CAPÍTULO 33

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⚠️Alerta de possível gatilho emocional. Esse capítulo contém citações breves sobre homofobia, caso se sintam desconfortáveis com este tópico, sugiro que pulem o capítulo.

ps: a leitura é da responsabilidade de vocês.

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POV Jeong Yunho

Eram oito horas da manhã de sábado quando Jeong já estava em pé. O garoto de alguma forma já sentia que seu corpo havia mesmo se acostumado com o fuso horário, quando viu que acordou cedo sozinho, sem necessidade, e também não sentia seu corpo cansado, como se tivesse tido uma noite mal dormida.  

Jeong, depois de se vestir com uma calça de moletom e um casaco do mesmo tecido, e após mandar mensagens para sua mãe dizendo que estava bem, descalço mesmo, desceu até a cozinha, encontrando Sara olhando alguma coisa, um panfleto que ele julgava ser o cardápio. 

— Bom dia, Sara. — o de cabelos castanhos disse em inglês e se aproximou devagar. A moça loira rapidamente virou o olhar pra ele e deu um pequeno sorriso. Yunho sempre se referia a Sara em inglês, já que era a língua materna da mesma, e se sentia confortável em treinar seu inglês com ela, já que era a única pessoa que não falava sobre negócios, fazendo o garoto variar bastante seu vocabulário e sair um pouco de sua zona de conforto. 

— Bom dia, senhor Jeong. O que te traz aqui tão cedo? Devia aproveitar que é sábado, e descansar. — ela disse, mantendo toda a conversa em inglês, dando uma risada baixa e o garoto riu com ela, assentindo com a cabeça em concordância. 

— Eu costumo acordar cedo, acho que só nos primeiros dias que isso saiu de controle por causa do fuso horário, mas acho que já acostumei com ele. — Yunho deu de ombros e riu baixo. — Ah, por acaso tem café? Eu quero um copo grande dele.

— Ainda não fiz o café, senhor. Estou olhando o cardápio do dia, mas peço à alguém pra fazer, já que quer. De qualquer forma iríamos começar a pôr a mesa do café mesmo. — ela disse e Jeong assentiu com a cabeça. — Um copo grande de café com leite, e pouco açúcar, certo? 

— Eu ficaria grato. E sim, vejo que já decoraram, de tanto que peço. — o garoto disse, coçando os cabelos da nuca e os dois riram baixo.

— Mais ou menos isso… — ela disse, dando um pequeno sorriso. 

— Ok, eu vou estar no escritório aqui do andar de baixo, tá? — Yunho disse e Sara assentiu com a cabeça. — Obrigado, Sara. — o mesmo disse, já saindo da cozinha. 

— Ok! Em uns quinze minutos levo o café pra lá. E de nada, senhor. — ela disse e assim Yunho saiu da cozinha. Yunho, por sua vez, acabou se acostumando também com o pronome de tratamento que os funcionários de Mingi usavam consigo, sabia que só iria se cansar caso pedisse para eles pararem de chamá-lo por senhor toda vez, já que o único que eles obedeciam ali era Mingi, então só desistiu. 

Yunho andou pelo corredor do andar de baixo até o escritório com calma. Seus pés descalços eram silenciosos sobre o piso branco, e percebeu o quão era bom pisar naquele chão sem sapato algum. O piso liso e regular, meramente gelado pela manhã, fazia com que seus pés ficassem relaxados, e consequentemente, Yunho também ficava. Reparou mais uma vez nos quadros espalhados nas paredes laterais do corredor que dava ao escritório, e o que mais lhe chamou a atenção, foi o que estava pendurado bem no meio de todas as obras. Era um quadro novo. Analisando bem o desenho, Yunho percebeu então que a obra se passava ali, nos Estados Unidos, mas algo que o fez ficar atraído, foi a parte colorida do desenho, como qual identificou ser uma bandeira lgbtqi+, e todos os pingos de tinta pela obra fossem uma multidão. Será que a obra falava mesmo sobre uma parada lgbtqi+? Jeong passou a pensar em como aquilo o fez ficar surpreso, nunca pensou que Mingi compraria uma obra tão impactante como aquela, era uma obra tão…. transparente. Passou a pensar como Mingi estava nos detalhes de cada coisinha, e em como ele era tão compreensível, ao mesmo tempo que era uma incógnita gigante. Sabia como Mingi era um cofre fechado com sete chaves, e sentia que ainda não havia achado nenhuma delas.

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora