Capítulo 7

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Moana 🌴

Enfim, liberdade!

Depois de 20 anos, eu mereço. Falar pa tu! Aí, isso aqui não é lugar pra ninguém não cria, ta maluco?

Passei pelos procedimentos tudinho lá e algumas presas gritavam.

Fiz amizade pra caralho aqui, mas eu não volto mais.

Me bateram que só uma porra aqui dentro mané. Eles sabiam que eu tava de fiel com o Cadu e que eu tava grávida. Não sei como não perdi o bebê.

Policial : Quero tu aqui mais não. Não se mete nesses bagulhos de tráfico, se não na próxima tu nem saí. Gostou de vinte anos? - Riu sarcástico.

Ainda te mato, filha da puta!

Sai pra fora e encontro a Duda de braços abertos com umas meninas.

Duda : Agora eu vou poder te abraçar o dia todo sem ter que ir embora! - Veio chorando e me abraçou.

Moana : Mamãe ta de volta, minha princesa! - Beijei a testa dela. - Me apresenta as meninas, Duda. - Ri pra elas.

Duda : Mãe, essa é a Dai.. - Interrompi ela.

Moana : Espera, essa é a filha do Pellegrini? - Dei uma risada alta e ela concordou. - Caralho menina, tu é uma gata. Parece com a tua mãe. - Abracei ela.

Eu lembro da Duda falando delas quando eu tava presa. Mas aí, só de olhar pra essas meninas, da pra ver os pais delas. Idênticas mané!

Duda : Essa é a Beatriz, Tico e Bia. - A menina sorriu simpática.

Moana : Tô ficando velha mermo? Pô! - Abracei ela também.

Depois a gente saiu indo pro morro.

Tava tão ansiosa pra ver geral! Saudades do caralho!

Cheguei na entrada da Maré e tinha uns meninos que não conhecia.

Xxx : Posso liberar a entrada não, na moral! - Fechou a cara.

Moana : Dona da Maré, prazer! - Entrei na frente e ele me encarou.

Moleque parece o Viegas.

Duda : Ele ta de gastação mãe, deixa! - Olhou com cara de deboche pra ele.

Vejo o Viegas chegando e abre um sorriso quando me vê.

Viegas : Caralho Moana! É tu mermo? - Apertou meu braço.

Moana : Não pô, meu fantasma! - Gastei.

Viegas : Fantasma ta inteiro, papo reto! - Ri e os moleques que tavam na contenção continuaram olhando pra gente. - Esse aqui é meu pivete, Ph. - Apresentou o que tava de gastação.

Moana : Ele é tua cara. Palhaço igual. - O moleque riu.

Ph : Geral aqui só fala de ti, satisfação! - Beijou minha mão.

Moana : A dona do morro voltou. - Gritei e eles riram.

Viegas : Esse aqui, o Apolo. - Meus olhos encheram de lágrimas.

Moana : Apolo? - Falei entre choros olhando pra ele que não esboçava nada.

Apolo : Eu mermo! - Meteu a marra.

Moana : Porra, tu cresceu muito garoto! - Cheguei perto dele.

Apolo : Saudades tia... - Me abraçou e eu fui enxugando as lágrimas.

Esse moleque tem a cara da mãe, mas parece com o filha da puta do pai dele.

Caralho, o menor ta grandao. Se a minha Larissa tivesse aqui, ia ta do mermo jeito dele.

Caminhos Cruzados. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora