CAPÍTULO 58

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POV Jeong Yunho

A primeira semana havia sido a semana mais conturbada para Jeong. A ficha de que havia perdido o emprego dos sonhos e que tanto lutou pra conseguir,  a do momento que pensava no bendito nome que não devemos citar e de tudo que passou; envolvendo aquele bendito nome no meio, iam caindo aos poucos nos primeiros dias, o que fazia o garoto chorar constantemente todas as noites, acordando sua mãe ao quarto ao lado, que mesmo sendo duas da manhã, sempre levantava para dar colo ao filho. Jeong já era um adulto, um homem crescido, mas nos braços da mãe e com o coração partido, era apenas um menino. 

— Me d-desculpe te acordar de novo… — Jeong sussurrou, ainda com a cabeça nas pernas de sua mãe, ao passo que a senhora fazia cafuné em seus cabelos castanhos, agora bem desgrenhados por ter ido se deitar com eles molhados. 

— Não se desculpe, está tudo bem, meu amor. Você só precisa me contar o que está acontecendo, faz uma semana que está aqui e chora todas as noites, mas não me fala o porquê! Isso não tem só haver com o seu emprego, não é? — a senhora Jeong falou de um jeito calmo, e Yunho apenas ficou em silêncio, fungando baixo. 

— É complicado, a senhora sabe que não posso te contar, mãe, já te disse isso…  — Jeong disse baixo e se sentou na cama, secando o próprio rosto. 

— Eu sei que disse, mas se não contar, como que vai tirar esse peso do seu coração? — ela disse, colocando a mão no peito de Jeong, bem ao lado do coração, fazendo um pequeno carinho ali. — Guardar isso aí dentro está te machucado, filho, e isso me machuca também, por que eu te vejo chorar toda noite e nem sei como te confortar, pois tenho medo de te magoar mais ainda. Eu só quero te ajudar, meu amor. — ela disse e Jeong secou o rosto, voltando a brincar com a camiseta branca que estava usando. 

— Eu vou ficar bem, ok? Eu sempre supero as coisas rápido, mãe, independente do que seja. Acho que só preciso de um tempinho… mas eu vou ficar bem. — disse baixo, com a voz embargada. — Não se preocupe comigo… eu vou ficar bem… 

[...] 

E finalmente lá se foi a primeira semana torturante para o acastanhado. Ao longo das outras semanas que ele permanecia desempregado — querendo esquecer totalmente o motivo para sua demissão —, Jeong já não chorava tanto, conseguia sair da cama pra comer, mesmo que sendo pouco, e já se sentia um pouco melhor, graças a ajuda de um anjo — como a senhora Jeong decidiu chamar o rapaz de mecha azul —, que apareceu na casa dos pais dele, em pleno domingo.

— Olá, senhora Jeong! É um prazer finalmente conhecê-la. — disse San, se curvando e então a senhora deu um grande sorriso. 

— Olá! Você é um rapaz muito bonito, San! Fico feliz que tenha conseguido tirar o Jeong daquele quarto. — ela disse baixo, fazendo San rir e corar ao mesmo tempo pelo elogio.  

— Eu também fico feliz de vê-lo melhor pra aceitar meu convite, senhora Jeong. — San disse baixo e a senhora sorriu. 

— Hm… por que que estão falando de mim pelas minhas costas? — Jeong disse ao chegar na sala ajeitando o casaco que vestia. 

— Não estávamos falando de você! Eu em! — a senhora disse rapidamente e Jeong revirou os olhos, sabendo que era mentira. Os três riram juntos. 

— Então vamos, San? Antes que anoiteça, e se me trazer em casa tarde acho que meu pai te caça. — Jeong disse e riu, dando um beijo na bochecha de sua mãe. — Até mais, mãe! 

— Até! Se cuidem na rua! — disse a senhora, ao ver o filho entrar no carro com San com um sorriso pequeno nos lábios.

[...] 

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora