LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 79

POV Jeong Yunho

Depois daquela conversa toda, os quatro ficaram com um clima mais leve, até o senhor Jeong, que antes lançava olhares ameaçadores pra Mingi havia se acalmado, mas ainda sem tirar os olhos do rapaz que havia roubado seu filho. 

— Meu amor, leve o Mingi pra conhecer o restante de casa, assim eu arrumo a louça e coloco a sobremesa na mesa. — disse a mãe de Jeong. 

— Posso te ajudar a arrumar a louça antes? — Jeong perguntou, já indo pra pia e logo sentiu a mãe dele o puxar pela blusa. 

— Não, não pode! Agora vai levar seu namorado pra conhecer o resto da casa e depois desçam pra comer a sobremesa! Eu fiz o bolo de laranja que você ama, se me encher o saco, vai ficar sem! — ela disse e empurrou o Jeong pra perto do Mingi. 

Mingi segurou levemente a cintura de Jeong, ainda bobo por ouvir as palavras de… sua sogra. Namorado…  

— Jogo baixo!!! Vamos, Mingi! Antes que minha mãe tire o bolo de mim! — Jeong disse, fingindo chorar, mas logo riu, ao sentir a mãe dele dar um tapa nele, e então segurou a mão de Mingi, puxando ele escada acima. Como Mingi já conhecia a sala e a cozinha, os únicos cômodos que sobraram do andar de baixo, era o quarto dos fundos, que era onde o pai dele guardava as tralhas de mecânico que nunca mais usou. O pai dele era bem apegado com aquelas coisas, então ele acabou nunca se desfazendo, mesmo depois de ser demitido por conta da lesão na coluna. 

— Ali é o quarto dos meus pais, — apontou para a porta da esquerda no corredor — e aqui é o banheiro! Aquele outro quarto era o de visitas, mas meu pai guarda a coleção deles de carrinhos lá. E ali no final é meu antigo quarto! Não liga, ainda 'tá cheio de coisas, minha mãe ainda não se desfez delas desde quando me mudei. Ela diz que esqueceu, mas acho que ela tem dó de se desfazer mesmo! — Jeong disse e Mingi riu baixo, ainda segurando a mão de Jeong assim que entraram no quarto.

— Se eu entrasse aqui sem querer, com toda certeza saberia que era seu quarto. — Mingi disse e Jeong olhou pra ele rindo.

— Talvez eu seja fanático demais por super herói… — Jeong disse rindo baixo, ao passo que observava Mingi passar os olhos por cada pôster de herói que tinha na parede. Deixou o ruivo andar pelo quarto e mexer em tudo, queria deixar ele à parte de sua vida, assim como deixou ele ser da dele. — Mingi, — Jeong chamou — você lembra das coisas que disse pro meu pai lá na mesa? — ele perguntou.

— É muito maneiro! Se você ver meu quarto, é todo sem graça. Só tem a cor branca na parede e uma pinturas caras demais! — Mingi fez careta olhando Jeong e na mesma hora ele riu. — Quando você for pra lá comigo, vou te mostrar tudo, e, você já vai me ajudar a colocar algumas coisas em caixas, tenho um plano de vender. Principalmente aqueles ternos, vamos ganhar um dinheirão e aí compramos um apartamento, namorado… — Mingi se aproximou devagar de Jeong, que logo deu um sorriso pequeno, prendendo os braços à volta do pescoço do ruivo. — E… não lembro de tudo. Eu disse tanta coisa, né? Eu estava nervoso e só tagarelei! — disse Mingi e Jeong riu fraco.

— Ah, imaginei que iria esquecer! O nervosismo faz isso com as pessoas, né? Namorado… — repetiu Jeong, ainda sorrindo pequeno, assim que sentiu Mingi o segurar firme pela cintura. — Sabe? até que soa bem na minha boca… 

— Verdade, faz mesmo! — Mingi disse, e Jeong logo sentiu uma carícia na cintura. — E … sabe o que soa bem nessa sua boquinha? — sussurrou Mingi, aproximando o rosto do de Jeong, que logo sentiu seu coração ir acelerando aos poucos ao passo que sentia Song segurar firmemente sua cintura. As sensações que Mingi lhe dava, eram indescritíveis, e faziam ele se esquecer de tudo à sua volta, até das pequenas palavras que antes estavam em sua cabeça. Achava que as sensações iriam passar depois que pudessem se beijar sem medo, ou até mesmo depois daquelas noites que passaram juntos, mas estava tremendamente enganado, aquelas sensações nunca sumiram, sempre estavam ali, esperando Mingi tocá-lo para se acenderem, e Jeong achava que poderia ter um curto circuito à qualquer momento. — A minha! — Mingi sussurrou, finalmente colocando os lábios aos dele.