Um passo adiante

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Ele tirou a jarra de vidro da cafeteira mais uma vez, e tornou a encher a caneca. Os dedos passaram pelos olhos que estavam um tanto cansados, mas ele estava realmente se esforçando em ler tudo aquilo em todo tempo disponível que tinha, o que era o caso naquele instante. Depois do trabalho e jantar, ele ia até tarde com aquilo tendo que aguentar Nagato o zuando. Naquela tarde, ele havia tido uma conversa por vídeo chamada com Mebuki, e claro, pagou pela confidencialidade da mulher. Ele nunca fez tanta anotação em toda a sua vida, talvez na época de faculdade ou quando trabalhou dentro do grupo Byakugan o tenha feito também. Era tudo tão fresco e cheio de coisinhas e detalhes. Parecia que um bebê era feito de cristal fragilíssimo que ao menor toque se estilhaçaria, fora alguns dos tantos termos que ele estava lendo, que aliás, o obrigava a ler com seu notebook ao lado a fim de pesquisar coisas para entender as coisas, entendem? Os termos usados, e a coisa mais esquisita por ele descoberta como por exemplo: os médicos e especialistas contarem a gravidez por semanas e ele pasmem, descobrir que nunca foram nove meses, mas sim dez! Era coisa demais para sua cabeça processar sozinha e por isso ele fora dormir mais uma vez tarde.

No dia seguinte, com toda aquela informação na cabeça, ele começou a se organizar como era acostumado e como conhecia processo: de forma administrativa. Ele chamou Shion a sua sala fazendo um pedido pessoal da qual ela aceitou sem problemas para o executar.

—Eu preciso de uma listagem de todas as maternidades bem recomendadas de Konoha, e se puder preparar uma agenda de visitas para a próxima semana eu ficaria bem satisfeito. Preciso também de doula e algumas clinicas especializadas em parto humanizado.

Ela estava bem confusa, e ele percebera, bem como os olhos ligeiramente mais arregalados da loira denunciava toda a confusão.

—Bom... Confesso que é... No mínimo curioso.

—Eu confio absolutamente em você, Shion. Tem sido meu braço direito desde que eu assumi a chefia aqui na corporação Senju. A Hinata está grávida.

—Oh... Meus parabéns, senhor Uzumaki! – disse com um sorriso verdadeiro e prestativo.

Ele sorriu.

—Obrigada! Acho que o resto eu me viro.

—Claro! Vou procurar fazer isso até o final do dia. – disse ela saindo com seu caderninho de anotação em mãos.

Conectando o fone bluetooth, ele não parou o seu trabalho quando fez uma chamada para Hinata no meio daquela manhã. A Hyuuga demorou um pouco a atender e ele iniciou o contato de uma forma sem rodeios.

—Bom dia, Hinata. Desculpa se estou atrapalhando, mas preciso saber de algo.

Ela, de começo estranhou um pouco o fato dele não lidar de forma emocional, e a ligando àquela hora da manhã a despontou uma certa curiosidade, já era interessante ele não ter usado as palavras voltar e perdão na mesma frase. Talvez valesse ouvir.

—Claro, o que quer?

—Eu estou montando uma agenda para gente, bem, pra você no caso. Algumas maternidades e algumas coisas, nada demais. Mas... Só para organização para a gente. – disse ele medindo como falar com ela sem parecer desesperado ou tão ansioso quanto estava de fato naquele instante, bem, isso sem contar o nervosismo.

Hinata arregalou os olhos com aquilo mesmo que ele não o pudesse ver, era algo bem surpreendente, até demais. Algo meio do tipo: esmola demais. Fora que eles nem tiveram a primeira consulta e ele já estava planejando o parto? Talvez ele a enlouquecesse até o nascimento daquela criança e agora ela tinha certeza, mas de qualquer forma, ele querer participar sem meter a necessidade do casal em si não era algo ruim, certo?

Reconquistando minha esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora