Capítulo 43

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Aurora Ambrosius

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Aurora Ambrosius

Antes que pudesse ficar mais congelada do que já estava, Cedric me deu algumas roupas secas. Nele estavam apertadas mas em mim ainda ficavam um pouco grandes. A calça de moletom cinza descia na altura do meu quadril pois sambava na minha cintura, e a blusa blanca de manga cumprida tive que prender na barra do sutiã, deixando-a mais curta para que ficasse mais descente ao meu tamanho. Mesmo assim fiquei com certeza mais aquecida e o cheiro dele nas roupas me dava um certo conforto. Parecia que estava em um abraço eterno com ele.

Cedric também havia trocado de roupa. Agora usava uma blusa azul escura de manga cumprida e uma calça preta. Ele se apressou em acender o aquecedor do quarto, e apenas com um movimento de varinha o fez. Jogou lenha e fechou a pequena portinha de ferro, sentimos logo o calor se espalhar pelo ambiente.

Me sentei de costas para o aquecedor, no chão e de pernas cruzadas, deixando meu cabelo secar com o ar quente e aproveitando para me aquecer ainda mais. Observava calada enquanto ele corria de um lado para o outro, lutando contra o tempo, arrumando uma pequena mala para poder me acompanhar. Eu ainda estava surpresa com essa decisão repentina dele, preocupada, ele nem sabia do que realmente se tratava e estava embarcando nessa comigo. Por mais que eu estivesse encantada com a idéia de tê-lo nessa viagem, estava relutante com algumas coisas. Mas não adiantava quantas vezes eu questionasse, ele estava decidido a ir.

- Cedric, tem certeza disso? Não temos data certa para voltar e você pode perder muita coisa por aqui. - Tentei mais uma vez.

- De novo Aurora? Já falamos sobre isso. Estou com a matéria adiantada e Dimitri pode me substituir no quadribol. - Ele suspira. - Tenho mesmo que dar um tempo desse lugar, mudar de ares.

Queria perguntar o que estava acontecendo mas sentia que essa não era a melhor hora, então continuei.

- Mas e a Isa? Além disso nem sabe se Dumbledore vai deixar você ir comigo. - Disse esfregando meus pés gelados.

- Isa me perdoaria por qualquer coisa se eu a levar na Dedos de Mel. E com Dumbledore, tenho certeza que com meus argumentos ele não vai se incomodar. - Ele puxa um par de meias da gaveta e lança no meu colo.

- Obrigada. - Agradeço pelas meias e começo a vesti-las.

Resolvi desistir de tentar faze-lo mudar de idéia. Já era a centésima vez que eu tentava e a centésima vez que ele insistia. Ele não iria desistir. Não agora que já está quase acabando de arrumar a mala. Descido então começar a pensar no que diria quando chegasse o momento em que teria que cumprir a missão. A mentira é a opção mais óbvia e talvez fosse um pouco difícil de convence-lo, mas para ter sua companhia valeria a pena.

- Que horas são? - Perguntei me levantando. Meu cabelo já estava totalmente seco.

- São...duas e vinte. - Ele respondeu esticando o pescoço para ver o relógio na cabeceira.

A filha de MerlinOnde histórias criam vida. Descubra agora