Ponto de vista do Taehyung
— O quê? Como assim? — exclamei.
— Hyeri já acordou? Vocês querem conhecê-lo? — Jin hyung perguntou do outro lado da linha.
— Hyung, vai com calma! Muito rápido! — ainda coçando os olhos pelo sono, sinto as mãos quentinhas da irmã de Seokjin em minhas costas.
— O que aconteceu, Tae? — seus olhos ainda estavam inchados.
— O bebê deles nasceu — disparo e ela arregala os olhos no mesmo instante.
— Taehyung? Venham conhecer o Jae — pediu claramente emocionado.
Ela tomou o celular de minhas mãos e andou de um lado para o outro.
— Porque não ligou, Seokjin-ah?! — parecia preocupada.
— Calma, foi tudo nessa madrugada, não queríamos acordar vocês. Além disso, o hospital estava tranquilo, o que acalmou Jisoo no processo de parto — explicou.
— Certo, certo... Nós já vamos aí! Ligou para nossos pais? Eles devem estar contentes.
— Sim, já estão a caminho de Busan.
— Ótimo. E como Jisoo está?
— Tudo bem, está descansando agora com Jae.
— Jae, uh? Ele deve ser lindo, oppa.
— Puxou os pais — riu convencido.
(...)
Assim que terminamos de tomar café, fomos direto para a área de obstetrícia do hospital e procuramos pelos "papais". Hyeri estava emocionada e confesso que eu também, uma ansiedade gostosa tomou conta de mim e por um momento me peguei imaginando como seria se nós tivéssemos um neném.
Não acho que seja uma realidade muito longe agora que finalmente estamos noivos. Estranho dizer isso. Kim Hyeri é a amiga de infância que me provocava durante meus estudos e hoje... Bom, hoje é a minha maior certeza.
Preciso admitir que o momento a sós que tivemos ontem a noite mexeu muito comigo. Cada dia mais eu percebo que é com ela que eu quero estar. É algo tão leve quando estamos juntos, não precisamos de nada mais para chegarmos na cama ou para simplesmente se sentir bem um com o outro. Perto dela, tudo se torna mais simples.
— Estão ali! Vem, amor... — ela segurou minha mão e me puxou.
— Oi, Eon-Jin — abracei-a quando veio correndo em minha direção.
— Acabei de conhecer o Jae, ele é tão fofo, oppa! — apertou os olhinhos.
— Quero vê-lo também... Ele lembra mais Jisoo ou Jin hyung?
— Não sei — riu sapeca.
Entrei com cuidado no quarto da esposa do hyung e logo avistei-a cercada por nossas famílias. Ela estava com o pequeno Jae no colo e, como esperado, Jin boquiaberto encantado com o filho. Meus olhos se encheram de lágrimas e uma breve confusão tomou conta da minha mente.
Hyeri estava próxima ao seu irmão balbuciando palavras bobas para o pequeno enquanto ele sequer prestava atenção, já que estava descansando tranquilo no conforto dos braços de sua mãe.
— Pequeno Jae, hein? — praticamente sussurrei debruçando-me sobre o bebê.
— Ele é um anjinho, não é, amor? — escutei Hyeri e assenti com a cabeça.
— Você tem papais muito babões, sabia? — Mi-Suk, mãe de Jin, brincou.
— Será que vem algum netinho para a gente? — meu pai deu um tapa estralado em meu bumbum, fazendo-me corar por vergonha.
— Também estou na torcida, Mun-Sung! — Do-Yun exclamou em seguida, fazendo Hyeri corar da mesma forma que eu.
Ignoramos tais brincadeiras por um simples motivo: nunca falamos sobre isso. Não sei quais as vontades de Hyeri em relação à maternidade. Se ela quer engravidar, quantos filhos, quando. Em relação à "produção" de um bebê, sabemos muito bem, mas não tivemos esse assunto como tema de nossas conversas.
Puxei-a discretamente para o lado de fora do
quarto, ela estava com um sorriso de lado a lado. Linda como sempre.— Estou tão feliz por eles, Tae... — acreditei ver seus olhos se perderem em lágrimas.
— É, eu também, Hye — acariciei sua bochecha.
— O que foi? — rendeu-se à curiosidade.
— Vamos contar sobre nós? — sugeri esperançoso.
— Não vou perder a oportunidade de me gabar por estar noiva de um homem gostoso desses! — empurrou-me de leve rindo.
— Vamos então... Minha gostosa! — sussurrei rente ao seu ouvido provocando-a.
De volta ao quarto, estavam todos mais calmos. Aproveitamos assim para chamar a atenção de todos ali, inclusive de Jin e Jisoo.
— Pessoal... — chamei-os com calma.
— Olha lá, Mun-Sung, seu filho! — o pai de Hye praticamente gritou, fazendo eu rir sem querer.
— Eu e Hyeri não estamos mais namorando — disparei.
O olhar de todos ali passaram de brincalhões para assustados. Por um segundo tive a vontade de me render aos risos, mas acabei por incentiva-la a contar.
— Estamos noivos! — anunciou feliz.
— Pelo amor de Deus, Taehyung! — minha mãe deu um tapa forte em minha bunda de repente.
— Aish, aish! O que? — resmunguei.
— Você sempre faz suspense para contar essas coisas — Namjoon riu da situação.
— Ya! Não estão feliz por nós? — Hye brinca.
— É claro que estamos, se não fosse pelo Taehyung você ia continuar sozinha, minha filha! — Do-Yun fez graça com a filha, que fechou o rosto chateada na mesma hora.
— Discordo, senhor Kim! Eu é que sou o sortudo por tê-la, já vi tantos tentarem conquista-la — abracei-a de lado e automaticamente sorri quando vi seus lábios se abrirem num sorriso meigo.
— Hye, amiga, parabéns! — Jisoo a chamou.
— A pequena já não é tão pequena assim — Jin suspirou rindo.
— Gostou da notícia, hyung? — cutuquei-o.
— Taehyung-ah, você e minha irmã já se casaram e nem sabem — riu alto e acompanhei-o.
(...)
Ficamos juntos batendo papo o resto do dia. Os principais assuntos foram "Com quem Jae vai ser mais parecido?" e "Quando Hyeri vai aparecer grávida?". Pois é, parece que meus pais e os de Hye estão com expectativas altas para o nosso casamento.
Não vou mentir e dizer que não quero ter filhos com ela. Eu apenas não quero pressiona-la. E confesso que... Tenho sim vontade de ter filhos. Pensar que isso, se tudo der certo, será com Hyeri, me dá uma vontade de viver ainda maior.
안녕?
Gostaram do nascimento do Jae? O que acharam?
E quanto às expectativas dos pais de Tae e Hye sobre uma possível gravidez? Concordam ou estão preocupados?
Acham que Taehyung realmente quer ter filhos ou foi algo momentâneo após ver o pequeno Jae?
Um beijo e um queijo, J
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Since Daegu | Kim Taehyung
FanfictionAmigos de infância, Kim Hyeri e Kim Taehyung se mudam para Busan juntos para iniciar a vida universitária. No entanto, o sentimento que crescia no peito de cada um era maior que amizade. O problema? Nenhum dos dois sabia. [CONCLUÍDA] #ProjetoTelepat...