Homens são uma droga!

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A batida do som contagiava os jovens e mais velhos que se remexiam frenéticos sob as luzes da boate lançando seus copos de bebida e gritos de selvageria. Suados, perdidos, eufóricos... era como uma grande campanha de acasalamento em uma atmosfera do libidinoso e sexual. O templo carnal do prazer sem culpa e sem amanhã. E era do alto, de um dos mezaninos vip's que os olhos acinzentados contemplavam aquilo com tamanho tédio quanto a paciência que bebia seu dry martine.

Suspirou enfadonha enquanto voltava para o seu sofá, sentando-se confortavelmente. Depositou o copo vazio do drink, recebendo outro quase que imediatamente. Seu celular vibrou com novas notificações, o que incluía uma mensagem de Gaara Sabaku'no. Seus olhos logo foram atraídos para a entrada do seu camarote VIP quando seus seguranças abriram passagem finalmente a trazendo quem ela tanto esperava, e se havia algo que Hanabi Hyuuga odiava, era esperar, por quem quer que fosse.

Sorriu ladino enquanto a mulher de olhos estonteantes e verdes lhe penetrava o olhar, lhe estendendo a mão. A Hyuuga apertou com a cordialidade merecida, a convidando a se sentar ao seu lado finalmente.

— Não recusou meu convite, Shizuka, isso é ótimo. Quer algo especial? É só pedir... – o ar sexappeal de Hanabi era incontestável, os olhos transbordavam uma selvageria poderosa, um ar bruto por si só que intimidava, acuava e dominava qualquer um ao seu redor. Era como um super poder que ela sabia e dominava muito bem. Para Shizuka, ela exalava o seu poder e intimidação, mas não funcionava tanto com a terapeuta que a conhecia profundamente bem.

— Estou confortável – disse, pegando um petisco de queijo e azeitona e o mordendo em seguida. Sorriu confortável vendo o brilho perigoso nos olhos de Hanabi incendiarem-se.

— Oh, que... bom... porque... porque eu... eu não estou, Shizuka! – abrindo sua bolsa, a Hyuuga tirou desta uma revista com uma capa bastante interessante contendo Naruto e Hinata nela. Jogou o publicado sobre a mesinha do lounge o que atraiu o olhar de Shizuka, e essa revirou os olhos com tédio diante do assunto proposto. Decidiu que precisava beber, por isso tomou um pouco de seu coquetel recém-servido.

— É um progresso incrível, não acha? Hinata seria capaz de matá-lo quando chegou ao meu consultório.

Respirando e controlando seu ímpeto, a pequena Hyuuga sorriu, mesmo que isso soasse como perigo.

— Acho que esse cara já fodeu a vida da minha irmã demais. Acredito que tenha sido clara depois da primeira sessão de Hinata com você. Aliás, não só fui clara quando nos encontramos, como também fui bastante... generosa.

Shizuka suspirou. Reclinou-se no sofá e bebeu quase tudo de uma só vez.

— Conheço muito bem seu gênio, Hanabi, desde a faculdade, aliás, sei lidar com ele.

A morena sorriu.

— Eu faço isso para...

— Proteger?! Sei... ainda é a velha história de que os Hyuuga protegem os seus? Já parou para perguntar o que sua irmã quer? Onde a felicidade dela está? Olha, estou sendo antiética ao abrir um caso particular com você, e sabe bem porque estou fazendo isso, mas existem limites.

Hanabi pausou um instante. Comeu algo, e bebeu, enquanto parecia contemplativa em meio ao silêncio.

— Não... entende o quanto Hinata é... ingênua e tola. Ela não sabe o que quer.

— E a sua família sabe, é claro. Ou é só mais um pouco do lance de proteger a fortuna como desculpa?

Shizuka contemplou o brilho ligeiramente psicótico no olhar da herdeira. Um cinismo apático quando deu de ombros.

Reconquistando minha esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora