13 - Uma noite para recordar.

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Finalmente o dia do encontro chegou. Natanael avisou que o baile era à caráter, e Marina se esmerou em criar o visual perfeito.

Marina adorava os anos 80 e sempre quis participar de um baile desses. Sabia dançar muito bem, pois aprendeu na escola de danças, mas nunca colocou em prática o que aprendeu. Se Natanael soubesse conduzir, essa seria sua grande chance.

Um barulhento e potente motor de moto se aproximou, em seguida, som de buzina. Marina desceu rapidamente as escadas, como uma adolescente nervosa diante do primeiro encontro, e ficou emocionada quando o viu.

Natanael vestia uma jaqueta de couro, com a gola erguida, botas coturno e um jeans surrado.

Marina se surpreendeu ao vê-lo assim

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Marina se surpreendeu ao vê-lo assim. Alguma coisa nele estava diferente, e seu rosto lhe pareceu de repente tão familiar... estava tendo um déjà vu...

Tinha quase certeza de já ter visto ele antes, talvez em alguma vida passada... Marina não acreditava nessas coisas, mas Lucas previu, e agora tudo estava acontecendo.

Natanael apanhou Marina pela mão e a fez girar

– Minha nossa!! Você está perfeita! Vou matar meus amigos de inveja!

Marina sorriu encabulada, pois não estava acostumada a receber elogios.

Natanael levou Marina até a moto e ela teve um faniquito! Era uma Harley Davisson original! Marina entendia bastante de motos, e sabia que existiam pouquíssimas no Brasil.

Natanael entregou a ela um capacete, e a colocou na garupa. Marina envolveu o corpo de Natanael com os braços, e estremeceu quando apoiou o rosto em suas costas.

Era a primeira vez, em muitos anos, que saía pra se divertir, e estava se sentindo um peixe fora d'água.

***

Natanael apresentou Marina para um monte de gente legal, mas Marina não estava com pique pra curtir. Ainda se sentia presa a um sentimento de culpa. Natanael, vendo a preocupação dela, tocou em seu rosto e a fez olhar pra ele.

– O que foi? Algo errado? Esse lugar está te entediando? Se quiser, podemos ir a outro lugar...

– Não é isso... – Marina forçou um sorriso – É que não estou acostumada a sair, e tenho medo de fazer uma besteira da qual eu vá me arrepender depois. Era assim antigamente... cada festa que eu ia, acontecia alguma gafe que tornava o evento inesquecível e me fazia ter remorsos pelo resto da vida.

Natanael sorriu carinhoso.

– Eu estou aqui pra te proteger, e prometo que não vou deixar você fazer nenhuma besteira. Agora melhore essa carinha e vamos nos divertir. Sabe dançar?

– Um pouco... – Marina sorriu rendida

– Então vamos lá! Melhore esse ânimo!

Marina deu a mão a Natanael, e ele a conduziu para a pista de danças.

caleidoscópio 2 - a outra face.Onde histórias criam vida. Descubra agora