Capítulo 2

6.6K 591 36
                                    


Aurora Ambrosius

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aurora Ambrosius

Finalmente cheguei na estação de trem, e estava extremamente animada e nervosa ao mesmo tempo. Eu sabia que tinha que procurar pela plataforma 9 3/4 pois tinha essa observação na carta que recebi, mas não fazia ideia de onde ficava. Pensei um pouco sobre isso e cheguei a conclusão de que deveria ser algo escondido ou disfarçado pois a ideia era que os trouxas não notassem sua existência. Comecei a olhar em volta procurando algum vestígio mas não encontrei nada e estava começando a ficar nervosa, com o medo de perder o trem. Até que vi um casal de irmãos, que deviam ter uns 11 anos, que tinham em seus carrinho de bagagens gaiolas com uma coruja dentro. Digamos que não é a coisa mais comum do mundo crianças terem corujas de estimação. Fiquei de olho nos dois esperando que me levassem a alguma coisa, e eu estava certa. Eles andam calmamente até a plataforma 9. Ficaram um tempo olhando para a coluna e olhando em volta, deduzi que para ver se alguém poderia vê-los. Eles tomaram distancia da parede, correram em direção a mesma, e a atravessaram. Confesso que me assustei, achei por alguns segundos que eles dariam de cara na coluna. Já havia lido várias vezes sobre vários tipos de passagens secretas mas nunca tinha visto uma pessoalmente. Me animei e fui até lá.

Um medo de não saber exatamente como aquilo era feito ou se tinha algum jeito específico de passar me atingiu e fiquei nervosa.

- Tem certeza disso, Babi? - Falei ainda encarando a parede.

Ela olha para a parede, depois olha pra mim e acena com a cabeça. 

- Tudo bem....lá vamos nós.

Ela segura minha camisa com suas pequenas patinhas e eu tomo coragem. Tomo impulso, e com uns pulinhos começo a correr em direção a parede. Fecho os olhos, e quando abro novamente parece que ainda estou na mesma estação, mas agora na placa tem o número 9 3/4 "Hogwarts Espress". 

Automaticamente abri um sorriso ao olhar em volta. Era tudo perfeito! E parece que eu não fui a única a fica completamente animada. Babi pulou do meu ombro e correu na direção dos outros bruxos.

- Babi! Babi, volte aqui! - Saí de meus pensamentos e fui correndo atrás de minha furão. Pedindo licença e desculpas por alguns empurrões, abrindo caminho pela multidão. Por um momento perdi ela de vista e entrei em pânico, mas ouvi alguém gritando.

- Ei! Ele roubou meu lanche!

Babi tinha mania de pegar comida dos outros sem a menor vergonha na cara, logo soube que provavelmente alguém a tinha encontrado. Segui a voz e encontrei uma família, todos ruivos. Um casal, dois gêmeos altos, um menino um pouco mais baixo que eles e uma garota. E logo vi Babi, minha furão completamente branca, com os olhos grandes e pretos, e focinho e orelhas rosadas, sentada na frente deles, comendo um biscoitinho caseiro tranquilamente. Corri e a peguei no colo.

- Achei você! Nunca mais faça isso! - Levantando ela na altura de meus olhos e devolvo ela ao meu ombro.

Percebo a família me olhando, curiosos sobre o ocorrido.

- A-Ah... Me desculpem pela minha furão. Ela não pode sentir cheiro de comida que já corre atrás. - Digo rindo meio sem graça, tentando cortar o clima estranho.

- É, eu percebi. Essa daí é uma bela ladra! - Acusou o menino que aparenta ser o irmão do meio. 

- Rony!!! - Repreendeu a mãe da família.

- Err... Eu posso pagar pelo lanche roubado. - Digo sem graça abrindo minha bolsa a procura de minha carteira. 

- Não querida, por favor. Não precisa disso. - Diz a mulher.

- Ronald é muito exagerado! Não ligue pra ele. Ainda temos vários biscoitos conosco. - Diz a menina, a mais nova da família.

Olho para o tal Ronald, que ainda encarava Babi de cara fechada, e pergunto:

- Tem certeza? - Digo a mãe, me referindo a expressão aborrecida do garoto.

- É claro que sim querida. - Ela diz e olha de cara feia para Rony, que muda sua expressão.

- Nunca a vimos por aqui. É sua primeira vez em Hogwarts? - Pergunta o pai da família cortando o clima tenso e desconfortável.

- É sim. Nunca estive aqui antes e estou amando. - Explico com um sorriso amigável.

- Ah sim. E onde estão seus pais? - Ele pergunta esticando o pescoço, olhando em volta.

- Err... Eu não conheço minha mãe e...hãn...meu pai está morto. - Apesar de ainda doer falar do meu pai tento dizer da forma menos pior possível, mas, sinto que falhei mizerávelmente.

E assim mergulhamos no clima desconfortável mais uma vez.

- Oh... S-Sinto muito querida. - Disse a mãe com um olhar solidário.

- Tudo bem. Não tinha como vocês saberem, e também já faz alguns anos. - Digo tentando disfarçar a tristeza que me atingiu e forço um sorriso simpático. 

Babi sabe o quanto falar do passado e de meu pai dói. Ela sabe quando me sinto mal, e como a boa companheira que é, deu uma pequena lambidinha em minha bochecha. Retribuo com uma coçadinha em sua cabeça.

- Ah, não nos apresentamos. - Disse a mulher dando um sorriso bondoso tentando levantar os ânimos. - Me chamo Molly Weasley. Esse é meu marido, Arthur, minha filha Ginevra, meu filho Ronald... - Ela começou a apresentá-los na ordem em que estavam, mas foi interrompida.

- Eu sou Fred, e esse é meu irmão, George. - Disse um dos gêmeos enquanto cada um deles pegava uma das minhas mão e dava um beijo. 

- É um prazer conhece-la. - Disse o segundo.

- O prazer é meu. - Fui o mais educada possível.

Todos sorriram com um brilho que pareceu ser de família.

- Me chamo Aurora. Aurora Ambrosius. - Me apresentei, e vi as expressões dos pais mudarem no momento em que ouviram meu sobrenome.

- Ambrosius? - Repetiu Arthur, o olhar espantado e ao mesmo tempo curioso.

- Eu mesma. - Disse sorrindo para tentar aliviar o "susto".

- M-mas, você sumiu... - Disse o homem fazendo os filhos o olharem confusos.

- Muito bem. - Intrometeu-se Molly cortando todos os pensamentos. - É melhor irmos, o trem vai chegar a qualquer minuto. Gostaria de nos acompanhar Aurora? 

- Claro! Obrigada. Assim evito o risco de me perder. - Disse pegando minha mala e me preparando para segui-los.

- Por nada, querida. - Ela responde.

O trem chega no minuto seguinte, e todos começam e se despedir dos pais e acompanhantes, e a entrar no trem. Uma onda de animação me atingiu.

A filha de MerlinOnde histórias criam vida. Descubra agora