Capítulo 48

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Moana 🌴 

Aí, tô realizada da vida! Se eu morresse hoje, eu ia feliz. Encontrei minha filha que eu procurava mó cota. As vezes não tenho muito tempo, mas sempre acho uma brecha pra ficar com elas.

Minha favela ta indo bem. Os papéis pra Duda ir pra fora do Brasil estão quase prontos.

Marido? Quem precisa de homem quando se tem uma mulher foda e incrível? Amor próprio é tudo, cria! Tenho a mim mesma, e isso basta.

Tem coisa melhor? Não mané!

Desci pra boca as 7:50 AM, como todos os dias.

Chego lá e encontro o Viegas sentado. Era o primeiro que chegava de todos.

Viegas : Bom dia, gatinha! - Me olhou e riu.

Moana : Bom dia, feio! - Ele fechou a cara e eu ri.

Viegas : Tô conferindo tudo maneirinho, mané! Já tem droga embalada só no ponto da venda. Tô revendo quanto sai e quanto entra. - Assenti.

Fui conversando com ele e aos poucos vai chegando os moleques.

Dou o trabalho de cada um e eles saem deixando eu e o Viegas sozinhos de novo.

Moana : A maluca lá voltou? - Ri me referindo a fiel dele.

Viegas : Ela apareceu. Disse que tava precisando de umas férias. - Riu anotando no caderninho.

Moana : Férias? Ela queria férias era de tu. - Ele me olhou rindo.

Viegas : Também tive umas férias maneirinha, mané! - Riu safado e eu ignorei ele.

Ele saiu indo fazer as paradas dele me deixando sozinha.

Terminei tudo lá para as 2 da tarde e vou embora.

Chego na minha casa e vou direto pro banheiro tomar meu banho.

***

Vou saindo do banheiro, quando vejo o Cadu sentando no sofá da sala me olhando.

Moana : Vaza.. - Nem esperei ele falar e fui abrindo a porta.

Cadu : Vamo conversar, pô? Na moral! - Neguei. - Por favor, Moana! Foi carência, mané. Eu não vou fazer essas paradas de novo. Tô com o coração puro pa tu. Acredita se quiser! - Eu ri.

Moana : Vai, Cadu! Vaza. - Permaneci parada com a porta aberta.

Cadu : Sai dai, pô! Vem cá, senta aqui pa gente bater um lero. - Neguei.

Moana : Vai mané. Tô cansada. Preciso descansar. - Menti.

Por um instante, senti uma dor de cabeça forte e cai no chão.

Olhei pra porta ainda sem entender e vejo vários homens armados entrando por ela. Eles pareciam bravos, mas rindo ao mesmo tempo.

Xxx : Ai, tu mermo.. - Apontou pro Cadu. - Tu entrou na nossa favela, matou meu tio e a muié que tava com ele. Agora tu vai pagar! - Olhei puta pra ele.

Como assim esse caralho invade uma favela, mata o dono e não me avisa?

Muito burro, mané! Homem não pensa com a cabeça, a não ser a de baixo! Cadu pau no cu!

Cadu : Calma aí, Borges! O cara tava ameaçando minha favela, queria tomar também pô! - Borges negou.

Borges : Nada justifica, cria! Matou mermo e ainda quis tomar. Ta achando que o bagulho é fácil? É fácil, mas a parada que fica mais embaixo. Aí, tu.. - Apontou pra mim. - Fica do lado do Cadu. - Obedeci e fui indo.

Cheguei do lado dele e vi que ele tinha uma peça na cintura. Nem pensei duas vezes e puxei ela.

Apontei pra eles e o carinha que tava liderando começou a rir.

Moana : Vai, geral pra fora! - Ele negou.

Borges : Teu parceiro matou meu tio e a muié dele. Agora eu vou fazer o mermo, ta ligado? - Apontou a arma que tava nas costas dele pra gente.

Eram uns 6 e todos os eles apontaram pra nós dois.

Atirei acertando um deles.
Mas eles eram muitos... Não tinha jeito!

Senti umas dores invadirem meu corpo e eu apeguei.

Caminhos Cruzados. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora