Preparado

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Encontrei Sam e Jack no nosso quarto, esperando por mim, preocupação em ambos os rostos. Sam devia ter conversado com Bob. 

— Está tudo bem com você? — perguntou Sam, enquanto Jack saltava e jogava os braços em minha volta. 

Eu não estava certa sobre como responder à pergunta dele. Eu não sabia a resposta.

— Sam, preciso de sua ajuda. 

Sam estava de pé assim que acabei de falar. Jack inclinou-se para trás para olhar meu rosto. Eu não olhei nos olhos dele. Não tinha certeza de quanto podia suportar naquele preciso instante. 

— O que você quer que eu faça? — perguntou Sam. 

— Estou fazendo uma incursão. Eu poderia usar mais alguns... músculos.  

— O que estamos procurando? — Ele se mostrou veemente, já mudando para o seu modo missão. 

— Eu explico no caminho. Nós não temos muito tempo.  

— Posso ir? — perguntou Jack. 

— Não! — dissemos Sam e eu juntos. 

Jack franziu o cenho e me soltou, afundando sobre o colchão e cruzando as pernas.
Ele apoiou o rosto nas mãos e ficou de mau humor. Eu não pude olhar diretamente para ele antes de me virar para sair logo do quarto. Já estava ansioso para sentar-me ao lado
dele, abraçá-lo forte e esquecer toda essa confusão.
Sam me seguiu enquanto eu refazia meu caminho pelo túnel sul. 

— Por que por aqui? — perguntou ele. 

— Eu... — Ele saberia se eu tentasse mentir ou fosse evasiva. — Eu não quero encontrar ninguém. Bob, Victor e Benny particularmente. 

— Por quê? 

— Não quero ter de me explicar para eles. Ainda não. 

Ele ficou quieto, tentando compreender minha resposta.
Eu mudei de assunto. 

— Você sabe onde está a Amara? Não sei se ela deve ficar sozinha. Ela parece... 

— Dean está com ela. 

— Bom. Ele é muito amável. 

Dean ajudaria Amara  — ele era exatamente o que ela precisava agora. Quem ajudaria Dean
quando...? Eu balancei a cabeça, afastando o pensamento. 

— O que a gente está com tanta pressa de arranjar? — perguntou Sam. 

Eu respirei fundo antes de responder. 

— Criotanques.

O túnel sul estava negro. Eu não podia ver o rosto dele. O ruído dos seus passos  não vacilou ao meu lado, e ele não disse nada por vários minutos. Quando falou novamente, pude ouvir que estava se concentrando na incursão — decidido, deixando
de lado qualquer curiosidade até a missão estar satisfatoriamente planejada. 

— Onde vamos arranjá-los? 

— Criotanques vazios são armazenados do lado de fora das instalações de Cura até  serem necessários outra vez. Com mais almas chegando que partindo, haverá excedente. Ninguém os estará guardando; ninguém vai notar se sumirem alguns. 

— Tem certeza? Onde obteve essa informação? 

— Eu os vi em Chicago... pilhas e mais pilhas deles. Mesmo a pequena instalação onde fomos tinha um pequeno estoque deles, todos encaixotados na parte externa da
área de carga e descarga. 

— Se estão encaixotados, como pode ter certeza... 

— Você não observou o nosso gosto por rótulos e etiquetas? 

A Hospedeira/DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora