LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 64

POV Jeong Yunho 

Jeong se sentia muito mais leve depois de ter tido toda aquela conversa com San. Depois de um mês com tudo entalado na garganta, se sentiu aliviado por poder desprender daqueles segredos que o sufocavam e por ter logo esclarecido as coisas. Yunho também se sentia mais próximo do rapaz, e não era pra menos, depois de toda a confusão que fizeram e de tudo que aconteceu, 'muito próximos' eram mesmo as palavras que definiam a relação dos dois naquele dia. Yunho contou várias coisas de sua vida para San, assim como San compartilhou várias coisas de sua vida para Jeong. Ambos os rapazes ficaram surpresos por em menos de vinte e quatro horas, perceberem que a relação deles tinha mudado assim, tão drasticamente, mas ambos estavam tranquilos depois de terem entrado em consenso de não se sentirem arrependidos por nada que fora feito na noite anterior. Tiraram toda a culpa de seus ombros, e então passaram a ter uma conversa confortável e feliz por finalmente terem achado um ao outro mesmo em meio àquela bagunça, e por finalmente terem achado alguém para compartilhar suas felicidades e frustrações. E foi ali que se deu o início de uma grande e verdadeira amizade. 

Os dois passaram praticamente todo dia de sábado juntos, vendo filmes e conversando, não faltava assunto para nenhum dos dois. No final do dia, Yunho resolveu voltar para a casa de seus pais, já que a senhora Jeong o estava enchendo o saco por ele estar demorando tanto. O garoto havia resolvido voltar para o apartamento dele, e tinha se esquecido totalmente o fato de ter combinado com seu pai que ele daria carona até lá, já que não queria pegar uber ou por insistência de seu pai mesmo, que não deixava Jeong pegar nenhum carro com algum desconhecido à noite. Então, quando eram vinte horas, San estacionou o carro perto da calçada, e Yunho logo avistou seus pais na entrada da casa, ambos com os braços cruzados, com uma cara que Jeong e principalmente San, sabiam muito bem qual era. 

— Hm, eu estou ferrado, né? — San perguntou, tirando os olhos do casal que encaravam o carro como se fossem metralha-lo com os olhos. Jeong riu olhando a cara preocupada que San fez, e deu um beijo na bochecha do mesmo. 

— Não se preocupe, eu limpo sua barra. — Jeong disse e ambos os rapazes riram.

— Você é um anjo, Jeong! — San disse e Jeong riu mais. 

— Você é bobo, Choi. — disse Jeong, tirando o cinto e desceu do carro. Fechou a porta e se apoiou na janela do veículo, recebendo toda a atenção de San. O rapaz de mechas sentia que Jeong estava mais leve, estava mesmo muito grato por vê-lo melhor, odiava vê-lo abatido pelos cantos. Não acreditava mesmo que em tão pouco tempo, Jeong tenha se tornado sua pessoa favorita.

— Hey, Jeong! — disse, chamando a atenção do garoto de cabelos rosa. — Você tem meu número, então, caso precise de qualquer coisa, me ligue, tudo bem? Mesmo que tudo isso tenha acontecido entre a gente, você ainda vai continuar sendo minha pessoa favorita no mundo. Mesmo que o sentimento não seja mútuo, eu vou sempre estar aqui por você, pra qualquer coisa, ok? — Choi disse, esticando a mão. Jeong ficou encarando o rapaz sem saber exatamente o que dizer. Estava se perguntando o que havia feito de tão bom para ter um amigo tão incrível como o Choi. Jeong esticou a mão também, entrelaçando seus dedos com os do garoto de mechas, e ambos apertaram as mãos. 

— Eu não sei o que seria de mim sem você, San. Eu espero com todo o meu coração, que você ache alguém digno para receber uma pessoa de alma e coração tão bom como você. Você merece toda a felicidade do mundo, Sannie. — Jeong disse com todo seu coração, dando um beijo casto na mão de Choi. 

Eu também espero... — pensou Choi. 

— Você merece também, Yun. Agora vai lá antes que seu pai pegue aquela pedra gigante que tem no jardim e jogue no meu carro. — San disse e soltou a mão de Jeong.