LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 35

POV Song Mingi

Quando Mingi chegou ao condomínio, eram duas e dezessete da madrugada. Havia ido para a casa de um investidor ali perto, e por sorte o mesmo também falava coreano, então ele acabou fazendo o convite para Song ir visitá-lo para falarem sobre a nova sede, e o ruivo acabou aceitando, precisava espairecer, e uma boa conversa sobre negócios seria ótimo pra distrair de tudo. Assim que pisou no apartamento, percebeu que ele estava muito silencioso para uma noite de sábado, ainda mais com Seonghwa e Yeosang por perto. Os dois sempre faziam questão de aproveitar cada coisa juntos, ainda mais em momentos de folga deles, e não iam se importar em fazer uma festa em qualquer lugar, e então logo lembrou onde eles estavam, em um bar, junto com Yunho. Mingi tirou a gravata do pescoço, e se virou para James, seu segurança e motorista.

— Obrigado pelo seu serviço, James. Pode ir descansar, já é tarde. — disse e James se aproximou, dando uma reverência e alcançou a chave do carro para Mingi. — Obrigado. 

— De nada, senhorio. Se precisar de mim, sabe onde me procurar. — disse James e Song assentiu com a cabeça, vendo então o rapaz sair da sala e ir para o lugar onde os funcionários ficavam.  

Song foi andando pra cozinha e então largou a gravata no balcão, e foi abrindo alguns botões da camisa, indo direto pra geladeira. Pegou uma latinha de coca-cola — droga, eu devia parar de tomar essas porcarias! — pensou. Quando Song abriu a latinha, sentiu o celular vibrar em em seu bolso e já praguejava, se perguntando quem ligava em uma hora daquelas, mas logo interrompeu seus próprios pensamentos ao ver o nome de Jeong brilhando no ecrã. Rapidamente atendeu a chamada.

~ Chamada Yunho - On ~

— Yunho? — perguntou e assim ficou um silêncio do outro lado, e se não fosse pelo som alto do lugar que ele estava, Mingi mal saberia se ele o ouvia ou não. 

📲Yunho: Por que você tem que ser sempre um idiota? — Song ouviu a voz de Yunho, já ficando extremamente confuso. 

— Yunho? Você bebeu? Do que você está falando? — perguntou Song, largando a latinha de refrigerante no balcão. 

📲Yunho: Eu não te entendo, sabe? Por que ora você me puxa pra perto e ora me empurra pra longe? O que você quer, inferno? — Yunho perguntou e Song ouviu ele tossir longe do celular. Mingi apenas ficou parado sem saber o que responder. Ele estava bêbado, certo? 

— Yunho, eu vou bus... — disse, mas Jeong o corta. 

📲Yunho: Não, Mingi, você não vai fazer porra nenhuma! — Jeong disse de forma alta e enrolada. — Por que você é assim? Gentil, e uma hora muda da água pro vinho? Eu não entendo isso em você... Você é tão mandão e mal educado! — ele disse de forma enrolada e fungou baixo. Nesse momento Mingi já estava vestindo seu blazer, pegando a chave do carro e indo para o elevador. 

— Eu sou assim, Yunho. Eu falei que você não ia gostar, mas você é teimoso demais pra entender. E eu sou sincero, Yunho. — disse, tentando segurar Yunho ao máximo na chamada, já que sentia com medo do que ele poderia fazer na condição que ele estava. 

📲Yunho: Eu odeio você… você sabe, né? — ele disse baixo, depois de um silêncio, e então Mingi já corria para o carro, entrou no mesmo, colocou o cinto e conectou o celular no rádio, fazendo o áudio passar para o veículo. — Eu odeio tudo o que você me faz sentir, Mingi. É tudo tão confuso. Você me deixa confuso…  — ele disse e Mingi parou perto da cancela do prédio, ao ouvir as palavras de Yunho. 

— Você está bêbado, e já está confuso, não vai lembrar nada do que disse quando acordar.  — Mingi falou seriamente e acelerou o carro o mais rápido que podia pelas ruas de Nova York, conseguindo rastrear o sinal do celular de Yunho. Mingi conseguia as coisas facilmente, e foi mais fácil ainda pedir pra alguém colocar rastreador no telefone de todos que ele considerava importante, era loucura, mas eram medidas que ele teve que tomar pra deixar aquelas pessoas protegidas, ainda mais com seu pai à solta, mas nunca pensou que usaria aquilo, não em uma situação como essa.