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PISCO algumas vezes com a claridade e encaro as cortinas azuis... Cortinas azuis? Minhas cortinas são cor creme...

Um sussurro de vento acaricia meu rosto... Não, não vento... Uma... Uma respiração, como se alguém estivesse muito próximo e... Ergo o rosto e vejo Sebastian Blackwood com seu rosto tão próximo ao meu que esse simples movimento fez eu roçar o nariz em seu queixo. E a posição que estamos, meu rosto em seu peito e sua mão em minhas costas...

Afasto-me bruscamente do seu corpo e tão estupidamente desastrada que caio da cama.

— Que... hum... smhu? — fico totalmente paralisada ao ouvir a voz de Sebastian, seja lá qual for a língua que ele está falando.

Olho para minhas roupas ou a falta delas. Estou apenas com uma camisa masculina que com certeza não é do meu irmão.

— Madelaine? — A cama balança e em seguida a cabeça de Sebastian aparece, seus olhos fixos em mim. — Merda... Derrubei você da cama?

Não respondo, apenas fico de pé. Sinto-me ruborizar ao perceber que essa camisa cobre apenas metade das minhas coxas.

— Você costuma ficar muda pela manhã? — ele continua falando. Acho minhas roupas em cima de uma escrivaninha e começo a me vestir. — Certo...

— Olha. — Viro-me para ele, ainda vestindo a calça. — O que aconteceu entre nós... Eu estava bêbada, então não leve isso a sério... Isso aqui foi só um...

— Opa, pode parar aí — Sebastian levanta a mão, me interrompendo. — Você é metida demais para achar que eu ficaria com você, não é?

— Perdão? — Franzo as sobrancelhas. Tento não reparar em seu corpo nu da cintura para cima. Como seu cabelo parece mais claro agora e seus lábios, que estavam tão perto dos meus...

— Nós não transamos, se é isso que está pensando — ele interrompe meus pensamentos.

Eu pisco.

— Eu não estava pensando nisso — tenho a inocência de responder. Sebastian ri com escárnio

— Ok, ok... Mas fizemos coisas mais interessantes que isso. — Ele se recosta na cabeceira da cama.

O que poderia ser mais interessante que sexo?

— O que poderia ser mais interessante que sexo? — Sebastian lê meus pensamentos e eu me assusto. — Interessante, mas não tão bom quanto, Medellín.

— Espere... Do que você me chamou? — Ergo as sobrancelhas. Essa conversa está estranha. Tudo está estranho...

— Você não se lembra mesmo, não é? — Sebastian ri e eu espero. — Não vou lhe contar. Quando lembrar, me ligue.

— Não tenho seu telefone.

— Ah, você tem...

Não entendo o sorriso estranho que ele me dá e volto a pôr minha roupa. Fico de costas na hora de tirar a camisa — sua camisa. Isso parece inacreditável. Até uns dias atrás ele estava me chamando de estranha e então nós dois acordamos na mesma cama.

Pego meu celular que estava perto das roupas. Tem centenas de mensagens de Max e meus pais... Merda! A última vez que os deixei preocupados assim...

Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ-Sᴀɴ Fʀᴀɴᴄɪsᴄᴏ||Vᴏʟ2 Dᴀ Tʀɪʟᴏɢɪᴀ Gᴀʀᴏᴛᴀ MɪᴍᴀᴅᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora