32 - Conversa na praia

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Marina ficou emocionada com a declaração de Felipe e o beijou. Depois resolveu brincar.

- Felipe Santiago! Sempre manipulando as palavras... Você é mesmo um ótimo conselheiro. Mas seja sincero com você mesmo, só se apaixonou por Marina para tentar esquecer Karen... você mesmo confessou isso.

Felipe corou.

- Ainda não acredito que disse uma besteira daquela. Quando a água lavou seu rosto, fiquei tão confuso que acabei dizendo a primeira asneira que me veio à mente. Eu te amo como Marina, mas que bom que você também é Karen...

Marina sorriu compreensiva.

- Que bom mesmo! Eu juro que, se não fosse Karen, eu teria feito picadinho de você... É muito confuso... Fico lisonjeada de saber que você nunca me esqueceu, mas ao mesmo tempo sinto-me horrível... Você fez um filho em mim amando outra mulher; Você é mesmo um canalha!

- Um canalha que te adora! - Felipe deitou Marina na areia e inclinou-se sobre ela - E você também me adora, não é mesmo?

Dizendo isso ele a beijou. Foi um beijo longo e tranqüilo, como há muito tempo não faziam.

O beijo foi levando a outras caricias, Marina se sentia embalada pelo barulho suave das ondas do mar e pelos movimentos suaves das mãos de Felipe despertando sua feminilidade.

Desta vez Marina retribuiu as caricias com a mesma intensidade. Sem mais se conter, os dois entregaram-se aos prazeres sensuais e fizeram amor ali mesmo, na praia.

 Sem mais se conter, os dois entregaram-se aos prazeres sensuais e fizeram amor ali mesmo, na praia

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Felipe e Marina tiveram muito tempo para se amar, e se amaram até a exaustão. Depois permaneceram ali na praia apreciando a paisagem e fazendo planos, como nos velhos tempos.

- De onde você tirou esse nome Rodrigues? - Felipe perguntou como quem não quer nada, só jogando conversa fora - Por acaso existiu mesmo um senhor Rodrigues?

Marina queria provocar ciúmes, e lhe lançou um olhar malicioso, mas resolveu esclarecer.

- Rodrigues era o sobrenome da nossa suposta mãe. Meu sobrenome sempre foi Varembergh, mas o seu foi trocado quando te adotaram... Por isso eu sempre me referia a você como o senhor Rodrigues. Eu não podia sair por aí declarando que era viúva de Felipe Santiago, a menos que eu quisesse ter a cidade furiosa em meu encalço novamente.

Felipe abraçou Marina e sorriu aliviado.

- E pensar que eu tive tanto ciúme desse tal senhor Rodrigues... Se eu soubesse que ele era eu...

Marina ficou silenciosa. Depois resolveu tocar num assunto que lhe incomodava.

- Felipe! Não vamos fingir que não tem um enorme elefante branco bem no meio da sala. A gente fica conversando como se não tivesse nada nos perturbando, mas uma hora esse assunto precisa vir à tona. Como você se sente sabendo que somos filhos da mesma mulher?

caleidoscópio 2 - a outra face.Onde histórias criam vida. Descubra agora