oitenta

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Três anos depois.

Estávamos em um teatro no centro de São Paulo, fazendo uma reunião e testando bailarinas para o meu novo clipe.
Na verdade, eu não queria bailarina nenhuma, mas infelizmente não funcionava mais assim.
Eu consegui a fama, o dinheiro. Consegui tocar muitas pessoas com a minha música, mas era só isso. Eu não podia mais opinar, não podia sugerir e nem reclamar de nada. Era como se eu estivesse ali só pra escrever e nada mais. Minhas últimas músicas lançadas estavam saindo todas tristes, mas não fugiam do meu padrão então por isso ninguém se importava mais.
O pessoal da gravadora falava sem parar e eu juro que só queria uma consulta com a doutora Vivian pra desabafar ou sair correndo e fazer uma loucura com a Violetta.
E já faziam três anos desde a última vez em que nos vimos.
Eu não pensava mais nela com tanta frequência, na real era só na hora de compor alguma música. Eu tentei muito durante esses três anos não escrever e nem cantar mais sobre ela, mas se não fosse assim, não fluía. Acabou que eu aceitei que nós realmente não fomos feitos pra ficar juntos, até porque quem acreditava nessa parada toda de destino era ela, então eu só segui a minha vida e mesmo não estando cem por cento feliz, eu ia lidando com tudo.

— Konai?
— Oi - Olho na direção do cara.
— Nós pedimos pra entrar a próxima.
— Fazer o que, né? - Dou de ombros - Eu já disse que não queria bailarina nenhuma, não é isso que eu quero passar nesse clipe e ...

Fui interrompido pela porta que se abriu. Senti meu coração parando pouco a pouco e quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu como uma criança que aprontou, como se já soubesse que eu estaria ali e estava se divertindo com a situação.

— Podemos começar? Se apresente, por favor - Alguém diz.
— Prazer, meu nome é Violetta.

fim.💘

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𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙙𝙤 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤 𝙖𝙘𝙖𝙗𝙖𝙧 ⏳ • konaiOnde histórias criam vida. Descubra agora