Todos já ouviram a lenda de Merlin Ambrosius. O menino que nasceu de um amor entre uma princesa, e um ser maligno. A criança, julgada como uma aberração por ter herdado os poderes de seu pai. A criança que cresceu, se afastou, e se tornou o bruxo ma...
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✨Aurora Ambrosius ✨
Triiiimmmmmm
Um relóginho em formato de coruja toca, alertando que está na hora de tirar os cookies do forno.
Dou um pulo animada e corro até lá. Draco vem logo atrás. Dobro um pano qualquer e uso para pegar o tabuleiro, para não me queimar. Ao abrir o forno o cheiro dos cookies quentinhos invade todo o ambiente. Eu os arrumo em um prato e vejo Draco quase babando, ele está morrendo de fome e louco para provar.
- Tudo bem, agora podemos comer né? - Ele fala estendendo a mão para pegar um.
- Não Draco! - Dou tapinha na mão dele. - Ainda falta um última coisa.
Ele choraminga. Reviro os olhos e vou até a geladeira.
- Não tem jeito melhor de comer cookies do que com um copão de leite quentinho. - Falo servindo três copos.
Seguro os copos entre as mão, fecho os olhos e com facilidade deixo o leite morno. Percebo Draco estranhar mas não fala nada. Pego três pratos e coloco um copo e cinco cookies em cada. Os que sobram guardo em um pote de vidro.
Arrasto um prato até a frente do loiro, parando ao seu lado.
- Agora pode comer. - Digo pegando e tirando um mexinha de cabelo de seu rosto.
Ele pega um, no começo olha meio desconfiado e examina o biscoito. Me olha e da uma mordida, na hora seu rosto muda de desconfiado para surpreso, ele tinha gostado.
- Caramba... Isso é muito bom! - Ele fala dando outras mordidas. Eu abro um sorriso.
- Parabéns senhor Malfoy, você acaba de provar um doce trouxa.
Ele me olha de um jeito estranho, provavelmente estranhando. Ele lambe algumas migalhas que ficaram em seus lábios, olha para os cookies e dá de ombros voltando a comer. Sem falar nada.
Dou um sorrisinho.
- Pode chamar o Dobby por favor? - Digo enquanto limpo algumas migalhas que caíram no balcão.
Ele levanta uma sombrancelha e me olha, mastigando seu terceiro cookie.
- Hãn... Claro. - Ele resolve não contrariar.
Ele o chama e logo o pequeno elfo surge no meio da cozinha.
- Olá mestre. O que Dobby pode fazer pelo senhor? - Ele fala gentilmente.
Draco apenas o iguinora e continua comendo.
- Hey Dobby! - Eu o chamo.
- Oh! Olá princesa. - Ele corre até mim.
Eu não gostava muito quando me chamavam de princesa mas os elfos domésticos tem a natureza de ver os outros como seus superiores. Me encomodaria muito mais se ele me chamasse de mestra ou algo do tipo. Acho que princesa é mais carinhoso, ou menos pior.
- Olá Dobby. - Digo me ajoelhando para ficar em sua altura. - Gostaria de falar com você.
- Ah... Dobby fez algo de errado? Dobby sente muito! Dobby... - Ele fica nervoso.
- Não, não Dobby. Tá tudo bem. - O tranquilizo. - Só queria falar com você. - Sou carinhosa.
- Tudo bem. - Ele demostra estar prestando atenção.
- Dobby quero que preste muita atenção no que vou dizer agora. - Falo seria e ele nem pisca. - Você Dobby, é uma criaturinha incrível! E não importa quantas pessoas tentem te colocar pra baixo, eu quero que tenha em sua mente que você é ótimo. E em seu coração, que é cheio de amor, que você merece ser amado. - Ele está parado me olhando, com um sorrisinho bobo no rosto e seus olhos lacrimejando.
- Obrigado princesa... Obrigado... - Ele fala com voz de choro.
Devolvo um sorrizinho.
- Ah! Tenho uma coisa para você. - Digo me levantando.
Ele fica sem reação, provavelmente nunca ouviu isso de alguém.
- Veja. - Pego um os pratos que preparei e abaixo na altura dele. - Eu preparei cookies. Tem bastante e imaginei que poderia gostar. Também tem leite quente, esperimente mergulhar os cookies no leite...ficam uma delícia. - Eu entrego o prato pra ele.
- Você preparou tudo isso para Dobby? - Ele pergunta ainda sem acreditar.
- É claro que sim Dobby. É todo seu. - Respondo com uma sorrisinho.
- Oh! Muito, muito obrigado! - Ele deixa o prato de lado e abraça minhas pernas.
Eu correspondo com um carinho eu sua cabeça que estava escostada no pé da minha barriga.
- De nada Dobby.
Ele sorri, pega o prato extremamente animado e senta em um tapetinho que tinha na cozinha. Com as pernas esticadas e abertas com o prato a sua frente, ele aproveitava cada migalha e gota de sua refeição.
Satisfeita, pego meu prato e me sento ao lado de Draco. Ele está quieto. Ainda estranha o jeito que eu lido com outras criaturas...
[...]
Nós comemos juntos, conversamos, rimos, em fim. Éramos amigos e eu não poderia estar mais feliz sobre isso.
Estava tarde, já eram 4:00am e depois de tomar o leite quente estávamos com sono. Dobby já havia ido então estávamos só nós dois.
- Acho que vou para o meu quarto... Estou com sono. - Digo com os olhos pequenos e bem sonolenta.
- É... Também estou com sono. - Ele boceja.
Vejo ele bocejar e acabou bocejando também. Damos risadas.
Nos levantamos, ele arruma a camisa que estava amassada e eu me espreguiço. Pego o pote com os bicoitos que sobraram e votamos para as masmorras lado a lado.
Chegamos na comunal e ele me levou na porta do meu dormitório. Nos despedimos e demos um abraço de boa noite. Eu entrei e ele foi para o seu dormitório.
Eu estava exausta. Coloquei o pote com os cookies em cima da mesa e me joguei na cama, que por sinal era muito macia. Só tirei o suitiã por baixo do moletom mesmo e joguei em qualquer lugar. Do jeito que cheguei fiquei.
Babi acordou com o barulho da porta de quando entrei. Ela se levantou bem sonolenta, parou perto da cama e fez um som baixinho choramingando. Está pedindo que eu a pegue, está com preguiça e sonolenta demais para pular.
Eu a pego como um bebê e a coloco na cama. Deito de lado e me encolho com o frio, ela se aproxima manhosa e se enrola em uma bolinha de pelos encolhida em minha barriga. Eu cubro nós duas.
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