O vulto era enorme e disforme. Ele assomou sobre mim, mais pesado na parte de cima, balançando sobre meu rosto.
Acho que quis gritar, mas o som ficou preso em minha garganta, e tudo o que saiu foi um chiado esbaforido.— Shhh, sou eu — sussurrou Jack. Uma coisa grande e arredondada rolou dos
ombros dele e caiu suavemente no chão. Depois disso, pude ver seu verdadeiro vulto,
ágil contra o luar.Ofeguei umas poucas vezes, minha mão segurando a garganta.
— Desculpe-me — sussurrou ele, sentando-se à beira do colchão. — Acho que fiz uma bobagem. Estava tentando não acordar Doc... nem pensei que podia assustar você. Está tudo bem? — Ele deu um tapinha em meu tornozelo, que era a parte mais próxima
dele.— Claro — disse, ainda sem fôlego.
— Desculpe-me — sussurrou ele outra vez.
— O que está fazendo aqui, Jack? Você não devia estar dormindo?
— É por isso que estou aqui. Tio Bob está roncando tanto, que não dá para
acreditar. Não consegui aguentar.A resposta dele não fez sentido para mim.
— Você geralmente não dorme com Bob?
Jack bocejou e se abaixou para desamarrar o volumoso colchonete que havia jogado no chão.
— Não, em geral durmo com Sam. Ele não ronca. Mas você sabe disso.
Eu sabia.— Por que não dorme no quarto de Sam, então? Tem medo de dormir sozinho?
— Eu não o repreenderia por isto. Ora, eu mesma estava constantemente apavorado
aqui.— Medo — rosnou ele, ofendido. — Não. Este aqui é o quarto de Sam. E meu.
— O quê? — assustei-me. — Bob me pôs no quarto de Sam?
Eu não pude acreditar. Sam iria me matar. Não, ele mataria Bob primeiro e depois me
mataria.— É meu quarto também. E disse a Bob que você podia ficar aqui.
— Sam vai ficar furioso. — murmurei.
— Posso fazer o que quiser com meu quarto — resmungou Jack em tom rebelde,mas então mordeu o lábio. — Não vamos contar a ele. Ele não precisa saber.
Balancei a cabeça.
— Boa ideia.
--Você não se importa se eu dormir aqui, se importa? Tio Bob está fazendo um barulhão.
— Não. Eu não me importo. Mas, Jack, não acho que deva.
Ele franziu o cenho, tentando ser forte em vez de magoado.
— Por que não?
— Porque não é seguro. Às vezes tem gente que vem atrás de mim à noite.
Seus olhos se esbugalharam.
— Vem?
— Sam estava sempre armado; eles foram embora.
— Quem?
— Não sei... às vezes Adam. Mas certamente há outros que ainda estão aqui.
Ele concordou com a cabeça.
— Mais uma razão para eu ficar. Doc pode precisar de ajuda.
— Jack...
— Não sou criança, Cas. Sei me cuidar.
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A Hospedeira/Destiel
Science FictionNosso Planeta foi tomado por um inimigo que não pode ser detectado. Gabriel Novak se recusa a desaparecer e quando ele é capturado tem a certeza que é o fim. Castiel, a "alma" invasora designada para o corpo de Gabriel encontra dificuldades para tom...