51 - O cativeiro

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Karen guardou a arma na bolsa e pediu para seguir viagem. O resto do trajeto foi feito em absoluto silêncio.

Ele dirigiu até um lugar a esmo e longe de tudo. Estacionou em frente a um galpão e pediu que Karen descesse do carro. Antes, porém, de descer, ela entregou a ele sua bolsa e a arma e pediu solícita.

– O Xavier prometeu que se eu me entregasse, ele devolveria o garoto. Provavelmente ele vai mandar você abandonar o menino naquela lanchonete, mas tenho medo que ele fique perdido por aí. Por favor, se ele pedir para você levar o garoto, leve ele a qualquer um desses endereços; – Karen entregou a ele o endereço da cooperativa de pesca e o da guarda costeira da praia do castor – Você só precisa dizer que encontrou o menino e a minha bolsa com os documentos.

Karen deu um aperto de mãos no sujeito e deixou que ele a dominasse novamente com a faca.

***

Quando Felipe recebeu o telefonema da loja de conveniências, já estava quase chegando ao local. Karen era realmente destemida e astuta, e tinha colocado sonífero no leite para que ele dormisse e não a impedisse de sair. Felizmente Felipe era um cara grande e a dose não fez efeito por muito tempo.

Madariága deduziu o que ela poderia fazer, e colocou sem ela perceber, um dispositivo de rastreamento em sua bolsa. Assim que percebeu o objeto se movendo, ligou para Felipe.

Quando chegaram à lanchonete, a policia já estava no local, e apanhou todos para um interrogatório

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Quando chegaram à lanchonete, a policia já estava no local, e apanhou todos para um interrogatório. Felipe não queria perder tempo, pois ainda podia alcançar Karen, mas o policial ordenou que ninguém deixasse o local enquanto tudo não fosse esclarecido.

Madariága se ofereceu para prestar os esclarecimentos, mas disfarçadamente entregou para Felipe o localizador de Karen. 

Felipe aproveitou a distração dos policiais e pegou uma das motos da policia, que estava com as chaves no contato, e saiu em disparada pela estrada afora.

***

O homem entrou, empurrando Karen, e viram Xavier assim que entraram. Ele estava numa parte elevada do salão, e o coração de Karen falhou varias batidas quando viu que Lucas estava com ele.

O menino estava com os olhos vendados e uma coleira amarrada no pescoço.

– Pronto! – O homem gritou de onde estavam – Eu cumpri a minha parte do trato, espero que você cumpra a sua.

Xavier sorriu com um olhar diabólico.

– Claro que vou cumprir! Eu prometi que você não me veria fazer mal a seus filhos, e é exatamente isso que vou fazer.

Xavier fez pontaria e acertou um tiro bem na cabeça do sujeito, que caiu morto na mesma hora. Karen se desesperou e começou a gritar apavorada.

Depois tentou partir na direção de Xavier para fazê-lo libertar seu filho, mas ele ordenou que ela ficasse onde estava ou ele atiraria.

caleidoscópio 2 - a outra face.Onde histórias criam vida. Descubra agora