LOYALTY I • Yungi

CAPÍTULO 31

POV Jeong Yunho

Finalmente era sexta-feira, último dia de reunião da Loyalty até os últimos ajustes, nos quais ficariam apenas nas mãos de Mingi, já que ele quem precisava assinar os papéis dos últimos contratos com os investidores, para então encerrar a série de reuniões, e então, Jeong estaria livre até o dia de inauguração que aconteceria na segunda-feira. Quando o relógio apontou para às nove e dezoito da manhã, Jeong já estava devidamente arrumado e já se dirigia para a cozinha pra tomar seu café da manhã, e quando chegou na sala de jantar, viu apenas Seonghwa e Yeosang na mesa, e agradeceu aos Deuses por não ver a cara do Mingi tão cedo. 

— Bom dia, pombinhos! — disse Jeong, fazendo o casal virar a atenção deles para ele, ambos com um sorriso no rosto.

— Bom dia, Jeong! — Yeosang disse, enquanto comia sua fatia de bolo de cenoura com chocolate.

— Bom dia, Yun! — Seong disse e deu um pequeno sorriso enquanto tomava seu café. — Dormiu bem? — o moreno perguntou, enquanto Jeong se sentava na cadeira e se servia com café. 

— Dormi bem, na medida do possível. — respondeu Jeong, recebendo um par de olhos curiosos sobre ele. Yunho ainda se sentia nervoso pelos acontecimentos do dia anterior, não havia gostado nada em como Mingi foi tremendamente grosseiro, e o garoto queria que ele entendesse que mesmo ele sendo o chefe, ele não poderia falar daquele jeito com nenhum funcionário, ou descontar as próprias frustrações em quem não tivesse nada a ver com os problemas dele. Jeong sabia que era tudo, menos um saco de pancadas. 

E falando no diabo… 

— Bom dia. — a voz grave reverberou na sala de jantar, e Yunho continuou tomando seu café devagar, enquanto apenas Yeosang e Seonghwa responderam à Mingi. — Yunho, você pode me acompanhar até meu escritório, por favor? Preciso que me ajude com uns documentos. — e estava tudo indo muito bem pra ser verdade. 

— Eu já estou indo. Posso pelo menos tomar meu café primeiro? — perguntou Jeong, deixando a caneca na mesa devagar e foi virando olhar para o ruivo, que permanecia em pé na ponta da mesa cumprida.

Mingi vestia um terno vermelho, com uma camisa branca com os dois primeiros botões abertos abaixo do paletó, deixando seu colo — onde descansavam alguns colares de prata —  à mostra, e seus cabelos ruivos pendiam para trás de forma elegante. Pelo visto tinha saído cedo para resolver algumas coisas, já que não costumava ficar tão formal assim quando estava em casa. 

— Os negócios não podem esperar, Yunho. Ou devo lhe lembrar que veio à uma viagem de negócios? — Mingi disse e assim deixou a pasta na mesa, enquanto apoiava as duas mãos em cima da mesma, deixando o corpo inclinado, encarando Jeong de forma séria. 

— No contrato não estava que eu precisava pular minhas refeições para assinar documentos. Devia tê-lo detalhado melhor, Mingi. — disse Jeong, e logo foi sentindo Song o encarar com um olhar firme. Jeong manteve o olhar no de Mingi, não iria ceder por sequer um segundo, e quando viu Mingi respirar fundo em frustração, desejou mais tempo ainda para continuar o encarando, estava gostando de ver Mingi furioso daquela forma. Sabia que estava brincando com fogo, mas estava amando aquilo.

— Leve o café consigo, eu preciso que me ajude com isso agora, Yunho. Preciso mandar esses documentos até às onze da manhã. — Mingi disse e pegou a pasta em mãos, parecendo sem paciência. — E pelo o que eu saiba, no contrato dizia que você deveria me ajudar assim que solicitasse seus serviços, ou você não o leu muito bem? Parágrafo trinta, artigo quarenta e dois. Eu ainda tenho minha pasta, quer emprestada? — ele disse seriamente, sem quebrar o olhar com o de Jeong, que agora podia muito bem sentir seu sangue ferver. Odiava como Mingi tinha a merda dos argumentos na ponta da língua daquela forma, mas se lembrava muito bem da porcaria daquele artigo, mais do que ele, pelo jeito.