Capítulo 3

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Aurora Ambrosius

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Aurora Ambrosius

Finalmente consegui entrar no trem. Naquele alvoroço fora e dentro da minha cabeça quase esqueci minha mala, mas por sorte, Molly me lembrou de leva-la. Não sei porquê, mas essa mulher me passa muita confiança.

Caminhei pelo trem procurando por um lugar vazio para sentar entre os vagões cheios, quando de repente sinto alguém me puxar para dentro de um vagão. Me virei rapidamente, meus olhos mudaram de cor para um vermelho automático de alerta por causa do susto, e a ponta de meus dedos estavam brilhando com magia. Estava pronta para atacar quem quer que fosse. Olhei e vi uma garota de pele clara e cabelos castanhos, na sua frente, um menino de pele escura, cabelos bem curto e escuros, e do lado dele outro menino, braco com cabelos loiros e olhos acinzentados.

- Hey, calma ai garota. - Disse a morena, levantando aos mãos em sinal de "rendimento".

Ainda me olhavam assustados e só então lembrei que meus poderes ainda estavam amostra. Na mesma hora abaixei as mãos e fiz meus olhos voltarem a cor normal, um azul água.

- Me desculpe. E-eu me assustei. - Expliquei me sentando ao lado da menina, de frente para o loiro.

- Tudo bem. Se eu fosse puxada para dentro de um vagão também me assustaria. - Disse a menina tentando me deixar mais tranquila.

- Hãn.... - Comecei a pensar. - Por que me puxou assim, do nada? - Eu perguntei franzindo as sobrancelhas tentando entender.

- Não estava procurando um lugar para sentar? Agora já tem. - Ela disse como se não fosse nada anormal puxar alguém daquele jeito.

- Bom, obrigada. - Disse tentando acompanhar sua lógica.

- Espera, espera. Ninguém vai falar nada sobre o que acabamos de ver? - Disse o moreno incrédulo.

- E-Eu não sei do que esta falando. - Tentei disfarçar.

- Ah, pare com isso, garota! - Disse o loiro me encarando. - Não somos idiotas, nós vimos.

- A garota tem nome! - Disse tentando fugir do assunto.

- Imagino que sim, mas não me disse qual é. - Ele respondeu apoiando os braços nas pernas se inclinando na minha direção.

Perfeito.

- Me chamo Aurora. - Respondi estendendo minha mão para um aperto.

- Prazer Aurora. Sou Draco. - Ele se apresenta apertando minha mão.

Ele me encara, e eu encaro de volta. Apesar dos olhos dele serem realmente lindos, eu só o encarei de volta porque sou muito orgulhosa e competitiva. É óbvio. Mas só durou uns dez segundos antes que nos interrompessem.

- Eu sou Pansy Parkinson. - A menina se apresentou. - E este é Blásio Zabini. - Ela apontou para o menino a sua frente.

Eu e Pansy nos saudamos com dois beijinhos na bochecha e apertei a mão de Blásio. Ótimo! Pelo menos já tenho algumas pessoas com quem conversar. Não vou me sentir tão sozinha em um lugar onde quase todos já se conhecem.

[...]

Enfim estávamos nos aproximando de Hogwarts. Já conseguíamos ver o grande castelo de longe. Eu pulei para perto da janela animada, e quase cai em cima de Pansy que riu com minha atitude. Não pude ver, mas tenho certeza que meus olhos estavam brilhando. Acho que nunca me senti tão realizada em toda minha vida. Em um momento, minha furão surgiu no meu pescoço e subiu até o topo de minha cabeça para observar a vista pela janela. Ela estava tão animada quanto eu, adorava viajar. Mas isso assustou os outros pois ainda não tinham visto ela.

- Ai meu Merlin! - Exclamou Blásio recuando em seu acento.

- Ah, essa é Babi. Minha furão. - Disse sem tirar os olhos da janela.

Em um movimento rápido, Babi vira pra eles levantando a patinha como um aceno e logo volta a atenção para a janela.

- De onde ele saiu? - Draco perguntou encarando meu pet.

- É uma menina! - Pansy ressaltou o que pensei já estar óbvio.

- De vez em quando ela dorme no capuz de meu casaco. Por isso não a viram antes. - Expliquei tirando ela de minha cabeça e colocando no meu colo.

- Podia ter avisado. - Disse Blásio se recuperando do susto.

Dei de ombros e abri minha bolsa. Logo Babi entra nela e sai com sua mala na boca.

- Ah meu Merlin, mentira. - Diz Pansy a observava encantada. - Ela tem uma malinha?

- Sim. - Digo sorrindo. - Ela gosta de guardar as coisas importantes pra ela.

Abro a malinha pra ela e de lá tira o galinho com as frutinhas. Ela pega uma frutinha e pula no colo de Draco, pega da boca com as "mãozinhas" e põe sobre mão dele. Ela o observa com atenção, e fica esperando sua reação, sentada em sua perna com a rabo abanando.

- Parece que ela gostou de você, Draco. Ela não oferece comida para qualquer um. - Digo com um sorriso, mas surpresa com a atitude da criaturinha.

Draco da um sorrisinho de canto olhando para ela, mas ainda não sabe o que fazer então peço:

- Agradeça, Draco.

- Obrigado. - Ele obedece e Babi desce de seu colo satisfeita.

Depois, Babi da uma pequena florzinha para Pansy e uma pedrinha branca para Blásio que agradecem.

- Ela é uma graça! - Diz Pansy observando-a comer suas frutinhas.

- É mesmo. Ela ama dar presentes, mas também exige que agradeçam.

Ela acaba de comer, limpa o focinho e lambe cada um de seus dedinhos. Sobe pelo meu braço até meu ombro, me da um "beijinho" no queixo e se aconchega em volta de meu pescoço.

Converso por um tempo com meus colegas de vagão. Eles me contam um pouco sobre a escola e as aulas. Me contam que são da Sonserina, e que não tem a melhor reputação entre os alunos, mas sinceramente não entendo porquê. Eles são boas pessoas e fico feliz em ter conhecido eles. Eles me disseram algo sobre as casas terem certa "rivalidade" entre si. Bom, não sei de que casa vou ser mas sei que independente da casa em que entrar não vou dar a mínima para isso, e fazer amizade com todos. Sem julgar ninguém, porque isso é uma das coisas mais tristes que se pode fazer. Julgar uma pessoa pela aparência, pelo sangue ou pela casa? Isso é ridículo! E vou fazer o possível para que isso mude.

A filha de MerlinOnde histórias criam vida. Descubra agora