Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ-Sᴀɴ Fʀᴀɴᴄɪsᴄᴏ||Vᴏʟ2 Dᴀ Tʀɪʟᴏɢɪᴀ Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ

44°

(Desculpem a demora, mas estou escrevendo dois livros e como não tenho ninguém para betar esse daqui, é muita coisa pra fazer, então acabei dando prioridade as outras histórias porque essa já tá completa e eu só estou corrigindo e repostando!)

VOLTEI para a escola. Quase chorei de alívio ao passear pelos corredores. Fui surpreendida por várias pessoas dizendo que sentiram minha falta, principalmente o pessoal do Grêmio que aplaudiu minha entrada na sala reservada para nós. Não tinha ideia que fazia tanta falta assim.

O baile é sexta-feira e eu mal voltei e já estou sobrecarregada. Mas gosto disso, de ter o que fazer e de estudar.

— Você é minha assistente, então? — pergunto a Déborah, que está me seguindo e carregando minhas pastas.

— Sou. Antes de você perder a memória,  pedi para que arranjassem algo para eu fazer e você disse que todos os cargos estavam ocupados, então me ofereci para ser sua assistente! Isso não é demais?

— Ah. É ótimo. — Sorrio para uma garota que acena para mim.

— O que vamos fazer agora?

— Eu vou para a biblioteca... — um sorriso forma em meus lábios, ao lembrar do que aconteceu recentemente em uma biblioteca — depois vou para o refeitório, encontrar com vocês.

— Tudo bem, então. — Ela se despede e tomamos rumos diferentes.

Enquanto eu estava fora, não perdi muita coisa, mas vou recompensar isso estudando a noite toda, mesmo que agora esteja em dúvida do que eu quero para o meu futuro.

Não pretendo demorar, então pego o que preciso e me direciono até a saída, apenas para dar de cara com Kendall.

— Cunhada — ela diz como cumprimento, sorrindo. Eu sempre esqueço o quanto ela é mais alta que eu.

— Olá, Kendall. — Forço um sorriso, não me importando se na verdade for uma careta.

— Eu queria mesmo falar com você. Que sorte, não é mesmo? — Ela finge ajeitar um cacho meu e eu imagino suas unhas em meu pescoço.

— É, uma incrível coincidência. — Afasto meu cabelo, colocando para trás, livres das mãos de Kendall. Ela ri e balança a cabeça.

— Eu estava em dúvida, sabe, se falava com você ou não. Você é um ser tão insignificante que eu estava me questionando se valia minha atenção.

Eu endireito os ombros com seu tom de voz e suas palavras.

— O que você quer, Kendall? — mantenho minha voz fria.

— Eu quero que você pare de atrapalhar a minha vida. — Ela bate a mão nos livros que estou segurando, fazendo-os cair no chão.

— Você ficou doida?

— Você perdeu a memória, então provavelmente não se lembra, mas vou fazer a gentileza de lembrá-la — ela chega mais perto e eu me recuso a recuar. — Se ficar no meu caminho, eu vou acabar com você, me entendeu?

— Ah, é mesmo? — Dou risada, achando mesmo graça disso.

— Não acredita? Se você não deixá-lo...

— Quem? — pergunto, não querendo saber a resposta.

— Não se faça de idiota. Sabe de quem estou falando — eu não respondo — Ele não contou, não é? — ela ri. — É tão a cara dele esconder esse tipo de coisa... Mas estou falando de Sebastian. E ele é meu.

— Eu estou adorando essa sua historinha de terror, mas tenho mais o que fazer. — Apesar das minhas palavras, minha mente está totalmente focada no que ela disse. Kendall é doida, mas não inventaria isso sabendo que vou confrontar Sebastian.