Capítulo 40

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Permaneci sentada e as meninas aparecem depois de um tempo.

Dai : Tu fumando? Porra! - Riu.

Beatriz : A gente ta indo na Maré, vem..? - Olhei pra elas.

Duda : Minha mãe talvez não goste. - Dai olhou pra ela.

Dai : Moana não vai se incomodar, fica quieta! - Falou com ela e depois voltou a atenção pra mim. - Tu vai?

Jaqueline : Tenho que falar com o seu João. - Beatriz riu.

Beatriz : Relaxa, gata. Depois eu falo com ele e tá tudo bem. - Assenti e me levantei.

Fui com elas até a tal da Maré.

Dai : Nossa, ninguém na contenção. - Fiquei tentando entender o que era "contenção".

Eles usam umas palavras tão estranhas. Não estão no meu vocabulário.

A gente entrou em outra favela, bem bonita, por sinal.

Fomos andando até chegar na casa da Duda.

Ela me olhava estranho. Me sentia incomodada.

Duda : Minha mãe não tá aqui. - Sentou no sofá e a Dai bufou.

Dai : Poxa, queria te apresentar pra Moana. Ela é incrível! - Assenti.

Duda : Ela deve ta na boca, sei lá.

Olhei tudo ao redor atenta a cada detalhe.

Escuto a porta se abrir um menino alto e bonito entra.

Xxx : Aí, Moana ta acionando vocês três. - Elas concordaram. - Boa tarde, gatinha. - Piscou pra mim e eu ri fraca.

Dai : Tu vai ficar bem aí? - Assenti.

Duda : Não mexe em nada. - Me olhou com cara de cu e eu bufei.

Jaqueline : Sim senhora, Duda! - Falei com deboche.

Não tô suportando mais essa garota! A vontade que eu tenho de subir e quebrar a cara dela é imensa.

Elas saíram e eu fiquei sentada olhando pro teto.

Mó casarão, cria!

Tráfico da dinheiro, acho que vou entrar pra esse rumo também.

Brincadeira, Deus me livre!

Ia me levantando pra ver uma foto quando alguém abre a porta.

Olho pra porta rapidamente e vejo o menino de hoje mais cedo.

Jaqueline : Vai tomar no cu! - Coloquei a mão peito e ele me olhou.

Apolo : Ta fazendo o quê aqui? - Entrou fechando a porta.

Jaqueline : Sei lá. Uma tal de Moana chamou as meninas e elas saíram. - Ele assentiu.

Apolo : E tu ia fazer o quê? - Ele cruzou os braços me olhando.

Jaqueline : Ah, eu ia ver aquela fot.. - Estiquei o meu braço e ele puxou rápido.

Ele pegou no mesmo e ficou olhando.

Apolo : Eu não tô acreditando nisso, cria! - Falou sério.

Jaqueline : Que eu tenho braço? - Ele negou e eu ri fraca.

Apolo : Larissa Viegas Oliveira? - Me olhou e eu pude sentir ele nervoso.

Fiquei olhando pra ele firme tentando entender.

Jaqueline : Como sabe..? - Falei lentamente olhando pra ele.

Apolo : Porra, eu não acredito que é tu! - Me pegou no colo me abraçando. - Eu senti tua falta, caralho! Te procurei em todo lugar, pra tu trabalhar na padaria do Seu João? - Riu alegre.

Eu não conseguia compreender.

Jaqueline : Me explica o que tá rolando.. - Ele me colocou no chão.

Ele pegou na minha mão e me levou pra um quarto.

Caminhos Cruzados. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora