LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 32

POV Song Mingi

As costas de Song já doíam de tanto ficar sentado na cadeira do escritório, por mais que ela fosse confortável, ficar sentado na mesma posição por horas não era tão confortável assim, então logo que a conferência por skype acabou, Mingi se levantou e esticou o corpo, tentando ao máximo relaxar seus músculos tensos. Song se sentia cansado e não via a hora de poder ter tempo pra ao menos poder descansar. Depois de Yunho ajudar com os documentos, Mingi assinou os mesmos e mandou alguém levar para a nova sede para deixar tudo por lá, já que não iria pisar os pés na Loyalty por uns dias, pelo menos até o dia da inauguração, pois tudo o que precisaria fazer, poderia fazer de casa. 

Largou a caneta na mesa e pegou a agenda, vendo algumas anotações. Mingi já havia falado com todo mundo que precisava falar, investidores, funcionários, e a equipe inteira da Loyalty, e então percebeu o quão tudo aquilo havia crescido. Era em momentos assim que ele percebia o quão sua empresa havia deslanchado pelo mundo. Em dois anos, já estava abrindo a primeira sede em Nova York, e além dela, já tinha a de Seoul, Busan e Londres. A Loyalty estava virando realmente uma multinacional, e consequentemente sua fama de empresário, empreendedor e advogado crescia mais e mais, e sua liberdade diminuía na mesma proporção. Às vezes ele mesmo não sabia se comemorava, ou se ficava preocupado. 

Mingi rapidamente saiu de seus pensamentos assim que ouviu batidas na porta do escritório, e então tirou seus inseparáveis óculos redondos do rosto rapidamente, deixando-os na mesa. 

— Entre. — disse, e assim a porta abriu, mostrando um Seonghwa com uma cara de … — Hm, o que você quer? Que cara é essa? — perguntou, começando a ajeitar a mesa, organizando as coisas que usou na reunião. Conhecia Seonghwa bem demais pra saber que ele queria aprontar ou burlar uma de suas ordens, só com o sorriso grande que ele pendia nos lábios. 

— Ai, Mingi! Eu nem falei nada! — Park disse e entrou na sala. 

— E nem precisa, sua cara já disse muita coisa. — disse Mingi, colocando a cadeira dele no lugar. — O que você quer, Park? — perguntou mais uma vez, fazendo Seonghwa bufar baixo.

— Eu quero sair com o Yunho e com o Yeosang. Quer ir junto? — ele perguntou, dando outro sorriso largo, enquanto sentava na poltrona em frente à mesa de Song. No mesmo instante Mingi parou o que estava fazendo, e então suspirou baixo, levantando o olhar devagar para seu melhor amigo, que o encarava como se soubesse minha resposta. E ele sabia.

— Qual a parte do "meu pai ou os caras da gangue podem estar por qualquer parte", que você não entendeu? Eu não vou deixar vocês saírem, Seonghwa! Não vou colocar vocês em risco, ok? Desista disso. — disse Song, olhando Park e voltou a arrumar as coisas na mesa. 

— Mas… — Seong tentou dizer, mas logo Mingo o cortou.

— Mas nada, Seonghwa! Já chega! Esse apartamento é grande o suficiente pra vocês fazerem o que quiserem, e ainda querem sair??? — disse, terminando de arrumar a mesa. 

— Você sabe que não é a mesma coisa, Mingi! Nós queremos ver pessoas, dançar, ouvir música! Queremos ver rostos novos, se divertir! — Seong disse, sendo insistente. Mingi apenas suspirou, fechando os olhos e então segurou seu osso nasal com o polegar e indicador, tentando não perder totalmente a paciência.

— Seonghwa, não é não, e não insista! Se querem se divertir, tem bebidas na cozinha, e se quiserem comer algo é só ligar pra alguém trazer, e ponto final. Ninguém vai sair! Agora licença que eu preciso ligar pro escritório. — disse Song, enquanto ia pegando o celular, já digitando o número do escritório. 

— Meu Deus, você é insuportável! — Seonghwa disse, chateado e se levantou. — Você tem que aprender a parar de querer controlar tudo, Mingi, você é chato demais com isso! — Seong disse e foi saindo da sala. O ruivo ficou encarando seu amigo calado e apenas deixou o rapaz falando sozinho, já sabendo que ele falava tudo aquilo da boca pra fora.