CAPÍTULO 3

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POV Jeong Yunho 

Era terça-feira. Jeong acordou assustado com o som do despertador, que avisava que já eram sete e meia da manhã, e logo resmungou, totalmente descontente, se perguntando porque não havia desligado a droga do alarme no dia anterior. Suspirou em insatisfação, enquanto batia a mão na cômoda ao lado da cama, indo atrás do aparelho barulhento que não parava de tocar, e assim que finalmente o teve em mãos, desligou o alarme e resmungou, passando as mãos pelo rosto.

Como uma manhã rotineira, ao finalmente acostumar os olhos com a luz do celular, Jeong foi fuçar as suas redes sociais ao invés de levantar, já que não teria mais nada pra fazer o dia todo. Decidiu dar a ele mesmo uma folga, depois de andar por praticamente a cidade de Seoul inteira no dia de ontem, suas pernas estavam acabadas e ele só queria descansar. Enquanto mexia no celular, mergulhado no emaranhado de seu edredom branco, sentiu o aparelho vibrar, avisando que um e-mail novo havia caído em sua caixa de entrada, e no mesmo instante o acastanhado já clicou na notificação, achando que era algo importante, e ok, realmente era algo muito, muito, mas muito importante. 

— Puta que pariu! — disse alto, dando um pulo da cama, sentando-se na mesma hora, e encarou novamente o ecrã do celular, lendo e relendo o e-mail só pra ter certeza

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— Puta que pariu! — disse alto, dando um pulo da cama, sentando-se na mesma hora, e encarou novamente o ecrã do celular, lendo e relendo o e-mail só pra ter certeza. — Finalmente uma entrevista! Meu Deeeeeus!!! — falou alto e pulou da cama, já jogando o celular na mesma e foi dançando desajeitadamente em comemoração. Como um clique, Jeong parou o corpo como se fosse uma estátua e assim pegou novamente celular, encarando mais uma vez o ecrã. — Não pode ser! — encarou o logo da Loyalty Advogados e foi ali mesmo que o rapaz sentiu a morte se aproximar, como se estivesse vindo de maneira bem lenta para torturá-lo. — Ok! Calma Jeong! Você precisa do emprego, e é isto! É necessidade! E o fato de você já não ter simpatizado com o Mingi não atrapalha em nada, ok? É pelo emprego! — disse para si mesmo repetidas vezes, já se acalmando e respirando fundo.

Depois de se acalmar completamente, Jeong foi logo separar seu terno e seus sapatos sociais para a entrevista, não esquecendo do fato de que precisava parecer um tanto profissional e não uma pessoa que achava totalmente injusto idolatrarem Song Mingi tanto assim e sem necessidade. Depois que arrumou tudo, olhou no relógio do celular, vendo que ainda eram oito e quinze da manhã, e então decidiu com calma ir preparar seu café da manhã, para assim relaxar até a hora da entrevista. E para Jeong, não havia nada melhor para relaxar, do que cozinhar.

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POV Song Mingi 

Eram oito e meia da manhã quando Mingi entrou em seu escritório. Rapidamente pendurou seu blazer Dolce & Gabbana no cabide ao canto da sala e se sentou em sua cadeira, já ligando o computador e digitando a senha, como de costume. Batidas foram ouvidas na porta, e Song logo virou sua atenção para a mesma, vendo Seonghwa do outro lado, e imediatamente o ruivo faz um gesto para o Park entrar na sala.

— Bom dia, Park. O que te traz aqui à esta hora? — perguntou Song, com os olhos ainda presos no monitor do computador. 

— Bom dia, Mingi! E o que mais eu viria fazer aqui? Sou seu assessor, vim te atualizar das coisas. — Seonghwa respondeu, rindo baixo junto de Mingi.

— Pode falar, sou todo ouvidos. — disse o ruivo, já parando de digitar, e voltando toda sua atenção para Seonghwa. O mesmo pegou seu inseparável ipad, logo dando uns toques na tela do aparelho.

— Ok, sua agenda hoje está tranquila. Não temos casos em aberto, então só precisa terminar de analisar os antigos, ok? Você não terminou de ler todos ontem, certo? — Park perguntou, encarando Mingi.

— Não, eu não terminei. Faltam uns cinco, acho eu. — disse. — Pelo visto eu não sou o único que tem olhos em tudo por aqui, em Park. — Mingi disse, em meio a risos.

— Não mesmo, Mingi. Ser seu melhor amigo e assessor ao mesmo tempo, me deram esse poder. — Park disse, fazendo Mingi rir baixo.

— Ok Park, continue. — pediu e se levantou, dobrando as mangas de sua camisa social preta, até a dobra do antebraço. 

— Enfim! Enviaram uns currículos bem interessantes ontem, recebemos vários, mas selecionamos uns dez para a entrevista, para não te sobrecarregar, ok? Porque foram muitos mesmo! Escolhemos os dez primeiros. Você vai receber cada um em sua sala à partir das quatorze horas. Caso não gostar de nenhum, vamos chamando mais dez e assim sucessivamente. — Park explicou, e Mingi assentiu com a cabeça. 

— Eu só espero achar alguém competente logo, que eu não precise chamar mais dez. É frustrante você fazer entrevistas e não achar nada interessante. Fazer entrevista em começo de ano é um saco, já que é super difícil achar gente com um bom currículo.  — Mingi disse, e andou até a sua imensa janela, que era mais uma parede de vidro, olhando então toda vista da cidade de Seoul dali de cima. — Você pediu pra mandarem fotos junto, certo? — Mingi virou o olhar para Park, que rapidamente assentiu com a cabeça.

— Você vai achar, Mingi. Relaxa. A grande maioria dos selecionados foram jovens, se for pra ser seu auxiliar, é bom que sejam mesmo. E tem uns que são bem novos da área de advocacia, tem a memória fresca ainda, isso pode te ajudar bastante. — Park explicou, tentando acalmar o amigo, e então Song assentiu com a cabeça. — Ah, e sim, pedi para que mandassem foto junto ao currículo. 

— Mais alguma coisa? — perguntou Song, e Park dá mais uma olhada em seu ipad.

— Hm, não! Por agora é só. Só termine de analisar os casos, por favor. Preciso arquivar eles, quero fazer isso hoje porque sua agenda está tranquila e vou ter tempo. — Park disse e Mingi assentiu com a cabeça. — Já mandei os dados dos selecionados para você olhar antes das entrevistas, está no e-mail.

— Ok, pode deixar. E não vejo a hora de contratar alguém pra te ajudar com isso, não quero te deixar sobrecarregado com tudo. Se eu contratar alguém, você vai ficar responsável só pela minha agenda. — Mingi disse.

— Relaxa, Mingi. Por mais que seja muita coisa, eu gosto do que faço, mas vai ser uma delícia não ter que arquivar casos ou analisar um por um pra você. Espero que o novo ou nova contratante seja cheio de energia. — Seong disse e ambos os rapazes riram.

— Eu também, e espero que seja bom no que faça. — Mingi disse, e Park assentiu com a cabeça. 

— Vai querer que eu peça café pra você? — Park perguntou. 

— Claro, o de sempre, por favor. —  Song respondeu, e se sentou novamente em sua cadeira. 

— Ok, vou providenciar. — o assessor respondeu, e Mingi assentiu com a cabeça, vendo o mesmo sair porta a fora.

No momento em que Mingi ficou sozinho em sua sala, esparramou seu corpo pela cadeira e então puxou seus cabelos avermelhados para trás, procurando ânimo para analisar aqueles casos. Aquilo para Mingi era tremendamente cansativo, por mais que amasse o que fazia, não negava que se sentia sobrecarregado demais algumas vezes, por isso precisava de alguém para ajudá-lo com aquilo, principalmente com os documentos, e o advogado nunca cogitou a ideia de que contratar alguém seria tão fácil. 

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora