LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 28

POV Song Mingi 

Quando Mingi saiu do quarto ajeitando seu terno cinza Vanquish II no corpo, o relógio em seu pulso mostrava que já era meio dia e meia. O terno que o ruivo usava caía perfeitamente em seu formato justamente por ter sido feito sob medida, o alfaiate Dormeuil o fez exclusivamente para Mingi quando ele foi visitar Londres, e o rapaz ainda não o tinha usado, achando que o dia de hoje seria uma ótima oportunidade de usá-lo, já que era a primeira reunião para concluir os últimos ajustes da nova sede antes dela ser inaugurada. Desligou a chamada com Seonghwa, que tinha avisado que já estava em Nova York com Yeosang. Park disse que já estava com seus seguranças, e seu noivo com os dele, e que estavam na sede nova já o aguardando para a reunião. Pendurou a gravata em seu ombro, já que eu não sabia dar aquela merda de nó, pediria para Seong fazer isso para ele. A Sun-hee sempre ajeitava a gravata de Song antes dele ir para a empresa, mas como ele estava sem ela, o Seong serviria. 

Desde a notícia que seu pai estava zanzando por aí com a tal gangue, Mingi fez questão de deixar cada uma das pessoas importantes para si totalmente protegidas. Ele sabia como seu pai poderia ser perigoso, ainda mais quando estava metido com gente mil vezes mais perigosa que ele. Mingi não tardou em contatar todos os seus seguranças, nos quais não eram poucos, e todos eles ficavam atentos vinte e quatro horas por dia, nos sete dias da semana se revezando entre si, só para deixarem todos protegidos. 

Quando chegou na sala, viu que Yunho não estava ali, então resolveu esperar. Se sentou no sofá — ou melhor, se espalhou — e ficou mexendo no celular, e apenas uns minutinhos depois, pôde ouvir uns passos nas escadas e logo virou o olhar naquela direção, vendo Yunho descer a mesma devagar. 

Puta que pariu! — pensou.

Rapidamente Mingi se levantou, ajeitando o terno no corpo, e discretamente passou a língua nos lábios sem tirar totalmente os olhos de Yunho. O terno preto que o moreno usava, caía muito bem em seu corpo, e por Deus! Aquelas calças com bolsos deixava o corpo dele muito mais saliente e marcado do que os outros ternos que já viu seu assistente usar. A camisa branca, adequadamente colocada por dentro da calça, deixava um pouco marcado o peitoral pouco forte de Yunho, e a gravata preta devidamente ajustada estava bem centralizada, ao contrário de Mingi, que nem no pescoço estava. 

— Meu Deus! O que aconteceu com sua gravata? — Mingi ouviu Yunho perguntar e logo saiu de seu transe, pegando a ponta da gravata e mexendo na mesma. 

— Ah, o Seong vai ajeitar pra mim. Você sabe, eu não sei dar nó de gravata. — disse Mingi, dando de ombros e Yunho o encarou, dando um riso baixo. 

— Ah, verdade! Eu esqueci disso. Vem cá, eu arrumo pra você, aí não precisa esperar até encontrar o Seong. — ele disse, deixando o celular dele no bolso da calça e a agenda e caneta que o mesmo segurava, na mesa de centro. Mingi andou até ele em passos lentos, tirando a gravata do ombro, alcançando a mesma para Yunho. 

— Para que é a agenda? — perguntou e sentiu ele se aproximar, já passando a gravata por volta de seu pescoço. Mingi levantou um pouco o queixo para que ele pudesse ajeitar a gravata, mas ainda sim abaixou os olhos, podendo então ver a feição séria do acastanhado enquanto lentamente dava o nó ali com certa paciência. Mingi deixou seus olhos descerem para o boca de Yunho, que agora estava levemente aberta.  Seus lábios rosados e poucos cheios eram tremendamente chamativos, e descobriu ali mesmo que também eram convidativos demais quando estava assim tão perto. 

— Ah, é pra anotar algo, caso precise. Eu uso ela pra trabalhar, pra não esquecer de fazer nada. — Jeong explicou e um tempo depois se afastou. Yunho era tremendamente dedicado em tudo que ele fazia, era um tanto novo para Song ver alguém tão dedicado quanto ele. Todos os outros que trabalharam antes dele ali na Loyalty não faziam nada direito, e o ruivo acabou demitindo um por um, até finalmente encontrá-lo. Era muita sorte. — Pronto, sua gravata está ajustada, vamos? Ou vamos nos atrasar. — ele disse, pegando sua agenda na mesa e Mingi ajeitou o terno no corpo.