicente e ela deu um sorriso de provocação para ele.

- Pelo o que eu me lembro você também disse de não iria acontecer, e aqui estamos nós sozinhos e você no meu colo morrendo de vontade de me beijar.

E a parte mais absurda disso era que ela realmente estava querendo beija-lo outra vez.

- Só estou sendo legal com você. Você está tendo uma noite chata, se sentindo para baixo e eu quero te ajudar, te dar um ânimo – disse ela dando um tapinha em seu ombro – te distrair  fazendo você esquecer um pouquinho das coisas que estão na sua cabeça.

Ela sussurrou contra seus lábios antes de dar um singelo beijo puxando seu lábio inferior entre os lábios dela.

- Você está prometendo muito. Acha que pode cumprir isso, Gabs?

Ela viu um sorriso malicioso surgir nos lábios dele. Seus olhos castanhos tinham um brilho com uma promessa de nada de bom poderia acontecer ali e Gabriela sentiu um arrepio subir por sua espinha.

- Claro que posso!

Disse ela com convicção.

- Então faça o seu trabalho.

Disse ele mordendo seu próprio lábio inferior e então movendo suas sobrancelhas como se a questionasse o que ela estava esperando. Gabriela se inclinou em sua direção envolvendo seus lábios com o dela o sentindo a trazer para mais perto antes de colocar sua mão em sua nuca.

Era quente, excitante e seu cérebro havia derretido com a forma que ele a beijava. Ela podia sentir as mãos dele sem nenhum pouco de pudor sobre seu corpo, e ela não estava reclamando disso. Gabriela apartou o beijo sem folego, o sentindo se direcionar para o seu pescoço de uma forma nem um poco gentil com sua pele. Ela o mataria se ele a deixasse cheia de marcas que não haveriam explicações convincentes o bastante para esconder a verdade no outro dia. Então ela percebeu que essa era realmente a intenção dele, ele só queria marcar território para que Eduardo soubesse que havia alguém, como se ela fosse dele, só que ela nunca seria dele.

- Para!

Ela disse e na hora Vicente se afastou querendo saber o que havia feito de errado.

– Eu vou te matar se aparecer uma marca em meu pescoço.

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