sessenta e dois

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Dois dias depois.

Estava a caminho do estúdio de tatuagem. Tínhamos combinado de nos encontrar lá na frente e confirme fui me aproximando, a vi sentada nos degraus da escada encarando o nada.
Desci da bicicleta e me aproximei devagar, então quando ela me viu, abriu um sorriso meigo e eu sorri de volta.

— Oi Dory Maluquinha - Digo enquanto prendo prendo minha bicicleta junto com a dela.
— Oi meu pancadinha - Se levanta.
— Cê tá bem? - Me aproximo e abraço ela, beijando sua testa em seguida.
— Agora tô, e você?
— Eu tô ótimo - Digo e nós rimos - Tá pronta?
— Sim, tô muito ansiosa.
— E você já escolheu a que vai fazer?
— Sim, mas é segredo - Diz passando a mão no meu rosto - Lindo, lindo demais.
— Bobona - Dou um selinho nela - Vamo entrar?
— Vamos.

Nós entramos no estúdio e depois que entregamos os formulários, que mais uma vez ela tinha assinado, seguimos para a parte onde iríamos ficar.
Eu, como da outra vez, fui primeiro. Ela quem tinha escolhido a "palavra" e depois de me explicar o significado, eu mais que de pressa concordei em fazer.
Não demorou muito e então foi a vez dela. Fiquei sentado um pouco afastado apenas observando. Ela me olhava de volta e sorria o tempo inteiro, o que me deixava bem.
Depois de pronta, me aproximei pra observar e sorri com aquilo. Era maluquice o que a gente tava fazendo, mas eu gostava de ter mais essa ligação com ela. Era uma coisa que ninguém nunca ia poder tirar da gente.
Não demorou muito e após a troca de material novamente, o tatuador se aproximou dela.

— Sai, João - Ela diz rindo - É surpresa.
— Deixa eu ver.
— Vai ver, quando ficar pronto - Diz rindo.

Revirei os olhos e sentei novamente no mesmo lugar de antes. Ela deitou na maca e ergueu a blusa até a altura que cobrisse os peitos, então entendi que seria na costela.
Quando ele começou, ela soltou um leve gemido como se estivesse sentindo dor, o que era provável, já que muita gente falava que a costela era um dos piores lugares para fazer uma tatuagem.
Após longos minutos, ele passou o papel para limpar e então ela se levantou. Observei quando ela caminhou até o espelho e sorriu largamente ao ver a tatuagem, então me aproximei e ela se virou para que eu pudesse ver.
"Não tem mais pra onde ir sem você" ela tinha tatuado uma frase da primeira música que eu fiz pra ela e bem embaixo, bem pequeno estava o desenho da Dory, provavelmente porque eu a chamava assim.

— Você não fez isso - Digo sorrindo.
— Eu não, foi o tatuador - Fala rindo e eu ri também - Gostou?
— Eu amei mano - Me abaixo para ficar da altura da costela dela e observo atentamente - Ficou prefeito.
— Espero que meu pai ache isso também - Diz me fazendo rir e eu me levanto novamente.
— Eu te amo muito - Passo a mão no rosto dela - Você é a coisa mais importante que eu tenho nada vida.
— Não fala assim - Faz um bico indicando que ia chorar.
— Chora não - Puxo ela pra perto - Eu te amo, viu?
— Eu também te amo, muito e pra sempre - Rimos.

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@itsnotvioletta: Não tem mais pra onde ir sem você

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@itsnotvioletta: Não tem mais pra onde ir sem você.🖤💜

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𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙙𝙤 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤 𝙖𝙘𝙖𝙗𝙖𝙧 ⏳ • konaiOnde histórias criam vida. Descubra agora