CAPÍTULO 16

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POV Jeong Yunho 

Eram dezenove horas ainda de sábado quando Jeong saiu da casa de seus pais. O garoto já tinha pego a roupa que usou no dia anterior e entrou no carro de seu pai ao se despedir de sua mãe, o mesmo que iria levá-lo pra casa, alegando que não queria que o filho pegasse um táxi aquele horário. Jeong se perguntava qual era o problema de todos à sua volta com a cisma de que ele não poderia andar de táxi ou uber à noite, e não entendia o quão todo mundo queria protegê-lo daquilo, já que ele não tinha carro, precisava daqueles serviços para se locomover, e não via problema nenhum naquilo.

Jeong se despediu de seu pai, assim que o mesmo estacionou na frente do condomínio onde o garoto morava, e lhe deu um abraço tremendamente caloroso e apertado em agradecimento. 

— Se cuide na viagem, ok, meu filho? — o pai de Jeong disse, enquanto encarava o garoto com certo afeto. Ele era filho único, e por mais que já crescido, os pais morriam de medo de deixá-lo nas mãos no mundo, mas ao mesmo tempo deixavam ele ir, ao invés de prendê-lo, pois Jeong tinha que voar, e confiavam demais na força do filho, deixando ele guiar seu próprio vôo sozinho. 

— Pode deixar, pai! Se cuide também, ok? Amo você. — disse Jeong, também de forma afetuosa, deixando um beijo na testa do mesmo e foi descendo do carro. 

— Amo você também. — o pai disse, sorrindo como um pai todo bobo e Yunho apenas riu baixo, fechando a porta do carro, e já foi entrando no condomínio. Subiu rapidamente para o apartamento dele, assim que entrou, trancou a porta, jogou os sapatos na sala e guardou o terno que usou ontem na empresa. A senhora Jeong já havia lavado e secado o mesmo, então Yunho apenas guardou a peça no guarda roupa e então puxou uma mala grande pra começar a guardar as coisas da viagem. Decidiu arrumar tudo no dia de hoje, porque caso esquecesse algo, teria o domingo para ajeitar, já que na semana seria impossível de fazer aquilo, por conta do trabalho de traduzir os documentos para Mingi.

Jeong abriu seu guarda roupa e encarou o mesmo, separando umas camisas mais bonitas, e algumas calças jeans rasgadas, já que eram mais frescas. Como Mingi dito que que em Nova York estaria calor, ajeitou a mala toda com roupas de calor, mas não deixando de colocar uns dois casacos de moletom, e calças jeans sem serem rasgadas, e mais umas duas calças de moletom, pra usar para dormir. A mala que Jeong tinha era bem grande, por isso conseguiu ajeitar o máximo de coisas para levar para usar nas semanas que ficariam lá, já que não sabia quanto tempo era, queria estar preparado. Depois de ajeitar as roupas, colocou na mala: livros, seu notebook com o carregador, perfumes e coisas de higiene, e em outra mala menor, colocou alguns sapatos. Após terminar de ajeitar tudo, deixou as malas no canto do quarto, pegou um terno já junto com a calça, gravata e camisa social, colocando tudo naqueles plásticos próprio para isso, deixando tudo no lugar pra não esquecer de nada, e fez o mesmo com o terno que usaria na inauguração, havia comprado pra usar para o trabalho, mas ele era tão bonito que acabou guardando para algo mais especial, não imaginava que esse dia chegaria tão rápido. Depois que finalmente ajeitou tudo, Jeong pegou uma calça de moletom e uma camisa branca larga pra ficar mais à vontade no sofá enquanto via um filme, precisava valorizar momentos como esse, ainda mais que estava sozinho. 

[...]

Já eram vinte e uma horas e quinze minutos, quando Yunho se dirigiu ao banheiro com suas roupas em mãos, e então após se despir, foi para baixo da ducha morna, sentindo as fortes gotículas de água bater em seu corpo, ato que foi fazendo o garoto relaxar cada vez mais. Por mais que estivesse gostando de seu trabalho, sentia que Mingi queria sugar suas energias, já que o mesmo vivia pedindo para ele revisar cada pilha de documento que chegava na empresa. Se sentia cansado, mas era o que precisava, pelo menos por enquanto. Yunho saiu do banho, se secou e então se vestiu, deixando seus cabelos úmidos, depois pendurou a sua toalha no pequeno varal da sacada e fechou a porta da mesma, indo para a cozinha. Não sentia muita fome, já que sua mãe havia feito uma mesa farta de café da tarde, por este motivo, apenas fez uma pipoca, foi pra sala carregando um cobertor junto consigo e se jogou no sofá, dando play em sua saga de filmes preferida — Harry Potter — para continuar sua maratona, e assim começou a comer sua pipoca devagar, aproveitando a própria sessão de filmes, tentando não pensar no trabalho.

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POV Song Mingi

Mingi saiu do banho e imediatamente enrolou a toalha em sua cintura, indo para seu quarto. O horário local de Londres apontava para às treze e quinze da tarde, havia acabado de chegar no hotel, e teria uma pequena conferência com um grande empresário da região horas mais tarde, precisava descansar da viagem. Por mais que amasse viajar, fazer viagem à negócios nunca foi divertido, não dormia bem até tudo estar resolvido e por conta do fuso horário diferente, nunca se acostumou com isso. Imaginava o quão as próximas semanas iriam ser corridas, ainda mais com a inauguração da sede em Nova York. Song, não via a hora de poder ir para lá e descansar quando tudo aquilo de inauguração acabasse, queria andar logo pelas ruas que ficavam extremamente iluminadas quando a noite caía, se sentia ansioso, ainda mais que mostraria tudo aquilo para Yunho. 

Song vestiu apenas uma boxer preta, uma bermuda da mesma cor e secou bem seus cabelos. Quando os fios estavam devidamente secos, se jogou na cama e pegou seu celular, vendo mensagens de Hongjoong. Se perguntava o por que era tão difícil para Kim aceitar que era só uma foda e pronto. Pensava em como o loiro já deveria ter se acostumado com seus planos, e com toda certeza se apaixonar não fazia parte dele, e Kim sabia isso desde o começo, Song não entendia porquê dele insistir tanto. O ruivo não ficou surpreso quando Kim pediu para ele passar a noite com na casa dele. Cenas como aquela se repetiam a cada mês de um ano para cá, e mesmo Mingi negando todas as vezes, Hongjoong não desistia, e aquilo já estava o enchendo.  

Mingi colocou seu celular para despertar às dezoito e meia da tarde, a reunião seria às vinte horas e assim teria tempo de se arrumar, comer e ir para a conferência. Bloqueou a tela do aparelho e assim se ajeitou, pronto para ir dormir. Quando fechou os olhos, pensamentos do Yunho falando com Choi San dias atrás não saía da sua cabeça, estava ficando extremamente insuportável, por justamente não entender o porquê se sentia tão incomodado. Song abriu os olhos e encarou o teto branco, com um sentimento extremo de confusão dentro si, e imaginando o quão aquilo estava o incomodando mais do que deveria. Passou a pensar em quão bravo ficou ao pensar nele enquanto fodia Hongjoong. Acabou perdendo controle total de cada pensamento ou ato, assim que imagens de Yunho vinham à sua memória, e ainda mais sorrindo para San. O que San tinha que atraía tanto o Yunho? 

— O que ele tem, que eu não tenho ? — sussurrou Mingi. 

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora