LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 15

POV Jeong Yunho

Eram nove e trinta e sete da manhã de sábado quando Jeong acordou. Abriu seus olhos castanhos escuros, logo encarando o teto branco acima de si, finalmente despertando aos poucos e olhando em volta, percebendo as paredes laterais preenchidas com uma tinta azul clara. Jeong estava em seu quarto, em seu antigo quarto. 

Após San o deixar na frente da casa de seus pais na noite anterior, percebeu que o mesmo morava à umas ruas dali. Era extremamente perto se decidisse ir de carro, porém relativamente longe quando pensava em ir a pé, mas de qualquer forma, não era tão longe quanto Jeong imaginava. Se sentou a cama e ajeitou seus cabelos, levantou devagar e calçou seus chinelos, indo em direção ao banheiro do quarto e foi fazendo seus higienes matinais com toda a calma do mundo, era sábado e Yunho só queria relaxar. A senhora Jeong, por sorte, ainda não havia doado as roupas que Yunho havia separado quando se mudou. O garoto acabou não levando tudo para o apartamento, afinal, não precisaria de todas elas, mas logo mentalmente agradeceu quando decidiu que dormiria ali. Eram mais de uma hora da madrugada quando uns parentes seus foram embora do jantar, e para ele ir de uber embora naquele horário era meio perigoso, e então aceitou a oferta de sua mãe, e dormiu em casa. 

Desceu as escadas, já sentindo o familiar cheiro de café que só sua mãe sabia fazer. Jeong parou para reparar o quão sentia falta daquilo, já que seu café sempre ficava uma porcaria. Ou ficavam fortes ou fracos demais, mas nunca no ponto certo, por isso o garoto só tomava café no trabalho ou em uma cafeteria perto do condomínio onde morava. 

— Bom dia, meu amor! — disse a mãe, ao vê-lo entrar na cozinha. — Dormiu bem? Como foi passar a noite em seu antigo quarto? — ela perguntou, enquanto ria baixo e colocava as torradas nos pratos que havia na mesa. 

— Bom dia, mãe! Eu dormi muito bem, e você? — perguntou Jeong, depositando um pequeno e afetuoso beijo nos cabelos já meio brancos dela. Riu baixo ao ouvir a pergunta e então sentou em sua cadeira, na qual o garoto sentava sempre que iam fazer uma refeição. — Foi estranho quando acordei, mas me habituei logo. — riu baixo, já sentindo seu celular vibrar no bolso de sua calça. Pegou o mesmo e viu que era uma mensagem de Mingi. Logo cedo? Sério? Na mesma hora bloqueou o ecrã do celular, decidindo responder só depois.

— Dormi bem, meu filho. Obrigada por perguntar. — ela disse e voltou o olhar para Jeong. — Só faz um mês que se mudou e já está estranhando o quarto que dormiu por tantos anos? Como se desacostumou tão rápido? — ela perguntou, fazendo Yunho rir baixo. A senhora se sentou na mesa e começou comer junto com o filho. — Não vai atender o celular? — ela perguntou, enquanto tomava o café dela, ao ouvir o celular do filho vibrar mais algumas vezes. Jeong continuou comendo sua torrada devagar, e quando terminou, apenas negou com a cabeça.

— Eu não sei! Aconteceu o mesmo na primeira noite que dormi no apartamento. Lá, o quarto é todo branco, e aqui é colorido, acho que é por isso que me prendi tanto. Mas sei lá, eu sou bom pra me habituar em novos ambientes. — disse Jeong, dando de ombros, enquanto comia sua outra torrada. — Vou comer e depois atendo, é só o Mingi. — disse o garoto, fazendo sua mãe o encarar no mesmo instante. 

— Como assim, só o Mingi? Ele é seu chefe! — ela disse, e Jeong apenas riu, já sabendo que ela não iria deixar aquele assunto de lado tão cedo.

— Eu sei, mãe! Só quero ficar longe de trabalho pelo menos um pouco! Posso? — perguntou e assim riu baixo ao ver sua mãe levantar as mãos em rendição. 

— Claro que pode! Parei! Mas como estão indo as coisas por lá? — ela perguntou e Yunho deu um gole em seu café com leite, suspirando baixo antes de responder.