vinte e dois

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@itsnotvioletta: I don't know who you are, but i'm with you 💜🖤

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@itsnotvioletta: I don't know who you are, but i'm with you 💜🖤

— Você é realmente maluco - Ela diz quando saímos do estúdio de tatuagem.
— E a novidade nisso? - Rimos - Cê gostou da borboleta?
— Eu amei - Me encara e sorri - Pra mim, tem um significado muito especial.
— Pra mim também - Continuamos nos encarando - Desde que eu te conheci.
— É mesmo? - Sorri de canto.
— Sim. E acho que eu quero te falar uma coisa.
— Então fala, ué - Dá um passo pra frente, ficando mais perto de mim.
— É que eu ainda não tenho certeza.
— Não tem certeza de que?
— De que eu ... Talvez eu ... Não é certeza, mas eu acho ...
— Tatá?!

Ela rapidamente se vira para o lado e meus olhos acompanham a direção da voz, vendo o tal Edu, que estudava com ela e trabalhava na lanchonete em frente ao consultório dos nossos psiquiatras. Eu sabia que ela era um pouco afim dele, mas ele nunca deu muita bola pra ela e aquilo a magoava muito. O que esse babaca queria?

— Oi Edu - Vejo ela sorrir e dar alguns passos na direção dele.
— O que cê tá fazendo aqui? - Pergunta.
— Uma tatuagem? - Pergunta como se fosse óbvio e eu segurei o riso.
— Sério? Que irado. O Gustavo é meu irmão!
— Não acredito - Fala surpresa.
— Pois é, ele tatua bem, né?
— Muito.
— Mas e aí, o que você escolheu pra fazer?
— Uma frase - Estende o braço para que ele visse e então eu me aproximo mais - Com o meu amigo aqui.
— Ah - Me olha - E aí, cara.
— E aí - Nos cumprimentamos com um aperto de mão rápido.
— Maneiro, tatuagem de amigo é legal - Ele diz - A amizade só não pode acabar - Só ele ri.
— Não vai acabar - Digo rapidamente.
— É, não vai - Ela me olha e sorri.
— Então - Ele chama a atenção para si - Vai fazer o que hoje, Tatá?
— É aniversário do João, nós vamos comemorar.
— João? Da nossa turma?
— Não, meu amigo aqui.
— Ah, legal. Parabéns, mano.
— Valeu.
— A gente vai fazer uma festinha lá em casa, se quiser ir, tá convidada - Fala pra ela.
— Desculpa, não vai dar - Diz e eu mostro um sorriso de canto, vitorioso.
— Se você quiser ir, tá convidado também, cara.
— Ah, valeu.
— Então ... Se der, apareçam lá.
— Se der, nós vamos - Ela diz por fim - Tchau, Edu.
— Tchau, Tatá. Falou aí, cara.
— Tchau.

Caminhamos em silêncio até a placa de rua para soltarmos as bicicletas então seguimos em direção ao centro da cidade.

[ ... ]

𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙙𝙤 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤 𝙖𝙘𝙖𝙗𝙖𝙧 ⏳ • konaiOnde histórias criam vida. Descubra agora