34 - Um prato que se come frio.

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O momento de partir chegou. Foi uma demorada despedida. Lucas ainda estava encantado com tudo, mas Marina sabia que voltaria em breve. 

Enquanto se afastavam do banco de areia, Marina estava tranquila, pois sentia que Felipe estaria ali para protegê-la.

Finalmente ela entendeu que nada mais tinha importância, desde que eles três estivessem juntos e em segurança.

Finalmente ela entendeu que nada mais tinha importância, desde que eles três estivessem juntos e em segurança

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Janete estava furiosa, e pediu para Xavier encontrá-la num barzinho. O relato de Janete era longo e entediante, mas com sua habitual tranquilidade, Xavier fingiu prestar atenção.

Quem olhava o sujeito simpático, não imaginava quanta crueldade ele escondia. Na noite anterior ele tinha matado uma senhorinha de sessenta anos, diante dos olhos desesperados de um jovem que depois foi gravemente ferido... Tudo por causa de uma divida de drogas.

Janete sabia exatamente o tipo de gente que Xavier era e o admirava por isso. Ela sempre foi muito ruim, mas era covarde, e nunca teve coragem de matar ninguém. Infelizmente Janete estava indo longe demais insistindo que ele matasse a tal Marina.

Xavier nunca misturava negócios com prazer, e isso tinha lhe garantido o anonimato até o momento.

A morte da tal velhinha lhe rendeu bons lucros, pois serviu de exemplo, e por causa disso muitos de seus devedores já tinham acertado o que deviam. Mas matar aquela mulher que ele nem conhecia em troca de uma misera noite de amor não lhe parecia lucrativo.

Ele pensou consigo mesmo que seria bem mais lucrativo se ele matasse o tal marujo... Não por ciúme de Janete, já que ele não dava à mínima pra ela, mas porque o tal sujeitinho empatava seus negócios na praia onde ficava a cooperativa. Xavier sabia como controlar Janete.

– Olha gata, sei que você vai se zangar, mas eu não posso fazer isso... Não seria bom pros negócios. Não sou um assassino qualquer, só mato quando é preciso. Já me envolvi demais nessa estória bancando o fotografo pra você, e de nada me adianta matar essa fulana. Seria mais divertido destruí-la em vida e sei que você tem inteligência pra isso.

Janete começou a contar os planos que tinha de entregar Felipe a Santiago e Xavier fingiu que era uma boa ideia só para mantê-la mais calma.

Os dois entraram no carro quando de repente três caros da policia os cercaram.

Xavier não sabia ainda do que se tratava, mas tinha bons motivos para fugir, então, com uma manobra arriscada, livrou-se do cerco e saiu em disparada. Janete estava confusa. Com medo do perigo, mas ao mesmo tempo eufórica pela aventura.

A perseguição prosseguiu por vários quilômetros pela orla do mar até que chegaram a um trecho de praia deserta e a polícia resolveu abrir fogo.

Janete ficou desesperada e começou a gritar. Apesar de tudo, Xavier mantinha-se frio e controlado e não estava disposto a se deixar capturar com vida.

caleidoscópio 2 - a outra face.Onde histórias criam vida. Descubra agora