Após ter sua vida e seu relacionamento destruídos, Karen se transforma em Marina Rodrigues, e luta para manter em segurança seu pequeno milagre, fruto do relacionamento com o único homem que amou, e o único que lhe fora proibido pelo destino.
Natana...
Depois de navegarem mais de meia hora, finalmente chegaram ao local que Felipe tinha preparado e Marina sentiu que seu coração ia arrebentar de emoção quando viu a praia em formato de ferradura.
– Oh Felipe! – Marina sentia a voz embargada pela emoção – É o banco de areia! O nosso banco de areia!
Felipe sorriu satisfeito ao ver a emoção nos olhos de sua amada e falou todo orgulhoso.
– Você ainda não viu nada. Vai ver as melhorias que eu fiz nesse lugar...
Marina contou ao filho, todas as aventuras que viveu naquela ilha com o pai dele.
Marina não entrou em detalhes românticos, mas contou sobre às horas que nadaram para chegar até ali, a luta com as ondas, como Felipe tinha encontrado uma cabana no meio do nada, como tiveram que pescar e caçar para a própria sobrevivência... Marina ia relatando tudo, muito emocionada e Felipe acrescentava um ou outro comentário divertido.
– Nadamos durante horas, eu com uma perna a menos e sua mãe com um braço a menos... Dá pra imaginar?
– E a nossa bússola? – Marina acrescentou divertida – Era um relógio de camelô
Os dois riram até não poder mais e Lucas ainda estava confuso, sem entender o que eles achavam tão divertido naquela estória.
Quando aportaram, Marina correu pela praia até estar diante da velha cabana. Seu coração batia acelerado.
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Felipe abriu a porta da cabana e convidou Marina para ver as melhorias que ele fez no local.
– Você se lembra do capitão Levi? – Felipe perguntou curioso.
– Claro – Marina respondeu nostálgica – Era o comandante da tripulação que nos resgatou... O homem que tão corajosamente nos salvou.
– Pois é... – Felipe tentou não dar ênfase à nostalgia – Ele era o esposo da Donana... Ele sempre vinha pra cá nas temporadas e sonhava em transformar isso aqui num lugar de repouso e aconchego para os pescadores. Ele tinha a vontade, mas não tinha as idéias necessárias. Com um pouquinho da minha influência, acabamos transformando isso aqui num paraíso.
Felipe acionou um aparelho estranho, parecido com um motor. Depois de esperar o motor funcionar por certo tempo, Felipe acionou o interruptor e a sala se iluminou.
Marina olhou surpresa e viu que na cabana agora tinha um forno de microondas e uma bela televisão na antiga sala de estar. Marina estava realmente emocionada, e Felipe continuou a excursão.
– Você ainda não viu nada... Temos um chuveiro com água encanada e o melhor de tudo, água quente.
Felipe foi até o quintal de trás e mostrou as placas e o gerador de energia solar. Tambem um poço e a bomba d'água que colocaram nele.
Felipe explicou que aquelas placas abasteciam as baterias do gerador que gerava energia elétrica para a casa e para toda a ilha.
– Não é mesmo uma maravilha? Enquanto tiver sol, teremos uma fonte inesgotável de energia. Na sala tem um manual de instruções completo, mostrando como funciona a cabana e o gerador. Os próximos náufragos que encontrarem essa cabana vão se sentir em casa.
