Resgatando O Amor (Concluída)

Capitulo 24

ANASTÁSIA

Semanas depois...

Andreia se casou em uma cerimônia linda e nós fomos os padrinhos.
O casamento já era pra ter acontecido a alguns meses, mas William, seu noivo, teve um acidente de trânsito e quis estar melhor para depois então casar.
Christian, muito generoso, os presenteou com uma viagem de uma semana em Paris, afinal, se não fosse por ela talvez não tivéssemos nos acertado tão cedo.
Ela aproveitou e tirou suas férias, portanto ficaria um mês fora.
O mês correu tranquilo e agora falta menos de uma semana pra minha amiga voltar.
Quer dizer,  quase tranquilo,  pois as vezes Elena resolve aparecer pra nos atormentar.
Depois daquele dia ela já tentou me enfrentar algumas vezes mas nunca me rebaixo a ela. O tempo de ouvir calada e abaixar a cabeça já passou.
Claro que Christian não gosta nem um pouco de que eu a enfrente, o que o deixa furioso. Mas já disse a ele que se conforme pois se ela procurar encrenca, vai encontrar.
Bom, hoje até está tranquilo.
Estou sozinha na função e Christian foi a umas reuniões fora do escritório e talvez passe o dia fora.
Ouço o som do elevador e as portas se abrem.
Um entregador com um buquê de rosas vermelhas imenso entra.
- Bom dia. Anastasia Steele?
- Sou eu.
- Entrega para a senhorita.
Assino o recebimento e ele me entrega as flores. Um buquê lindo.
Agradeço, vou até a copa e pego um vaso colocando as flores e deixando no canto da minha mesa. Procuro mas não acho nenhum cartão.
Depois desse primeiro buquê, recebi flores, apenas uma rosa, a cada duas horas. Arrumo todas em um vaso e coloco ao lado do outro.
Pensei em ligar ou mandar mensagem para Christian agradecendo pelas flores, mas seu que se fizer isso ele não vai parar e as reuniões são muito importantes, então resolvo deixar pra agradecer a noite do jeito que ele gosta.

O dia passa tranquilo, sem grandes acontecimentos.

Termino meu trabalho e quando estou chegando perto do elevador meu telefone apita.

"Oi meu amor,
Indo pra última reunião.
Nos encontramos na sua casa.
Pode deixar que a sobremesa é por minha conta.

Estou morrendo de saudades.

Todo seu,
Christian"

Quando chego na portaria está chegando mais um buquê.

Agradeço ao entregador , entro no meu carro, ligo o som e vou pelas ruas de Seattle.
O trânsito está um pouco complicado mas nada que me faça chegar muito tarde em casa.
Assim que chego na portaria, o senhor Carson, porteiro do prédio me avisa que chegaram várias  flores aqui também durante o dia.
Ele me avisa que deixou todas na minha porta e eu agradeço.
Subo e quando o elevador abre , pra minha surpresa tem várias rosas, com a diferença de que esses vieram com pequenos cartões.

"Não sabe o quanto esperei para encontrar você"

"Seu sorriso sempre me encantou"

"Você é minha"

"Somos feitos um para o outro"

"Não vejo a hora de te ter em meus braços novamente"

" Eu não vou te perder"

" Agora que te encontrei,  será minha para sempre"

Cada cartão me deixava mais apaixonada por ele.

Fiz questão de arrumar cada vaso de flores pela sala.
Esse homem é doido.
Pra que tantas flores?
Depois de todas dispostas, tratei de preparar o jantar.
Tudo encaminhado, sigo em direção ao meu quarto. Escolho uma roupa leve e tomo um banho relaxante.
Quando estou deitada na banheira, ouço um barulho no quarto.
- Christian!
Espero pela resposta mas não ouço nada.
Estranho e penso ser impressão minha.
Depois de uns minutos ouço novamente e dessa vez tenho certeza de que é no meu quarto.
- Christian??? É você???
Um arrepio passo pelo meu corpo.
Será que é um ladrão?
Rapidamente me levanto, coloco um roupão,  enrolo uma toalha no cabelo e abro devagar a porta do banheiro.
Olho ao redor e me assusto.
Tem muitas coisas fora do lugar e gavetas reviradas.
Pego a roupa que estava em cima da cama e visto o mais rápido possível.
Sinto um arrepio quando olho e noto que a janela do quarto está aberta. Tenho a impressão de que tem alguém no quarto, mas quando menos imagino uma sombra se mexe do lado de.fora da janela, então corro pra sala.
Quando estou no corredor ouço um barulho na sala.
- Amor, cheguei!
- Christian...
Saio rápido em sua direção.
Assim que o vejo, não penso duas vezes me jogo em seus braços.
- Amor, o que foi? Você tá tremendo.
- Só me abraça, tá? Só me abraça.
Ele me abraça com mais força.
- Amor, o que houve? Você tá me deixando nervoso.
- Eu acho que tem alguém aqui. Tem alguém aqui.
- Onde, Anastásia?
- No quarto.
Nessa hora um barulho no quarto me assusta.
-

Espera aqui.
Christian se solta de mim e corre em direção ao quarto. Eu seguro sua mão e o puxo.
- Não,  Christian. Fica aqui.
- Fica aí, Ana!!! Não sai daqui.
Ando de um lado para o outro até que não resisto e vou em direção ao quarto. Quando chego perto da porta, Christian sai de lá com um semblante furioso. Não fala nada, simplesmente me puxa e me abraça com força indo em direção a saída.
- Nós vamos sair daqui agora.
- O que houve?
- Não sei quem era, mas entrou alguém aqui.
- Christian..
- Ana, isso não está em discussão.  Estamos saindo daqui agora.
- Está bem. Mas eu preciso pegar algumas coisas.
Ele respira, olha em direção ao quarto, me analisa e concorda.
Voltamos ao meu quarto, pegou tudo o que consigo no momento, coloco em uma mala enquanto Christian fica olhando ao redor e saímos deixando tudo trancado.
- Você notou a falta de alguma coisa?
- Assim de imediato, não.
- Tudo bem. Amanhã vamos resolver isso.
- Está bem.
Nossa ida até o seu apartamento foi silenciosa. Assim que chegamos, fui direto ao quarto. Tirei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro.
Deixei a água levar toda a tensão dessa noite.
Mesmo de olhos fechados, sinto seu corpo encaixar no meu, me abraçando e  beijando meu pescoço.
- Você está bem?
- Sim. Só nervosa por toda essa situação.
- Amanhã vamos resolver tudo isso. E já te aviso que a partir de agora você não volta pra aquele lugar.
- Christian...
- Ana, isso não está em discussão, já falei. Você não volta pra lá e pronto.
- Eu só ia dizer que concordo com você.
- Acho muito bom mesmo.
- Seu bobo...
Ele me beija e o clima esquenta. Então, nos amamos debaixo do chuveiro.
Depois de saciados e de um banho, nos deitamos.
Estou animada em seu peito quando me lembro.
- Tinha até esquecido de te agradecer. 
- Pelo o que?
- Pelas flores. Não sabia que você sabia quais eram as minhas preferidas.
- Ana...
Eles olha estranho e senta na cama.
- Que foi?
- De que flores está falando?
- Como que flores? As que me enviou o dia todo.
- Ana... Eu não te enviei flores. Pelo menos hoje não.
Meu corpo todo se arrepia com sua afirmação.
- Como não,  Christian??
- Se você recebeu flores hoje já digo que não fui eu.
- Mas,  se não foi você,  quem foi então?
- Quem foi eu não sei, mas com certeza vamos descobrir.

E agora???
Quem será que mandou essas flores????