O herdeiro Hyuuga-Uzumaki

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Os olhos azuis percorriam rapidamente a tela do notebook enquanto dados e mais dados eram acumulados em um pequeno dispositivo de armazenamento. Um acumulado totalmente organizado cronologicamente que convergia como uma verdadeira faxina para a trazer a luz toda aquela sujeira, que era coberta por um mero tapete corrupto do grupo Hyuuga. Coisas interessantes, assustadoras, coisas verdadeiramente nojentas e antiéticas. Não importava o que, ou quem, o Grupo Hyuuga sempre teve o que queria, não importava quantas vidas pudessem arruinar pelo caminho, e agora, diante de tantas verdades, Deidara temia. Se soubessem o que ele fazia, se o firmware do grupo o rastreasse, se qualquer coisa saísse do plano original, ele estava fodido, era isso. Desde que havia presenciado o acidente de Shizuka, sua chave havia virado, porque não era difícil somar as coisas que havia descoberto sobre Sara e seu verdadeiro trabalho.

Deveria Hinata saber que estava as portas do maior golpe da sua vida?

Bom, por mais interesseiro e cretino que o sujeito fosse, durante aqueles curtos meses que esteve ao lado da herdeira do grupo, ele também formou uma opinião sobre ela e era isso que o contribuía para alerta-la. Era apenas inegável que diante de todos, ela era uma pessoa diferente. Um ser humano muito melhor. Deidara sabia que ela estava atrás da verdade sobre o despejo em massa, porque não dá-la toda a história da empresa da sua família? Porque pelo visto ela não fazia ideia. Às vezes, pessoas boas mereciam segundas chances para recomeçar, e ela era uma dessas pessoas.

Seu celular vibrou novamente com uma chamada de Sara, mas essa ele ignorou. Estava puto com a ruiva? Oh, estava. Ele a amava, mas para o loiro, amor não era almo ilimitado do tipo que tudo suporta, tudo espera ou tudo aceita. Não, não e não. E era por isso que ele repensava no risco que ela os colocou. Poderiam ser eles a sofrerem os próximos acidentes, afinal, quem ligaria? Era como Shizuka, que não passou de uma notícia do jornal em um grave acidente. Pericia, câmeras... quem pegaria o causador do acidente se o próprio veículo era roubado e não havia rastros? Estatísticas, era isso que a terapeuta premiada viraria. Quantas estatísticas o grupo Hyuuga já gerou? Afinal, Hanabi, era um reflexo de Hiashi, e esse, por sua vez era um do próprio pai.

Um dos seus alerta vibrou, e tão logo que viu, seus olhos arregalaram diante do caos que viria, e o pior, ele não estava ao lado dela para tal. Encarou a tela do computador portátil vendo faltar pouco mais de quinze por cento para terminar aquela transferência de arquivos. Ele precisava concluir aquilo, era o tudo ou nada.

...

Melinda fora a médica que os recepcionou quando chegaram ali. A roupa de Hinata estava suja, assim como parte do terno que Gaara usava. Desesperada e em um leve estado de surto, a mulher chorava e não dizia coisa com coisa. Talvez abalada demais, ela não conseguisse organizar a mente, fora que a dor não ajudava.

— A pressão dela está alta, tem muita perda de sangue! — a enfermeira ditou enquanto empurrava a cadeira de rodas da Hyuuga em direção ao box da emergência para acolhimento. Gaara, pela primeira vez, preocupou-se de verdade com o estado da ex namorada e amiga. Aquilo não estava nos planos e ele nem sabia o que fazer, só que estava perdido e sujo com o sangue dela. Para quem ligar?

Tirando o celular do bolso, ele procurou o único contato conhecido por ele para lidar com aquilo enquanto Hinata era arrastada pela equipe médica.

— Hanabi, aconteceu algo...

A medida que o homem relatava aquilo, o sorriso de Hanabi aumentava gradualmente como um ápice de esperança e de que o cosmo estava realmente alinhado a si. Seu plano "b" poderia ser deixado de lado? Oh, sim, a sorte era sua aliada naquele momento.

— Estou indo para o hospital. — Ela disse.

— Não deveria entrar em contato com a médica dela? Ou...

Reconquistando minha esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora