Hostage To a Murderer (✓)

Capitulo 4

ANY GABRIELLY

Jojo se levantou e segundos depois uma nova pessoa apareceu na minha frente. Alto, moreno, musculoso e tinha um rostinho de bebê. Bonito também, os assassinos de hoje em dia tão diferente.

— O que você quer Bay? — perguntou Jojo levando a mão na cintura.

Durante todo esse tempo eu permaneci sentada, fiquei apenas mexendo meus pés para ter a certeza de que com eles estava tudo bem.

— Só te ver mesmo. — disse o moreno e logo me olhou. — Olá! — ele abriu um sorriso e me estendeu a mão. Eu falar o que aconteceu, mas Jojo foi mais rápida e deu um tapa em sua mão que me fez rir.

— Quem foi que amarrou ela? — perguntou a loira.

— Eu! — disse ele recebendo outro tapa. — O que foi? — perguntou confuso.

— Ela não sente as mãos tapado. — ri novamente.

Isso nem estava fazendo sentido. Por que todo mundo parece tão legal mas são contra a lei?

— Mas eu amarrei normal. — a loira passou a mão no cabelo respirando fundo.

— O que você está vendo Bailey? — perguntou ela apontando para mim.

— Uma menina? — ela assentiu.

— Quantas meninas você já amarrou para manter sob vigilância? — franzi o cenho confusa e o moreno me olhou.

— Nenhuma. — mais um tapa e eu acabei rindo alto.

— Você amarrou ela com a mesma brutalidade que amarra um homem, onde já se viu? — ele cruzou os braços.

Pode parecer estranho, mas eu estou achando isso ridiculamente fofo.

— Cheguei! — escutei a voz de Noah novamente.

— Ótimo, alimenta ela agora. — disse a loira e ele apareceu na minha frente com uma bandeja em mãos. — Onde está o JB?

— Se não estiver dormindo, está no escritório. — respondeu Bay.

— Já volto Any. — assenti e ela saiu.

Noah puxou uma outra cadeira e colocou na minha frente. Bailey saiu segundos depois e Noah se sentou na minha frente.

— Como foi? — perguntou cortando o frango.

— Levei uma agulhada. — deu risada e colocou a comida na minha boca.

Que lindo, sendo alimentada por alguém que me sequestrou.

— Quem mandou ser desastrada e cair? — revirei os olhos mastigando.

— Sabe, se eu conhecesse vocês sem toda essa algazarra jamais suspeitaria que são assassinos. — ele soltou o ar pelo nariz dando um risada fraca.

— Quando é para ser legal nós somos. — disse sério. — Mas quando é para ser mau não queira estar no nosso caminho. — mordi o lábio inferior.

Na verdade eu tive uma prova disso do loirinho, até uma arma ele fez questão de apontar na minha testa. Aqui em baixo ele manteve sua pose de durão, mas esses meninos que vi nem fizeram questão, só o Noah quando me fez ligar para minha mãe...

...

O moreno terminou de me alimentar e eu dei o último gole no suco.

— Posso andar? — pergunto e ele assentiu se levantando.

Me levantei lentamente e fiz uma careta ao sentir minha bunda quadrada de tanto que fiquei sentada.

JOALIN LOUKAMAA

Subi as escadas e segui direto para o escritório de Josh. Dei duas batidas na porta e ela foi aberta segundos depois pelo segurança.

— Jojo? — Josh disse surpreso ao me ver.

— Em carne e osso. — me aproximei rindo.

— O que faz aqui? — apontou para a cadeira e eu me sentei.

— Noah me chamou, parece que alguém não estava sentindo as mãos. — Josh jogou a cabeça para trás e girou com a cadeira. — Ela me disse que viu vocês matando uma pessoa, porque ela não está morta?

— Por que você acha? — disse girando a cadeira novamente e me olhou. — Noah, Bay e Krys não me deixaram. — disse irritado e eu acabei rindo.

— Como? — ele suspirou.

Josh me contou o que aconteceu na noite de sábado, devo dizer que foi um azar e tanto, não só deles, como dela também.

Mas agora eu entendi o motivos dos meninos não deixarem ele matar, além de ela não ter feito nada, é uma adolescente de dezessete anos. A garota realmente é azarada ao nível de trombar com quatro assassinos e não ter pra onde correr.

— Então vão ficar com ela pra sempre? — pergunto vendo arrumar uns papéis.

— Pra sempre é muito tempo. — disse se levantando. — Já disse que não quero saber dessa menina e qualquer coisa que vier acontecer a responsabilidade é totalmente deles. — assenti.

— Eu até gostei dela. — ele me encarou. — É sério. — digo rindo. — O senso de humor dela é ótimo.

— Uma pena ela não saber ficar com a boca fechada. — ri me levantando.

— Me conta, o que pensa em fazer no próximo sábado? — cruzei os braços.

— Não sei. — ficou encarando a janela. — Tenho certeza de que Brian vai me irritar.

— Bom, eu já me propus a te acompanhar. — ele negou e se virou no mesmo instante.

— Já disse que não coloco nem você e nem nenhuma das meninas nisso. — assenti. — Vou dar meu jeito e arrumar alguma por aí.

— Você quem sabe, é o chefe de qualquer jeito. — ele revirou os olhos e eu sorri. — Vou ver como ela está.

— Vai lá. — ele me acompanhou até a porta e eu deixei o escritório.

Desci as escadas novamente e voltei para o porão.

Abri a porta e vi Any andando de um lado para o outro, enquanto Noah estava escorado na parede mexendo no celular.

Me aproximei dela e peguei suas mãos notando elas menos roxas.

— Como está? — pergunto olhando ela.

— Começando a doer. — assenti.

— Vou te passar um analgésico, mas só tome quando sentir que não aguenta mais a dor. — assentiu. — Ele é forte e vai te dar sono, então não tome por qualquer coisa.

— Ok. — sorri. — Noah, será que pode me levar até o banheiro? — perguntou ela e eu segui para pegar o remédio.

— Claro. — disse se aproximando.

— Aqui. — entreguei para ela. — Se a dor não parar em dois dias avisa os meninos, eles vão me ligar e eu venho. — assentiu. — Boa sorte.

— Obrigada, eu acho. — rimos.

Sai acompanhada pelos dois e depois segui para ir embora.

Não sei porque, mas algo me diz que essa menina aqui não vai dar certo... Ainda mais com esse bando de marmanjo juntos. Coitada.