POV Song Mingi
Mingi realmente estava confuso, enquanto encarava Jeong cair em gargalhadas depois de um curto silêncio. Mingi se perguntava se Jeong achava que aquilo era brincadeira, e teve certeza assim que Jeong virou o olhar pra ele.
— Ai, Mingi. Eu nunca ouvi você contar piada alguma, agora vir logo fingindo que quer algo comigo, é demais pra mim. — Jeong disse entre risos, e Mingi o encarava com uma expressão bem séria. Depois das risadas irem cessando, Jeong secou o rosto e ficou olhando para Mingi, vendo que o mesmo continuava bem sério. — Isso… não é piada? — perguntou, se ajeitando onde estava sentado.
— Não, Jeong. Não é piada alguma. — Mingi disse, colocando o livro que segurava em cima da mesinha. — Eu já te falei, e bem naquele dia na cozinha, que eu queria você, e eu não brinco com isso, Jeong. Você sabe que eu não brinco com essas coisas e que sou uma pessoa de palavra. — disse Mingi e Jeong passou as mãos no rosto, tentando ainda entender o que estava acontecendo. Tremores passavam por seu corpo, sentia como se fosse desmaiar ali mesmo, mas então respirou fundo.
— Mingi, foi um erro!! Tudo que fizemos é errado, você não entende? Eu já te disse que não podemos e você sabe bem disso! Não torne isso mais difícil pra gente, por favor. Eu sei que você é um homem de palavra, então diga que vai ficar longe de mim e as cumpra! — Jeong falou e foi ajeitando os papéis dentro das pastas. — Precisamos ficar longe, Song e você sabe disso. — ele disse, fechando o notebook, e quando estava pronto pra se levantar, sentiu a mão de Mingi segurar a sua, o fazendo sentar de novo.
— Foi mesmo um erro, ou você só está tentando se convencer de que foi? — Mingi perguntou, soltando Yunho devagar. — Porque seu corpo diz exatamente outra coisa quando eu toco você. — Mingi disse e Jeong suspirou, pronto para levantar mais uma vez.
— Você não sabe o que diz, Mingi. — Jeong disse, ajeitando as coisas dele e quando se apoiou nos pés para levantar, sentiu seu corpo ser lançado contra o chão estofado, tendo um corpo alto por cima do seu.
— Você tem certeza? — sussurrou Mingi, fazendo Jeong soltar os papéis que segurava, espalhando eles pela pequena casinha, e devagar foi passando o nariz lentamente no maxilar de Yunho, dando um pequeno cheiro e então começou a dar beijos no pescoço do acastanhado de forma lenta. Jeong na mesma hora apertou os olhos, segurando um suspiro dos lábios e quando foi colocar as mãos incontroláveis nos ombros de Mingi, que não sabia se os apertavam ou o empurrava, o ruivo as segurou com força, prendendo elas acima da cabeça de Jeong.
— Mingi… para. A gente não pode. — sussurrou Jeong, tentando soltar suas mãos das de Mingi, tentando não ceder, mas Mingi foi mais rápido, e o prendeu mais forte, descendo os beijos para a clavícula de Yunho, dando beijos nos ossos expostos da região, tais quais Mingi queria beijar mais uma vez, desde o incidente da cozinha. Yunho soltou um gemido baixo de sua garganta, assim que sentiu aquela região ser levemente mordida. — V-você é um filho da puta, é um idiota! Pare de brincar com isso, ok? Não seja burro! É sua vida em jogo, Mingi! — exasperou Jeong.
— Por que não, Jeong? — sussurrou Mingi, gostando de ouvir cada suspiro que Yunho dava, e assim que ouviu Jeong o xingar, riu baixo e encarou o mesmo. — Isso pra mim vindo de você é um elogio, Yunho. Obrigado. E eu não estou brincando, eu já te falei… — sussurrou e mordeu o lábio de Jeong lentamente. Jeong respirou fundo e apertou os olhos, sentindo seu corpo ceder aos poucos ao passo que Mingi dava beijos lentos em seus lábios. Seus braços, antes rígidos, foram se soltando aos poucos, o que permitiu Song entrelaçar os dedos com os dele, o prendendo mais firme contra o chão estofado.
— Mingi… — sussurrou Jeong, com a voz trêmula, e Mingi na mesma hora abriu os olhos, vendo os olhos úmidos de Jeong presos aos seus. Mingi não sabia o que dizer, mas aquilo havia partido todo seu coração. Yunho era quem quebrava seu coração, mas ironicamente era ele quem colava cada pedacinho. No fim do dia, mesmo que Mingi anteriormente passasse o tempo todo tentando negar, era sempre Yunho. — Não torne as coisas mais difíceis, apenas me deixe ir. — sussurrou, com a voz embargada.
— Eu não…
— Não! Só entenda de uma vez por todas, Mingi! Eu não posso ser seu, você não pode ser meu, e a gente não pode acontecer! Isso aqui não pode acontecer! É sua vida que está em jogo! Pare de brincar com ela! — disse Jeong repentinamente de forma mais dura, já se desvencilhando dos braços de Mingi, fazendo o ruivo cair ao seu lado, e no mesmo instante Jeong se levantou, recolhendo os papéis de forma desesperada, querendo logo sair dali. Seu coração batia rapidamente, era como se fosse rasgar seu peito a qualquer momento com cada palavra que saía de sua boca. Sentia seu peito pesado, como se o ar que precisasse respirar tivesse sido tirado de seus pulmões. — Precisamos ficar lon…
— Você quer mesmo ficar longe de mim? Ou faz isso contra sua vontade? — Mingi perguntou, cortando a fala do acastanhado, ao ver ele se levantando e andando para a porta. Jeong parou de costas, e Mingi viu o garoto suspirar e secar o rosto, e então virando em sua direção devagar.
— Eu… eu quero mesmo ficar longe de você, então não chegue nem mais um centímetro perto de mim. — Yunho disse firme, encarando os olhos de Mingi e então saiu dali, indo para dentro da casa principal o mais rápido que podia. Sentia vontade de chorar, mesmo sabendo que aquilo era o certo a se fazer. Sabia que precisava mesmo ficar longe, pelo bem de Mingi.
Quando chegou ao quarto, trancou a porta atrás de si e se encostou na mesma, sentindo sua respiração ficar pesada e ofegante. Quando menos viu, já estava chorando.
Mingi encarou Jeong correr, e aquilo nunca havia doído tanto. Jeong nunca seria dele. Era por isso que havia se fechado para qualquer tipo de sentimento, sabia bem como seria difícil ter um romance sendo uma pessoa influente, ainda mais com a vida que tinha, mas quando Jeong apareceu em sua vida complicada, tudo aquilo foi abaixo. Jeong havia destruído cada pensamento que Mingi já tinha fixado em sua cabeça. Sentia raiva. Queria destruir tudo que estava em sua frente. Se culpava por ter falhado, queria rir de si mesmo por ter achado que Jeong seria só mais um, mas estava tremendamente enganado, aquele garoto estava destruindo parede por parede, nas quais Mingi sustentava por anos, mostrando sentimentos que ele nunca havia sentido na vida. Mingi pensava mesmo que sabia de tudo, Seong riria de sua cara também quando soubesse que havia mesmo pago sua própria língua, e ali Song pensou como realmente Seonghwa tinha mesmo razão, as mentiras não se escondiam por muito tempo, e não podia mais esconder ou fingir que nada estava acontecendo. Já estava apaixonado por Jeong.
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LOYALTY I • Yungi
Hayran KurguLivro 1 da saga Loyalty Song Mingi era conhecido como um dos maiores advogados de Seoul. Jeong Yunho era só um recém formado em direito que estava atrás de um lugar para exercer sua profissão. O que era para ser uma relação simples virou a maior con...