CAPÍTULO 9

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POV Jeong Yunho


Já eram oito horas da manhã de quinta-feira e Jeong já se encontrava na Loyalty. Rapidamente bateu o ponto na recepção e então correu para o elevador, querendo chegar rápido em sua sala, para poder terminar a outra parte do trabalho do dia anterior. Jeong ainda precisava terminar de analisar os documentos que restavam, e tentaria fazer o mais rápido possível, querendo provar para Mingi o quão ele era capaz de fazer qualquer função daquela empresa.

Assim que o elevador ia subindo os andares, o garoto reparou em como os funcionários estavam mais relaxados, e também percebeu bem alguns olhares curiosos sobre si, mas resolveu deixar aquilo pra lá, como era funcionário novo, era de se esperar olhares curiosos. Rapidamente se lembrou do dia em que fez a entrevista, em como todos corriam para lá e pra cá com papéis e pastas, ao mesmo tempo que atendiam telefone com precisão, mas agora não, tinha gente encostada no pilar do térreo conversando e tomando café, a moça da recepção estava lixando a unha e etc.

Quando o elevador parou no último andar, Jeong suspirou baixo e saiu do mesmo, indo em direção à sala onde trabalhava, mas assim que reparou que Seong estava na sala dele, resolveu dar um bom dia para seu colega de trabalho. Jeong sempre prezava por bons relacionamentos onde quer que fosse, só queria trabalhar em um ambiente leve e amigável, e percebeu que com Seong a situação se daria facilmente, já que sentia que ele era um bom rapaz. Deu três batidas na porta, e logo Seong levantou o rosto, dando um sorriso simpático ao ver Jeong.

—  Oie! Bom dia, Seong. —  disse Jeong.

—  Bom dia, Jeong! Entre, fique à vontade, pode se sentar! Quer um café? Posso pedir pra trazerem! —  Park disse e Jeong entrou na sala, se sentando na poltrona à frente da mesa dele. 

—  Claro, aceito sim o café. —  Jeong deixou sua pasta na outra poltrona e logo Park acionou o interfone, fazendo o pedido dos cafés e pedindo o mesmo que eu havia pedido ontem. Yunho não deixou de reparar o quão ele era atencioso, e pensou em que Mingi tinha muita sorte de ter alguém como Seong. Ao contrário de Mingi, ele era tremendamente educado, e se importava com as pessoas. —  Seong, por que parece que tudo está tão … esquisito hoje? —  perguntou, após ver ele desligar o interfone. 

—  Como assim, esquisito? — Park perguntou, parecendo confuso e encarou Jeong.

—  Eu reparei que o pessoal está mais… —  fez uma pausa —  … relaxado? Tipo, está todo mundo largado lá embaixo tomando café, as garotas estão lixando as unhas e fofocando e se concentrando em outras coisas sem ser trabalho. —  disse Jeong, dando de ombros decidindo ocultar o fato dos olhares curiosos e logo Seong riu baixo.

—  Ah, é porque o Mingi não está na empresa hoje. —  Park disse, rindo fraco. —  As pessoas aqui ficam tensas com Mingi por perto, afinal ele é o chefe. Os homens que trabalham aqui desejam ser igual ele, ou pelo menos chegar no cargo de assistente que você chegou, aí todo mundo tenta ficar bem sério e focado no trabalho, pra tentar chamar a atenção dele. Reparou que só tem nossas três salas aqui no último andar? E as outras salas só ficam nos andares abaixo? —  ele perguntou e Jeong olhou em volta, vendo a porta de Mingi à frente da sala de Seong e a porta da sala dele ao final do corredor. A outra porta era a do banheiro, que era apenas para ele e para Seong usarem, já que Mingi tinha um na sala dele. Após olhar em volta, assentiu com a cabeça, voltando o olhar para Seong. —  Então, todos queriam poder trabalhar aqui com Mingi, mas o cargo é seu, e sua sala está aqui em cima enquanto as outras eram sempre no andar debaixo. E as mulheres? Bem, as mulheres só querem o Mingi porque enfim, ele é rico e ok, ele é bonito. Tudo que fazem é só pra chamar a atenção dele, mas o Mingi não se atrai por elas. —  Seong disse e riu baixo, negando com a cabeça. 

—  Agora tudo faz sentido pra mim… —  Jeong disse, ajeitando seu corpo na cadeira. —  E olha, eu não fico tão surpreso ouvindo você falando isso, e sinceramente, eu não vejo nada demais nele, sabe? Eu não entendo o porquê de todos caírem assim por ele… ele é só o chefe… —  disse, de forma indiferente e Seong o encarou. E realmente, por mais que Jeong achasse Mingi um tanto bonito, ainda não tinha motivo para cair aos pés dele assim como todos faziam, já que realmente não gostava nada de ver as pessoas tratando ele como o centro do Universo. Não tirava de sua cabeça em como Mingi era só um homem como outro qualquer, apesar de ser o chefe. Jeong nunca em sua vida havia baixado a guarda para homem algum, Mingi não seria o primeiro. 

—  Sendo sincero, você é a única pessoa que entrou nessa empresa e que ainda não caiu de amores pelo Mingi. Todos, antes de você, eram um desastre e faziam de tudo só pra ver ele, e você não, você corre dele! Chega a ser engraçado. —  Seong disse e riu, parecendo que lia os pensamentos de Jeong, e o garoto riu também, assentindo levemente com a cabeça.

—  O Mingi não me interessa, Seong. Ele não é meu tipo...  —  disse Jeong, que logo ouviu uma batida na porta, e assim que se virou, viu um garoto baixo e loiro na porta, segurando uns copos de café. 

—  Bom dia! Trouxe o café de vocês. —  o garoto disse e Seong logo se levanta com um sorriso no rosto. 

—  Amor? O que faz aqui? —  Jeong ouviu Seong perguntar, e ficou encarando a cena, se perguntando quem era aquele garoto, já que Seong nunca havia falado dele, mas entendeu tudo, quando viu os dois darem um selinho e um abraço, fazendo Jeong reparar a aliança em seus dedos.

—  Eu vim te ver, estava com tempo lá na livraria. Enquanto eu subia, peguei os cafés com a Chung Ha quando vi que ela ia vir pra cá, aí aproveitei pra trazer e deixei ela lá embaixo. —  ele disse, rindo baixo em seguida. 

—  Ah… você é um doce, amor. —  Seong disse, sorrindo pro garoto à frente dele e Jeong não deixou de sorrir vendo os dois. Eles eram lindos só de olhar e aparentavam ser um casal muito consolidado, o jeito que se olhavam era intenso demais pra ser algo superficial. —  Yunho, esse aqui é Kang Yeosang, meu noivo, e amor, esse é Jeong Yunho, o novo assistente do Mingi. —  Seong os apresentou, e Yunho se levantou com um um pequeno sorriso no rosto ao ouvir o moreno chamar o loiro de noivo, afirmando seu pensamento anterior. 

—  Prazer em te conhecer, senhor Kang! E me chame só por Yunho, por favor. —  disse e assim ele e Yeosang apertaram as mãos assim que o garoto deixou os copos com café na mesa.

—  Prazer, Yunho! E me chame só de Yeosang, por favor! Nada de formalidade, pode ficar à vontade perto de mim. —  ele disse e Jeong riu baixo, assentindo com a cabeça. —  Hm, o Mingi está na sala dele? —  Yeosang tomou a atenção de seu noivo, que logo voltou a se sentar em sua cadeira. O garoto loiro se aproximou e se sentou de lado na mesa, perto do noivo, que agora deixava a mão na perna do mesmo, e Jeong se sentou na poltrona novamente.

—  Não, ele foi pra Nova York ontem resolver uns assuntos sobre a nova sede. Não sei quando volta, só depois que resolver tudo, eu acho. —  Jeong acabou ouvindo a conversa, e então pegou seu café e deu um gole no mesmo, em seguida já ficou em pé.

—  Eu vou deixar vocês dois a sós, tenho que terminar o trabalho de ontem e vou aproveitar que Mingi não está aqui pra fazer tudo com calma. —  disse, logo ouvindo Seong rir. 

—  Vai lá, qualquer coisa me chama. —  Seong disse e Yunho assentiu com a cabeça em concordância.

—  Tchau, Yeosang! Foi um prazer te conhecer! —  disse Jeong, dando um sorriso ao garoto, que logo retribuiu o ato.

—  Tchau, Yunho! Digo o mesmo! Até mais! —  Yeosang respondeu, e Jeong assentiu com a cabeça, saindo da sala e fechando a porta atrás dele. Logo viu Seong abaixar as cortinas da sala dele, e bem, eles precisavam de privacidade. 

Ao chegar em sua sala, Jeong largou o corpo na cadeira e foi ligando o computador, levando seus pensamentos para as falas de Seong minutos atrás. Por que o Mingi me colocou logo aqui em cima, quando sempre as salas dos outros assistentes foram lá embaixo? Será que ainda era um tipo de teste como o Seong havia falado quando eu cheguei aqui? —  se perguntava. No minuto seguinte Jeong balançou a cabeça afastando seus pensamentos e então virou todo seu café de uma vez, tentando ao máximo se concentrar nos e-mails que iam carregando em sua caixa de entrada. Seria um dia longo e cansativo.

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora