Capítulo 35

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Cheguei meus amores!!!
Terceiro capítulo da nossa maratona!!!
As coisas estão feias pro lado do Christian...
Bora ler!!!

ANASTÁSIA

Acordo com uma dor de cabeça tremenda e  um calor absurdo.
Quando tento me mexer encontro o motivo de tanto calor.
Christian está todo enrolado ao meu corpo. Na mesma hora me levanto, pois seu toque me faz mal.
Pego o telefone e vejo que ainda está muito cedo.
Depois do que houve ontem, não sei se conseguiremos continuar juntos. Sempre dei a ele amor, carinho e respeito mas ele não me correspondeu esse último na mesma intensidade.
Não é que esteja fazendo um drama, não. Pelo contrário, estou fazendo o possível e o impossível para que o que eu já vivi não volte a acontecer.
Tento o máximo que consigo, mas nessas horas é difícil não comparar esses dois relacionamentos.
Jack também era gentil e carinhoso no início e depois se transformou em um monstro.
Não que Christian vá me agredir,  longe disso mas sei que ele tem um poder de me magoar e machucar muito maior do que Jack tinha.
Olho para a cama e ele se mexe.
Pedi que ele fosse embora mas ele se negou, então pediu pra ficar no outro quarto e eu cedi mas ele ficou lá somente até eu dormir. Óbvio que ele aproveitou assim que eu dormi pra voltar pra minha cama.
Vou até o closet devagar para não acordá-lo, mas mesmo assim não adianta.
-Onde você vai?
Ele pergunta e eu respondo secamente.
- Ao banheiro.
- Você está bem?
- Seu filho está bem.
Entro, me tranco e respiro fundo.
Me olho no espelho e a imagem refletida não é a mesma de tempos atrás.
Eu estou diferente, mais forte.
Ouço um barulho e vejo a maçaneta da porta se movendo. Ele tenta algumas vezes e para.
Tiro minha roupa,  tomo um banho na esperança dessa dor passar mas nada.
Saio do chuveiro,  me seco, me visto e respiro fundo pois essa dor está aumentando.
Ouço batidas na porta, vou até ela, abro e ele me encara.
- O que houve? Porque trancou a porta? Porque demorou tanto? Vocês estão bem?
- Muitas perguntas logo cedo.
Me sento na cama e ele se ajoelha entre minhas pernas, segurando minha cintura com a cabeça baixa.
Ele fica nessa posição por um tempo como se estivesse procurando as palavras que quer dizer ou na esperança de algum gesto meu mas não me movo. Finalmente ele respira fundo e fala.
- Eu... sei que eu fui um imbecil com você. Te magoei, te desrespeitei, te ofendi com o meu comportamento.  Mas eu juro que não fiz na intenção de te fazer mal. Jamais faria qualquer coisa pra te machucar.
- Christian...
- Amor, por favor deixa eu falar...
- Tá.
- Sei que você não vai me perdoar tão cedo e você tem razão. Essa noite com você nos meus braços... me deu um desespero, uma angústia de pensar que você poderia não estar assim... Eu refleti e sei sim que você tem toda a razão do mundo. Se fosse o contrário,  sei que eu teria feito uma merda imensa, teria acabado com a raça do desgraçado e... Eu só te peço uma chance, só uma... pra te mostrar que eu aprendi a lição, que eu entendi o seu lado e vou fazer o impossível pra te provar que eu te amo e vou te fazer muito feliz. Fazer vocês dois felizes.
Merda...
Porque ele tem que ser tão fofo assim???
Ele deita a cabeça em meu colo e beija minha barriga. Sinto suas lágrimas correndo e caindo em minhas pernas.
- Christian, por favor para...
- Ana, só me diz que me dá só mais uma chance. 
Ele se ergue e seu rosto está vermelho. Ele segura minhas mãos e as beija.
- Eu...
- Olha amor,  eu sei que você tem todos os motivos pra não acreditar em mim, mas eu juro, juro que eu vou fazer de tudo pra fazer vocês felizes e ter o seu perdão. Me dá só essa chance, por favor. Prometo que se não der certo eu nunca mais te encho. Vou ficar quieto, sozinho no meu canto... infeliz...
Mesmo numa hora dessas ele é dramático. Meu Deus, é muita carência.
Sei que ele fez merda e eu ainda estou muito magoada com ele, eu o amo mas mesmo assim não devo ceder tão rápido, pois tenho receio que a história se repita.
- Christian, levanta e senta aqui.
Qiero que ele se levante e afaste de mim mas ele não se move da minha frente.
- Fala...
- Christian, você me magoou demais ao dar mais importância a sua amiguinha do que a mim e ao nosso filho. Não estou dizendo que você não deve ter amigas, não mesmo. A Suzana por exemplo é prova disso. Eu fiquei com um ciúmes tremendo dela, pois vocês tem uma história juntos, mas depois de falar com ela, entendi que vocês eram amigos. Ela depois que soube de nós nunca me tratou diferente, pelo contrário, fez questão de falar comigo e esclarecer tudo.
- Eu sei, eu sei, mas...
- Me deixa falar, por favor...
- Tudo bem.
- Desde que Candance chegou na empresa, ela ficou grudada em você, soltando várias indiretas, insinuações. Ela ficou pouco tempo mas já chegou mostrando suas intenções. Você deu mais importância a ela do que a mim. Deu motivos pra ela querer tentar algo mais com você.
-  Que? Não! Ana, eu nunca pensei nela dessa forma, nunca quis ela pra mim...
- Mas já ficaram juntos, não ficaram?
- Nos beijamos uma vez quando éramos jovens e só. Eu... tava bêbado,  nunca dei esperanças a ela ou dei motivos pra que ela acreditasse que eu queria algo mais.
Respiro fundo e me levanto enquanto Christian fica ajoelhado no mesmo lugar.
- Christian, tudo ainda está muito recente em mim...
Ele se levanta e caminha de um lado para o outro.
- Você não vai me perdoar nunca, não é? Você vai me deixar... eu sei que eu fiz por merecer...
- Christian,  você. e machucou demais e...
Antes que eu termine a frase, ele vem até mim a passos largos e me abraça.
- Me perdoa, amor.
- Christian, por favor...
- Eu te juro que não vai acontecer outra vez.
- Eu não quero que aconteça isso novamente.
- Não vai acontecer.
- Não tem como ter certeza.
- Tem sim. Porque eu não posso ser tão burro a ponto de perder você. Perder vocês. Eu te amo, te amo, te amo.
Ele fala e começa a beijar meu rosto, mas só quero que ele me solte.
- Christian, me larga.
- Ana, amor me perdoa, por favor.
Ele me aperta mais contra seu corpo e uma sensação a muito tempo esquecida toma conta de mim sem eu querer e imediatamente as lembranças de Jack me agarrando a força vem a minha mente e minha unica reação é de empurra-lo.
- ME SOLTA!!!
De repente sinto uma pontada forte na cabeça e embaixo na barriga. Me sinto tonta e só consigo sentar na beirada da cama de olhos fechados.
- Ana, o que houve?
- Sai daqui... me deixa em paz...
- Eu não vou sair. Não vou te deixar sozinha.
Tento respirar fundo mas um mal estar vai tomando conta de mim. Meu corpo começa a não me obedecer e sinto ele mole. Minha cabeça parece que vai explodir e pequenos pontos de luz aparecem na minha visão.
O ar vai faltando e o medo toma conta de mim.
De repente tudo escurece e ouço um grito.
- Ana! Amor, acorda!!!
Só tenho um pensamento...
Meu bebê!

Falta pouco...

Resgatando O Amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora