Reconquistando minha esposa

Preciso de você...

"— Estou chegando de Karento hoje,

pensei que talvez pudéssemos jantar essa noite,se quiser, é claro."

Os olhos perolados tinham um estranho e diferente brilho diante da mensagem que lia naquela manhã. A expressão ligeiramente indiferente não representava o todo que sentia. Havia conversado com Sakura no café e aquilo impulsionou toda a sua segurança com relação a Naruto por água a baixo, como um banho de água gelada. Agora, carregada de paranoias, ela tornava a pensar no que ele poderia estar fazendo, ou se culpando por permitir a recaída com o ex marido de modo tão fácil e vergonhoso.

Um tímido sorriso, no entanto, ganhou espaço, quando ela suspirou. Droga, eles precisavam conversar, mas aquele lado tão seguro dela que dizia estar pronta finalmente para entender os porquês dele, esmorecia agora. Precisava falar urgentemente com sua terapeuta, quem sabe uma sessão extraordinária? Oh sim! E foi assim que naquela manhã, Hinata tentou por diversas vezes falar com Shizuka, mas em vão, o que era estranho, já que a terapeuta nunca ficava indisponível. Talvez algo tivesse acontecido...

— Senhorita Hyuuga, a senhora tem... – antes do seu assistente terminar de dizer aquela frase, assim que Hinata pisou no escritório, o robusto homem, sob um terno marcado por seu porte físico, ergueu-se diante do olhar da mulher. Olhos verdes muito atraente, cabelos acobreados e um pequeno e muito conhecido sorriso ladino e arrogante que ela tão bem conhecia.

De repente, para Hinata, o celular já não parecia tão importante, o que se passava em sua mente se perdeu em instantes enquanto seus olhos estavam chocados encarando a figura alta e imponente parado diante de si, como se esperasse finalmente seu despertar. E então ela sentiu tudo aquilo que não sentia desde a adolescência, como uma menina boba perdida nas nuances do primeiro amor, toda energia, o coração palpitando o formigamento... é... ela estava diante de toda a sua paixão juvenil, só que encarnado em um Homem agora. Um homem muito bonito, diga-se de passagem.

— Olá, batatatinha doce, a quanto tempo. – A voz dele pareceu tão rouca agora

— G-Gaara... – ela soprou, e então sorriu, finalmente assimilando aquilo.

— Minha pequena Hinata...

Já dentro do escritório, em uma brecha mais íntima, finalmente o Sabaku a tomou nos braços em um saudoso e muito apertado abraço. O nariz masculino passeou sutilmente pela pele desnuda do ombro dela, sentindo o cheiro gostoso e doce do perfume, recordando-se da menina que ela sempre fora.

Fácil, muito fácil de se lidar.

Os lábios escorregaram pelo maxilar feminino até a bochecha, onde ele depositou um beijo demorado até se afastar e ver as bochechas incendiadas dela.

— Você continua absolutamente linda.

Tímida, ela agitou a mão negando. Sem jeito, buscou se sentar em sua cadeira ofertado a poltrona a ele.

— Estou gorda e desengonçada. Como uma patinha feia!

— Está uma futura mamãe deslumbrante.

— Bobo... então, o que te traz aqui? Um milagre? Quando nos vimos pela última vez, hm?

Ele sorriu enquanto reclinava-se despojadamente.

— É, eu sei... Estive fora muito tempo, voltei a algumas semanas – mentiu – Depois que o velho decidiu passar a bandeira da empresa, e agora... bom... agora que me organizei, nada seria mais interessante do que... você.

Ela sorriu sem jeito, muito desconcertada enquanto sentia as mãos ligeiramente suadas.

— Não sou interessante. Sou uma garota boba, lembra?