Aurora Ambrosius
Dia do jogo de quadribol da Lufa-Lufa contra a Corvinal. O primeiro que vou conseguir assistir. Mas apesar disso, não estava exatamente entusiasmada. Não havia como ficar.
Acordei sentindo como se nem tivesse dormido. Cansada. Completamente acabada. Como se o peso de todas as minhas responsabilidades não fosse somente psicológico, mas agora também físico, e estivesse pendurado no meu pescoço.
No jantar de ontem Draco não saiu do meu pé, perguntando o tempo inteiro o que estava errado pois, graças ao Voto, é claro para ele que não estou bem. Por mais que queira mentir. "Para sempre serão o escudo um do outro" era essa a desculpa que Draco usava para tentar me convencer a contar, queria porque queria resolver meus problemas. Mas não cedi. Sorte a nossa que nossos pais resolveram não adicionar "Conhecerão os pensamentos um do outro", se não, Draco já estaria louco e prestes a se jogar da torre de Astronomia para se livrar de minha mente perturbada.
Como todo dia de jogo não tem aulas eu estaria bem disposta a passar o dia na cama, sem sair de entre as cobertas nem ao menos para comer. E faria isso, se uma batida frenética na porta não tivesse me obrigado a levantar.
De pijama, e sem me preocupar com cabelo ou qualquer ato de higiene matinal, fui até a porta. Quem quer que fosse não poderia reclamar já que me acordou e interrompeu meu sono. Parando para pensar, estaria até disposta a enxotar o visitante pelo que fez. Isso se cada parte do meu corpo não estivesse pesando em preguiça.
Abri a porta e deparei-me com a comunal da Sonserina, mas não havia ninguém, nem perto da porta. Quis gritar com o primeiranista que tivesse feito tal brincadeira, mas antes que pudesse ouvi novamente a batida. Conclui que não vinha da porta. Pelo menos não daquela.
Voltei ao quarto e prestei atenção para descobrir de onde vinha o som. Fui seguindo até que encostei a orelha contra a parede oeste e concluí que o som vinha de trás dela. Meus olhos correram por toda a parede alta de pedras até que vi um pequeno desenho esculpido em uma delas. Exatamente como aquele que encontrei com Gina e Mione no dia em que as trouxe aqui, mas ao invés de uma serpente, este era uma águia.
Toquei-o e letras gravadas começaram a surgir em uma larga pedra ao lado.
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A filha de Merlin
FanfictionTodos já ouviram a lenda de Merlin Ambrosius. O menino que nasceu de um amor entre uma princesa, e um ser maligno. A criança, julgada como uma aberração por ter herdado os poderes de seu pai. A criança que cresceu, se afastou, e se tornou o bruxo ma...