Mas você não tinha que me excluir
Fingir como se isso nunca tivesse acontecido e que não éramos nada
E eu nem sequer preciso do seu amor
Mas você me trata como um estranho e isso é muito difícil
Não, você não precisava se rebaixar tanto
Mandar seus amigos buscarem seus discos e depois mudar o seu número
Então eu acho que eu não preciso disso
Agora você é apenas um alguém que eu costumava conhecer
Os sons altos e fortes das lufadas de ar pareciam agonizantes. As roupas sujas de areia, a pele fria, lábios arroxeados, corpo trêmulo, músculos cansados... Havia cuspido uma boa leva de água e por isso tossira abundantemente, mas agora tudo parecia leve. Os olhos azuis estavam focados no céu noturno enquanto ouvia as lufadas ofegantes por igual ao seu lado.
Estava leve, no entanto pesado em sentimentos. Estava livre, mas nunca se sentira tão preso. Estava vivo, mas nunca se sentira tão morto.
Virou a cabeça ao lado quando a respiração ganhou um ritmo constante e viu os cabelos alaranjados de um ruivo claro. Olhos castanhos que o encararam por igual.
—O-obrigado. – Murmurou e voltou a encarar o céu.
O ruivo fizera o mesmo gesto. Sentia-se exaurido depois daquilo, mas aliviado. Havia coisas que julgava como acaso, mas outras como destino, e ele estar correndo aquele horário na orla da praia fora um desses acontecimentos de destino.
Esboçou um sorriso.
—Por nada. – Houve um pequeno silencio, não era como se ele fosse imbecil, ele viu o momento que um cara bem vestido entrara no mar, e o significado de tal ato não era bom. Como futuro médico que ansiava se tornar, seu dever sempre deverá ser salvar vidas. Virou-se para o loiro novamente – sabe... Você precisa de ajuda.
Ele riu sem humor.
—Eu sei... Mais do que nunca.
Um instante mais de silencio quando ele finalmente o quebrou.
—Naruto – estendeu a mão – Naruto Uzumaki.
O outro esboçou um mínimo sorriso e por igual aceitou a mão a apertando.
—Yahiko. – Apertou forte – Yahiko Okuni.
Havia anjos, e anjos... E gratidão era algo muito profundo.
...
Ele apertou o botão do elevador do prédio que morava e permaneceu inexpressivo parado no meio da caixa de metal enquanto as portas se fechavam. Ainda escorria em si um pouco de água, suas roupas ainda estavam encharcadas e cheias de areia. O maxilar estava rígido e a mente vazia de vários minutos atrás. Ele mantinha o celular na outra mão e esse, agora ligado, vibrava infernalmente. Os olhos azuis desceram de encontro a tela vendo se tratar de Sasuke novamente.
Seria tão mais fácil só atender, certo? Só mandar ele parar de encher seu saco, só parar tudo. Talvez ele estivesse preocupado... Só naquele momento, Naruto encontrava-se tragado. Não havia emoção, não havia sensação, sentimentos... Era como se ele só estivesse dormente e letárgico. Não conseguia reagir porque sentia como se tivesse qualquer controle de si mesmo.
Os olhos voltaram a encarar as portas cinza metálicas ainda sentindo as vibrações de uma chamada.
Quando chegou ao andar destino, ele caminhou até a porta e encaixou a chave ali a girando. O apartamento estava em silencio e só não estava totalmente escuro por conta das luzes indiretas no ambiente. Muito provável que Nagato deveria ter saído com os amigos. Naruto encostou a porta que se trancou e jogou as chaves de lado sobre um móvel. Caminhou para o seu quarto.
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Reconquistando minha esposa
FanfictionNaruto tinha a vida perfeita, a esposa perfeita e estava quase no topo da escalada do sucesso profissional e viu tudo isso escapar entre seus dedos quando Hinata decide dar um fim ao casamento deles ao descobrir um caso extraconjugal. Completamente...