LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 41

POV Song Mingi 

A sensação de estar andando em uma montanha russa. 

Era bem o sentimento que Mingi teve, quando sentiu os lábios de Jeong colarem aos seus. Era tudo tão novo. Queria há tanto tempo explorar aquela boca, morder os lábios inchados e rosados de Yunho. Queria fazer tanta coisa com ele, que se fosse mesmo um babaca como Yunho o chamou naquela ligação quando ele estava bêbado, foderia o acastanhado naquele balcão no mesmo instante, mas Mingi sentia que não conseguiria fazer aquilo, não com Yunho. Mingi se sentia estranho por querer tanto tocá-lo, queria primeiro beijar cada milímetro do corpo dele, mas ao mesmo tempo apenas sentia medo por saber que não poderia estar fazendo aquilo. Se sentia diferente perto dele, se sentia pronto para quebrar cada acordo que o proibia de fazer o que estava fazendo agora, mas estava mesmo pronto para arcar com as consequências? Só desejava primeiro ter Jeong, deixar marcas vermelhas em sua pele branca. Desejava por uns segundos que Jeong fosse seu, e apenas seu, e se permitiu sonhar pelo menos um pouco.

Mingi só aproveitava o máximo daquela sensação, não sabia quanto duraria, mas não se contentaria em tirar apenas uma casquinha. O ruivo já havia largado sua caneca no balcão e descido do mesmo, ficando entre as pernas do acastanhado, o puxando mais para a ponta do balcão. Foi descendo seus lábios para o pescoço de Yunho, e dando beijos molhados na clavícula marcada do mesmo. 

 — O que v-você está fazendo????  — sussurrou Jeong, afundando os dedos nos cabelos ruivos de Mingi. Estava absorto demais com o toque quente e preciso dos lábios dele para pensar em alguma coisa. Song segurou as mãos de Yunho, afastando o toque de si. O que era aquilo que estava sentindo?

 — Algo que eu queria fazer desde que você entrou na porra daquele escritório em Seoul.  — Mingi sussurrou, subindo os beijos e mordidas fracas para o maxilar de Yunho, este que arfou baixo, soltando todo o ar de seus pulmões, apertando os olhos, ao passo que deixava a pele de seu pescoço mais exposta ao colocar a cabeça pra trás. Sentiu seu estômago se encher de borboletas, era um frio na barriga tão intenso, que sentiu todo o ar ir embora.

— M-Mingi… alguém pode aparecer. A gente não pode, você sabe que a gente não pode…  — sussurrou Jeong, com a respiração ofegante de uma forma desesperada, enquanto Mingi apertava sua cintura por baixo da camisa, em seguida prendendo as mãos de Yunho no balcão.  — É perigoso pra você, Mingi…  V-você sabe.  — sussurrou Jeong, apertando suas mãos nas mãos de Mingi, que agora as seguravam, tentando se soltar. Estava totalmente submerso com os beijos molhados que o ruivo deixava pelo seu pescoço, que já revirava os olhos ao passo que deixava seus lábios abertos procurando por ar. Estava tonto. Mingi estava concentrado demais na pele de Yunho para ligar para o que ele dizia. Ele só o queria, e se importaria com tudo depois, como sempre fazia. Agia por impulso, sem pensar nas consequências na hora da situação, só lhe caía a ficha quando tudo passava.  

— Então me pede pra parar… — sussurrou Mingi, prendendo os dentes de forma delicada nos lábios de Yunho, ao passo que soltava lentamente. — Fale com todas as letras que não quer, Yunho. Fale com todas elas! — disse baixo, apertando as mãos firmemente nas coxas de Jeong. 

Yunho não tinha forças alguma. Só não conseguia, e nem sabia o porquê. Suas pernas estavam moles demais pra tentar sair dali, se amaldiçoava a cada segundo por achar os beijos que Mingi dava em seu pescoço uma perdição. Estava indo contra tudo aquilo que havia dito, contra tudo o que sempre pensava. Seu corpo estava quente demais, como se estivesse perto do inferno. Já estava ofego, e por causa do calor nem raciocinava direito. A partir dali havia entendido a expressão "tudo que é proibido é mais gostoso", mas nunca achou que aquilo aconteceria daquela forma, não sabia que um dia sentiria tais sensações nas quais nunca havia tido antes, ainda mais com alguém mais inesperado ainda, seu chefe. Pela primeira vez estava fazendo algo que nunca imaginou fazer. Ficaria maluco.