CAPÍTULO 8

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POV Jeong Yunho

Por um milagre dos Deuses, ainda eram nove e quarenta e cinco da manhã quando Jeong havia terminado de resumir o último caso dos cinquenta e-mails que Seonghwa havia mandado ele analisar. Já tinha enviado o último resumo para o email de Mingi e assim que a impressão do último caso em andamento terminou, Jeong colocou tudo em uma pasta, começando a organizar cada uma em ordem alfabética e quando finalmente terminou tudo, eram nove e cinquenta e seis. Quando viu a hora, logo pegou as pastas e correu, saindo de sua sala e indo para a sala do seu chefe em seguida, para então entregar as pastas. No mesmo instante que bateu na porta de vidro, que estava coberta pela cortina, o impossibilitando de ver o que se passava lá dentro, ouviu um "pode entrar" e assim que abriu a porta, viu uma cena que não esperava ver tão cedo, ou pelo menos nunca ver. 

— Droga! Me desculpa! — Jeong tapou o rosto com as pastas rapidamente, logo ouvindo Mingi rir baixo. — Você me falou pra entrar e eu-... — Jeong disse de forma nervosa e Mingi cortou a fala dele no mesmo instante.

— Relaxa! Eu sei que te pedi pra entrar. Feche a porta e venha até aqui. — Song disse com sua voz em tom baixo e de uma forma calma, fazendo Jeong destapar rosto devagarinho, ainda meio constrangido com a situação anterior. Mingi estava abotoando sua camisa social branca, deixando uma parte de seu abdômen e tórax à mostra. Jeong não deixou de reparar o quão ele tinha um corpo bonito, que era facilmente escondido por conta das roupas largas. Achava que Mingi era apenas magro e alto, mas estava enganado, ele tinha mesmo um corpo bem bonito, assim como seu tom de pele. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados, não tinha reparado mesmo que Mingi era tão charmoso assim, pessoalmente, e nem tão go-.  — Eu derramei café na outra camisa, ai tive que trocar. — Song explicou, tirando e interrompendo Jeong de seus pensamentos, e então o acastanhado andou devagar até a mesa de seu chefe, deixando as pastas ali em cima. 

— Ah... — Jeong só conseguiu dizer aquilo e manteve os olhos ainda nas pastas, tentando com todas as suas forças não desviar o olhar para qualquer outro campo perigoso. — E-eu trouxe as pastas... com os casos em andamento.— disse de forma nervosa, e de relance, viu Mingi colocar a gravata em volta do pescoço, deixando-a sobre seus ombros, e reparou também que os botões da camisa do ruivo já estavam devidamente fechados e então se permitiu olhar seu chefe mais uma vez.

— Ah, ok! Muito obrigado! — Mingi disse e colocou as pastas do lado oposto da mesa, dando volta na mesma em seguida. Jeong deu uns passos para trás vendo que ele estava se aproximando e sentiu o olhar de Mingi sobre seu corpo. No mesmo instante engoliu em seco discretamente, soltando o ar levemente pelo nariz. — Hm... Será que você poderia dar um nó na minha gravata? Eu geralmente deixo toda torta, não sei fazer isso. — disse, parecendo desajeitado e se sentou na ponta da mesa. Jeong encarou o ruivo à sua frente de uma forma divertida e deu uma risada baixa ao ver que ele falava sério. 

— De nada... — Jeong disse e olhou ele. — Você não sabe dar nó em gravata? Como vem trabalhar com ela no pescoço? — perguntou Yunho, se aproximando devagar, ficando entre as pernas do ruivo, ainda meio afastado, tomando a gravata em mãos. 

— Tenho alguém que faz isso pra mim, Yunho. — Mingi disse de forma direta e Jeong nem ficou surpreso por ouvir ele dizer aquilo. Pensou que ele deveria ter um monte de empregados onde morava, bem típico. Jeong começou então a dar o nó na gravata. — E só os nós de gravata que não são meus fortes, mas outros tipos de nós eu sou muito bom em fazê-los. — Mingi disse repentinamente e rapidamente Jeong encarou o rosto dele confuso, e quando viu que o mesmo já o encarava, desceu rapidamente seu olhar para suas mãos, que já ajustava o nó no pescoço de seu chefe. Quando terminou, rapidamente se afastou sem dizer nada, nem percebendo que estava prendendo a respiração enquanto estava perto demais de Song.

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora