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NÃO acredito que falei "estou com saudade", sendo que eu o vi ontem. Não quero pensar em como fiquei grudenta, então penso na conversa com minha mãe.

Não sei exatamente porque fiquei tão chateada com o que minha mãe disse. É só que eu passei a maior parte da minha vida estudando para ir  para a faculdade e me tornar advogada. Nunca pensei em outra coisa. Queria ser como o meu pai. Perdi aniversários e festas porque estava em casa estudando. E ouvi-la dizer que eu posso fazer outra coisa, é como dizer que tudo foi em vão.

Se eu não tivesse tão focada nos meus estudos, talvez meu relacionamento com Theo...

Balanço a cabeça. Não vou pensar nisso. O que foi, foi. É passado. E eu estou bem com Sebastian, mesmo a gente não tendo oficializado nada.

— Linda até quando está pensativa. — Sebastian está encostado em uma estante, de braços cruzados.

— Como me achou? — eu cochicho. Essa biblioteca é enorme e eu estou tão no fundo que mal consigo ouvir o que acontece lá na frente.

— Eu sempre vou te achar. — Ele dá de ombros, vindo até mim. Eu lhe abraço, sem pensar.

Tem algo bom de sempre estar com ele. Algo que nunca vou enjoar.

— O que aconteceu? — ele pergunta quando me afasto, mas mantenho meus braços ao seu redor.

Conto a ele a conversa que tive com minha mãe e de repente isso parece besta e eu me sinto ridícula por me estressar tão facilmente com algo banal e ainda arrastar Sebastian para o meu drama.

— Isso parece meio idiota agora — confesso a ele, me afastando por completo e me apoiando na estante.

— Não é idiota, está bem? Eu entendo como se sente — ele diz e eu lhe encaro, esperando. — Eu amo fotografia, mas pensei em fazer medicina. Passei a vida toda em dúvida entre o que amo e o que achei que fosse certo para o meu futuro.

— E o que você decidiu?

— Vou fazer o que eu amo e o que me deixa feliz — Sebastian dá de ombros. — Você ama pintar, não é?

— Muito. — Sorrio um pouco, conseguindo sentir o pincel modelando a pintura.

— Então pense nisso. Não precisa decidir agora. Faltam seis meses para irmos para faculdade.

Eu anuo, sabendo que ele está certo.

— E por que estamos em uma biblioteca? — Sebastian olha em volta, franzindo as sobrancelhas para os livros antigos.

— Eu vim pegar um livro. Os mais antigos sempre ficam para trás, por isso não tem mais ninguém aqui além de nós dois. Eu gosto de vir para cá, para olhar os títulos antigos. — Dou de ombros. Sebastian olha para os dois lados e quando ele olha para mim, malícia brilha em seus olhos castanhos e verdes.

— Hum... Então ninguém deve aparecer aqui? — ele chega mais perto e eu me endireito, levantando o rosto para olhá-lo melhor.

Lembrando da sua pergunta, eu respondo.

— Não... Ninguém. — Minha boca fica seca e meu coração acelera. Sebastian beija o canto da minha boca.

— Isso é muito bom. — ele sussurra e cola nossos lábios, me fazendo arfar. Não é um beijo calmo e gentil, pelo contrário, Sebastian aprofunda o beijo e eu acabo gemendo em seus lábios quando suas mãos sobem por minha saia e apertam minha bunda.

Sebastian morde meu lábio de leve e desce seus beijos por meu maxilar e pescoço, chupando minha pele e com certeza deixando marcas.

— Sebastian... — sussurro quando sinto sua mão entre minha coxa. Abro as pernas para ele e logo sinto sua mão dentro da minha calcinha, roçando os dedos em minha intimidade.

Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ-Sᴀɴ Fʀᴀɴᴄɪsᴄᴏ||Vᴏʟ2 Dᴀ Tʀɪʟᴏɢɪᴀ Gᴀʀᴏᴛᴀ MɪᴍᴀᴅᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora