Capítulo 12

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Depois de contar tudo pra ela, aconcheguei ela perto de mim.

Moana : Tu não vai cuidar dessa favela! Não te vejo dona disso. - Ela assentiu. - Essa vida é uma parada sem futuro. Tu sai de casa pensando que não vai mais voltar, rezando pra não morrer ou não ser presa. Passa a vida se privando de sair, de ir a praia, em festa. É só o crime! Eu quero tu bem, vivendo!

Duda : Mó parada maluca pra mim sair da favela, ta maluco? - Me olhou rindo.

Moana : Por isso que a tua mãe é bandida. Arrumo documentos falsos e tu viaja pra onde tu quer. Só que demora um tempo. Cerca de 1 ano. - Eu ri.

Duda : Sem pressa! - Se levantou. - Vamo dar rolê? - Me puxou.

Sai andando com ela pela favela e encontro o Ph, Apolo e o Alemão fazendo ronda.

Alemão : As mais gatinhas desse morro! - Chegou fazendo graça com o fuzil atravessado pelas costas.

Ph : Salve, família! - Fez toque com a gente.

Apolo só fez toque e continuou na postura.

Alemão : Tão colando aonde? - Sai andando e eles acompanharam a gente.

Duda : Aí alemão, vai cuidar da tua vida! - Falou e ele deu risada.

Alemão : Pão careca! Tô dando idéia em tu não, pô! Faz silêncio! - Fechou a cara e me olhou.

Moana : Calma, crianças! - Brinquei e eles me olharam em sincronização e eu ri.

Alemão : Fé pa vocês! Tenho que colar com os faixas na reunião da boca! - Fez toque com a gente. - Beijo, irmãzinha! - Mandou beijo pra Duda que mandou dedo.

Duda : Garoto insuportável! - Eu ri.

Moana : Igual teu pai! - Ela concordou e a gente sentou no banco olhando o movimento. - Saudades que eu tava desse lugar!

Eu não era a mesma. Muita coisa esfriou aqui dentro. Minha visão da vida é outra totalmente diferente.

Caminhos Cruzados. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora