Capitulo 59

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

Sabe aquele momento em que você sabe que está sonhando? Que por mais que estejam acontecendo coisas ali, você sabe que uma hora ou outra vai acordar? Pois é.

Eu devia estar a uma hora apenas fingindo estar dormindo. Conseguia ouvir três pessoas ali e os barulhos dos aparelhos, sabia que estava em um hospital, sabia que estava em um quarto e que as três pessoas ali eram minha mãe, meu pai e minha melhor amiga.

Tinha vontade de chorar, mas não sabia se era por tudo que aconteceu ou se era porque meus pais estavam tão próximos de mim.

Queria abraçar eles, dizer o quanto senti saudades, mas não podia. Como eu iria explicar meu desaparecimento de dois meses? Explicar aquela louca ligação dizendo que estava indo para o Japão? Não ia conseguir fazer isso, ainda mais se me colocassem de frente com os policiais, porque eu sabia que era isso que aconteceria assim que eu saísse do hospital.

Então, como uma luz no fim do túnel eu tive uma louca e brilhante ideia, mais louca do que brilhante eu diria.

Teria que fingir uma perda de memória. Isso é uma coisa horrível, eu sei, inclusive odeio mentir para os meus pais, ainda mais sabendo que eles não tiveram notícias minhas durante dois meses. Mas eu não tinha outra alternativa, não posso e não consigo entregar os meninos, ainda mais o Josh.

Criei coragem para abrir os olhos e chorar não foi trabalho nenhum, eu realmente estava nervosa com tudo aquilo e fingir um desespero me pareceu a coisa mais normal do mundo. Mas meu coração ao mesmo tempo estava despedaçado, com isso eu teria que fingir pelo menos por um tempo que não sabia dos meus pais e ver o olhar deles preocupado me destruiu.

Consegui abraçar eles, consegui sentir aquele carinho que não tive por tanto tempo. Sei que vai ser difícil para eles, mas eu estou bem e estou fora de perigo. Não quero relatar o que aconteceu e se essa for minha única saída, que assim seja.

Eles já haviam saído do quarto, e Sabina ainda parecia atordoada com minha pergunta.

— Você lembra de tudo? — sussurrou irritada.

É óbvio que vou confiar nela com tudo isso, estivemos juntas e eu jamais conseguiria lidar com isso sozinha.

— Sim. — digo passando a mão no rosto. — Foi difícil disfarçar um sono por uma hora, mas eu precisava pensar em algo, algo que não me comprometesse e nem comprometesse os meninos. — Sabina deu risada desacreditada e passou a mão nos cabelos. — Me responde, eles estão bem?

— Sim. — suspirei aliviada fechando os olhos. — Estão indo para a Rússia agora. — encarei ela.

— Tão longe? — pergunto triste.

— Any. — segurou minha mão. — Eles não estão com planos para voltar. — fechei os olhos segurando a vontade de chorar. — Amiga, será melhor assim, essa vida é muito arriscada. — neguei me lembrando das últimas palavras de Josh.

— Ele disse que me amava Bina. — digo em meio ao choro. — Também amo ele, mas não consegui dizer. — ela me envolveu em um abraço.

Meu peito estava doendo, mas já era de saudades. Não queria acreditar que nunca mais ia ver ele, seu sorriso, seus olhos, sentir seu abraço... Eu realmente o amava e queria poder ter dito isso olhando em seus olhos.

— Ele sabe disso amiga, acredite em mim. — fechei os olhos com força. — E a gente tem uma a outra, vamos superar isso juntas. — se separou segurando meu rosto e limpou minhas lágrimas com o polegar.

— Até quando? — respirei fundo. — Mesmo inconsciente, eu parecia sentir falta dele. Acho que podem se passar anos, talvez eu nunca me apaixone desse jeito. — passei a mão no rosto. — Ele realmente me fazia bem, Bina.

— Olha, independente do tempo que leve, a gente vai sofrer juntas, ok? — disse com um sorriso. — De preferência nas Maldivas. — soltei uma risada em meio ao choro.

— Será que o José me aceita de volta? — ela deu risada. — Se bem que eu não lembro de nada. — ri novamente.

— Ele aceita, com ou sem memória. — me abraçou. — Vamos sustentar isso juntas, sua força é a minha, não se esqueça. — assenti.

— Obrigada. — digo respirando fundo e ela se separa..

Levei a mão no meu pescoço e me desesperei quando não senti o colar de Josh.

— Bina meu colar. — digo olhando em volta. — Onde está?

— Deve estar junto com suas roupas, quando você receber alta eles te devolvem. — assenti. — E o Josh deixou isso. — me entregou o celular.

— Como que eu explico um celular novo? — pergunto rindo.

— Esconde por um mês, aí diz que comprou. — rimos.

— Você vai avisar o Josh que acordei? — assentiu.

— Foi a última informação que ele pediu para ter sua. — senti um aperto no peito e respirei fundo. — Ele me pediu pra te falar algo.

— O quê? — ela riu fraco ao ouvir o ânimo em minha voz.

— Sua ideia de perder a memória foi boa. — ri fraco. — Isso realmente poderia acontecer, mas ele me disse que caso você acordasse e se lembrasse de tudo, era pra te dizer uma coisa.

— O que Sabina? — digo ansiosa.

— Ele prometeu que não ia voltar a ser o cara de antes, que toda vez que olhar o céu agora vai lembrar de você. — senti a pressão crescer em meu peito novamente. — Disse que você será pra sempre o sol dele. — cobri meu rosto com as mãos e voltei a chorar.

Josh sabe como me destruir de uma forma boa…

— Que ódio desse cara. — digo rindo em meio ao choro. — Mas terei ele pra sempre em minhas lembranças. — passei a língua no meu dente e senti que ainda estava com o localizador.

Você será pra sempre minha lua, Joshua Kyle Beauchamp!

↝ Se tá ruim pra vcs, imagina pra mim, que no final da revisão começou a tocar Talismã

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Se tá ruim pra vcs, imagina pra mim, que no final da revisão começou a tocar Talismã... 🤡

Hostage To a Murderer (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora